Women in Tech, aqui a tecnologia é coisa delas
Plataforma dá a conhecer as mulheres empreendedoras que marcam pontos no campo da tecnologia. O próprio site que lhes dá espaço é um projeto de empreendedorismo no feminino que soma e segue.
Liliana Castro dedica-se à comunicação e trata as inúmeras startups com as quais trabalha por tu. A proximidade com o mundo do empreendedorismo, frequentemente ligado à tecnologia, tornou visível a diferença no número de homens e mulheres ativos nesta área. Mas, mais do que isso, permitiu-lhe perceber o papel importante desempenhado pelas (poucas) mulheres. A aproximação da segunda edição do Web Summit em Lisboa espoletou a urgência de as colocar no foco ou, melhor, de as mostrar: Liliana não quer que as mulheres “passem ao lado desta montra”.
Pretende-se então o reconhecimento, mas os objetivos não ficam por aqui. Liliana antevê um movimento — a possibilidade de estas mulheres interagirem e de criarem novos projetos em conjunto. Embora, para já, todas as envolvidas se encontrem empregadas, Liliana espera ainda que a plataforma possa potenciar oportunidades de carreira, ao tornar as participantes mais visíveis também para os recrutadores.
Em apenas três semanas de lançamento da plataforma Portuguese Women in Tech, o número de perfis já cresceu de 10, as consideradas embaixadoras, para 20: entre os nomes estão empreendedoras, engenheiras, cientistas e até jornalistas. E a fundadora tem sido contactada para dar o seu testemunho sobre este projeto em vários eventos. Liliana acrescenta que, quando pensa no futuro, espera que o número de participantes suba “até chegar a todas as mulheres empreendedoras ligadas à tecnologia”. A tarefa será mais árdua caso a plataforma avance como planeado.
Quero criar uma ramificação para mulheres que não são portuguesas mas que contribuem para a evolução do ecossistema [das startups tecnológicas] a nível nacional.
Por agora, os perfis existentes centram-se na carreira destas mulheres, disponibilizando alguma informação básica como a sua ocupação atual e anos de atividade, mas também perguntas mais intimistas como “Qual o melhor conselho que já recebeste?”.
Joana Araújo é engenheira e submeteu o seu perfil. Para ela, a importância desta iniciativa passa por fazer compreender que as mulheres “são capazes de tanto quanto eles”, especialmente na área do IT, que considera “mais fechada”.
Sílvia Coimbra também foi convidada, dado que é uma entusiasta da tecnologia desde que trabalha para a Farfetch, um dos atuais gigantes do e-commerce, assim como já esteve envolvida em projetos sociais com recurso ao online. Assumindo-se como uma “defensora da igualdade de géneros“, concorda que a visibilidade é o grande benefício da plataforma, pela inspiração que proporciona a outras mulheres mas também por permitir o reconhecimento da parte da comunidade masculina. “Quando pensamos em CEOs ou developers, as imagens que nos surgem são normalmente de homens, porque é aquilo a que estamos habituados. Mas a verdade é que as mulheres [ativas neste campo] existem e devem ser divulgadas”, considera, em conversa com o ECO.
Pode propor nomes para a plataforma através do preenchimento deste formulário.
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