Espanhóis, italianos e polacos são os que mais vão a Fátima
Espanhóis, italianos e polacos estão, ano após ano, entre os estrangeiros que mais peregrinam a Fátima. E 2017 deve voltar a receber os devotos com a visita do papa Francisco, a 12 e 13 de maio.
Espanhóis, italianos e polacos estão, ano após ano, entre os estrangeiros que mais peregrinam a Fátima, de acordo com informação disponibilizada à Lusa pelo santuário, onde estará o papa Francisco a 12 e 13 de maio.
Segundo dados das peregrinações organizadas estrangeiras — as que são comunicadas aos serviços da instituição –, em 2007, quando se assinalaram 90 anos dos acontecimentos de Fátima, os italianos somaram 37.992 fiéis, seguindo-se os espanhóis (34.450) e, depois, os polacos (14.188). No total, nesse ano, foram 156.729 os peregrinos estrangeiros que se deslocaram ao santuário de forma organizada.
Em 2010, ano da visita de Bento XVI a Fátima, os peregrinos de Espanha já tinham ultrapassado os de Itália, 34.117 e 30.185, respetivamente, continuando os fiéis da Polónia em terceiro lugar entre os estrangeiros que mais visitam Fátima. Neste ano, foram 181.460 os peregrinos estrangeiros que se anunciaram nos serviços do maior templo mariano do país.
Em 2016, a Espanha continuou a liderar, com 32.387 peregrinos, surgindo depois os italianos (13.292) e os polacos (11.440), num total de 124.504 estrangeiros. À Lusa, a diretora de comunicação do Santuário de Fátima, Carmo Rodeia, explicou haver “uma proximidade geográfica a Espanha que, naturalmente, faz com que os espanhóis sejam peregrinos privilegiados”.
"Há uma proximidade geográfica a Espanha que, naturalmente, faz com que os espanhóis sejam peregrinos privilegiados.”
“Aliás, entre os turistas estrangeiros em Portugal, também os espanhóis continuam a dar cartas”, salientou. Adiantando que a estes sucedem os italianos e os polacos, a responsável referiu: “O pendor mariano do santuário também nos aproxima na fé e nesta devoção a Nossa Senhora de Fátima.”
Em Itália, existe um santuário dedicado à Virgem de Fátima, exemplificou, e na Polónia, país natal de João Paulo II, o papa que se fez peregrino por três vezes a Fátima (1982, 1991 e 2000),também há devoção à Virgem. “Aqui já não é a proximidade física, mas a proximidade da devoção, que nos aproxima desses dois países, fazendo com que haja uma presença muito significativa de peregrinos”, assinalou.
Carmo Rodeia acrescentou que “há sempre, permanentemente, imagens da Virgem Peregrina em peregrinação por Itália”, exemplificando que o ano passado uma dessas imagens “esteve quase seis meses” nesse país. Questionada sobre que outros países estrangeiros se destacam, a diretora de comunicação apontou a Coreia do Sul, de onde o ano passado se registaram cerca de quatro mil peregrinos.
“É fenómeno que está a ser estudado do ponto de vista da conversão ao catolicismo. Os grupos de sul-coreanos têm crescido no santuário”, referiu, observando que em 2016 houve, também, “um grupo muito expressivo de indianos [2.754]” e ucranianos (6.719). “Eu diria que, de uma maneira geral, a expressão do Santuário de Fátima em todo o mundo é uma constante e isso alegra-nos e reconforta-nos também perceber que podemos acolher aqui essas pessoas que são tão devotas de Nossa Senhora de Fátima”, salientou Carmo Rodeia.
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