Macedo: Rescisões na Caixa arrancam em abril
O presidente da instituição assumiu que o primeiro programa ainda não foi lançado mas sê-lo-á ainda este mês. A estratégia da Caixa também vai mudar: "Quer e precisa de dar mais crédito".
O programa de rescisões na Caixa Geral de Depósitos vai arrancar no mês de abril, disse esta quinta-feira o presidente da instituição no Parlamento. Paulo Macedo assumiu que não seria um processo agradável mas que os objetivos da Caixa eram “exequíveis”, com o primeiro programa de rescisões amigáveis a começar em abril.
O plano de reestruturação acordado com Bruxelas prevê que a CGD chegue a 2020 com um número de balcões entre 470 e 490, em comparação com os atuais 651. E está também previsto dispensar 2.200 pessoas, o que, segundo já tinha dito Paulo Macedo, o presidente executivo da Caixa, se fará, através de “pré-reformas e eventualmente rescisões por mútuo acordo”.
Também a estratégia da Caixa Geral de Depósitos vai mudar, assinala Paulo Macedo, ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, no Parlamento. A instituição “quer e tem de crescer em crédito”, mas “sem repetir os erros do passado”.
Caixa quer apostar nas PMEs e dar menos crédito ao Estado
A Caixa Geral de Depósitos precisa de conceder mais crédito e quer apostar nessa estratégia, afirmou esta quarta-feira o presidente da instituição no Parlamento, mas “sem repetir os erros do passado”, com uma nova estratégia para a concessão de crédito. A estratégia passa por uma aposta maior nas pequenas e médias empresas e no crédito à habitação.
“A Caixa quer e tem de crescer em crédito”, reconheceu Paulo Macedo, embora assumindo que se trata de “um caminho novo” para a banca, que desde a crise de 2008 tem vindo sempre a desalavancar. “A Caixa tem liquidez, tem capital, tem crédito novo para conceder”, e quer apostá-lo nas PME, e não nas grandes empresas, às quais tem uma exposição demasiado grande, tendo sido estas as responsáveis “pela maior parte das imparidades”.
Por outro lado, a Caixa quer ainda conceder menos crédito ao setor público, uma redução “faseada no tempo” com mudanças de poucos pontos percentuais, assim como aumentar o crédito à habitação. Paulo Macedo reconhece que um aumento nessa área é “extremamente difícil, face às amortizações, mas a Caixa quer crescer aí”.
Outra mudança fundamental na concessão de crédito na Caixa é a relacionada com as suas políticas de risco, onde o banco vai, entre outras estratégias, procurar “reduzir a concentração da exposição ao risco imobiliário”.
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