Galp Energia produz mais mas lucra menos
A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva terminou o primeiro trimestre com resultados líquidos de 99 milhões de euros.
A Galp Energia revelou uma quebra nos resultados líquidos dos primeiros três meses. Apesar do crescimento da produção de petróleo, os lucros ficaram ligeiramente abaixo da fasquia dos 100 milhões de euros com a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva a ser penalizada pelos maiores impostos no Brasil.
“O resultado líquido RCA [que excluem os eventos não recorrentes e o efeito stock] atingiu os 99 milhões de euros, enquanto o resultado líquido IFRS se situou em 134 milhões”, refere a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliário (CMVM). Este valor representa uma quebra de 13% face ao mesmo período do ano passado quando os lucros tinham ascendido a 114 milhões (numa base RCA).
Apesar do lucro superior com base nas normas contabilísticas internacionais, este poderia ter sido ainda superior não fosse a contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE). “A CESE em Portugal impactou negativamente os resultados em IFRS em cerca de 25 milhões, dos quais 16 milhões relativos à CESE I, cujo impacto anual é contabilizado na sua totalidade no primeiro trimestre”, diz a Galp.
“A contabilização efetuada em relação à CESE decorre da estrita aplicação dos normativos contabilísticos, entendendo a Galp, com base na opinião dos mais reputados jurisconsultos nacionais, que as disposições legislativas respeitantes à CESE são violadoras da lei, não sendo os montantes em causa exigíveis”, remata a cotada.
Enquanto os lucros caíram, o EBITDA RCA da Galp Energia aumentou 43% no período para os 419 milhões, na sequência da maior contribuição dos negócios de Exploração & Produção e Research & Development. A Exploração & Produção revelou um forte crescimento em resultado do aumento registado na produção de petróleo, o quem também levou a um aumento dos impostos pagos no Brasil.
“No primeiro trimestre de 2017, a produção média working interest de petróleo e gás natural foi de 88 barris equivalentes de petróleo, um aumento de 56% face ao período homólogo que se explica pelo crescimento de produção no Brasil. Do total, 87% correspondeu a produção de petróleo”, refere a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva.
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