Associação Mutualista quer manter nome do banco Montepio
A Associação Mutualista diz que mudar o nome do Montepio não está em cima da mesa, apesar de o presidente executivo do banco ter admitido a mudança perante a exigência do Banco de Portugal.
Para a Associação Mutualista, o Montepio Geral deverá continuar no nome da Caixa Económica, apesar de o presidente executivo Félix Morgado ter admitido mudança da marca do banco, depois de o Banco de Portugal ter requerido uma separação das marcas.
Uma fonte da Associação Mutualista afirmou ao Jornal de Negócios (acesso pago) que a mudança da marca do banco “é algo que não está em cima da mesa”. “E se algum dia vier a estar, tratando-se de um assunto de natureza estratégica, teria de ser aprovado em assembleia-geral (AG)”, adiantou a mesma fonte.
Isto implica que se o banco pretender mudar de nome, essa decisão terá de passar pelo crivo do acionista, ou seja, a entidade liderada por Tomás Correia.
Governo ignorou supervisores
Entretanto, diz o Público (acesso pago), apesar dos pedidos reiterados dos supervisores do sistema financeiro, ao longo de 2016, para que o Governo revisse o Código das Associações Mutualistas, a legislação que define as regras que se aplicam, entre outras, à Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), não conheceu nenhuma alteração.
Um cenário que o próprio ministro das Finanças admitiu ainda esta semana. “Em relação ao Montepio – em particular à associação mutualista – apenas gostaria de dizer que neste momento não há nenhuma intervenção legislativa sobre a Associação Mutualista; o que está a correr é a transformação da Caixa Económica em sociedade anónima, é uma matéria que é vista com grande importância para robustecer em termos económicos e financeiros o banco e a sua eficiência no sentido de implementação no mercado em Portugal”, disse Mário Centeno.
A insistência já vinha de setembro de 2014, quando os presidentes do Banco de Portugal, da CMVM e da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) pediram por carta medidas urgentes para garantir a adequada supervisão sobre a Associação Mutualista.
Em fevereiro de 2016, um grupo de elementos da associação pediu uma audiência ao Ministério do Trabalho para alertar o Governo para a difícil situação financeira da entidade. Já na altura havia dados que permitiam detetar o risco de os capitais próprios entrarem no vermelho e de os prejuízos continuarem. Contudo, a reunião com a equipa do Ministério tutelado por Vieira da Silva só aconteceu em janeiro de 2017, sabe o ECO. Contactado, o Ministério do Trabalho não respondeu.
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