Tajani envia carta formal de protesto a Dijsselbloem
O Parlamento Europeu condenou unanimemente a recusa do presidente do Eurogrupo de participar em sessões plenárias sobre questões de economia e finanças.
O Presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, enviou uma carta formal, de protesto, a Dijsselbloem. Os eurodeputados condenaram de forma unânime a atitude do presidente do Eurogrupo, que se tem recusado a participar em debates no plenário sobre questões económicas ou financeiras da União.
É mais um motivo de pressão a Dijsselbloem. Depois da condenação, por parte de alguns responsáveis europeus, pelas declarações que fez sobre o esforço dos países do sul da Europa — em que comparou o pedido de ajuda dos países mais afetados pela crise ao de alguém que pede apoio e depois gasta tudo em “copos e mulheres” — Dijsselbloem está agora sob a pressão de todos os eurodeputados.
“O presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, e eurodeputados dos vários grupos políticos criticaram duramente, na abertura da sessão plenária, as recusas do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, a vários convites para participar em debates na assembleia representativa dos cidadãos europeus”, lê-se no comunicado, enviado esta segunda-feira às redações.
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“O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, declinou mais uma vez o nosso convite para participar num debate em plenário sobre a Grécia”, lamentou Tajani, na abertura da sessão plenária que em Estrasburgo.
Juridicamente, não há nada que obrigue Dijsselbloem a participar em debates no plenário. Contudo, a recusa do presidente do Eurogrupo foi mal recebida pelos eurodeputados, que consideraram determinante que o presidente do grupo informal dos ministros das Finanças do euro responda perante os cidadãos afetados pelas medidas de austeridade decididas, em grande medida, nesse fórum.
“Foram também reiterados os apelos à demissão de Dijsselbloem e sugerido que fosse declarado persona non grata no Parlamento Europeu”, adianta ainda o comunicado.
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