Contas bancárias grátis vão acabar dentro de uma década
A consultora PwC antevê o desaparecimento dentro de uma década das contas bancárias gratuitas, em Inglaterra, onde atualmente muitas contas são isentas de comissões.
A consultora PwC (PricewaterhouseCoopers) antevê o desaparecimento dentro de uma década das contas bancárias gratuitas, em Inglaterra, onde atualmente muitas contas são isentas de comissões, de acordo com um estudo realizado em 2015.
O estudo, feito com base em inquéritos a mais de dois mil cidadãos ingleses, conclui que os clientes das instituições bancárias que recusarem pagar uma pequena comissão vão “gradualmente” enfrentar restrições no levantamento de dinheiro ou mesmo no acesso aos balcões dos bancos.
A consultora defende ser “insustentável” o futuro das contas bancárias sem comissões, tendo em conta que impedem os bancos de realizarem lucros “decentes”.
O problema é os consumidores entenderem as suas contas bancárias como não tendo custos, quando é evidente que não são grátis, são pagas através de encargos com contas a descoberto [overdrafts], taxas e penalidades e uma taxa de juro [a receber pelo cliente] não competitiva, ou até de zero.
O autor do estudo, o consultor Steve Davies, avisa: “O problema é os consumidores entenderem as suas contas bancárias como não tendo custos, quando é evidente que não são grátis, são pagas através de encargos com contas a descoberto [overdrafts], taxas e penalidades e uma taxa de juro [a receber pelo cliente] não competitiva, ou até de zero”.
Em Inglaterra, os bancos cobram apenas comissões, que os ingleses consideram avultadas, quando os clientes utilizam a linha de crédito habitualmente associada à sua conta à ordem (‘overdrafts’), um modelo conhecido no país como o “free if in credit”.
Pelo contrário, em Portugal, um estudo recente da associação de defesa dos consumidores Deco, conclui que os custos das contas à ordem são cada vez mais altos e o que tradicionalmente era gratuito, como as contas ordenado, que não pagavam comissão, está a desaparecer.
O estudo, da revista “Dinheiro e Direitos”, refere que Deutsche Bank, Novo Banco e Santander acabaram com as contas ordenado e, em substituição, estão a propor aos clientes um conjunto de serviços, ou “contas-pack”, que nem sempre são do seu interesse e conveniência.
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