Procura por dívida da Brisa ficou dez vezes acima da oferta
Concessionária de auto-estradas realizou uma emissão de dívida a dez anos. Financiou-se em 300 milhões de euros, mas a procura superou os 3.000 milhões, o que permitiu baixar o custo de financiamento.
A concessionária de autoestradas Brisa vai pagar uma taxa de juro abaixo de 2,5% pelo financiamento de 300 milhões de euros que garantiu esta manhã, de acordo com fontes citadas pela Bloomberg. A operação registou forte interesse da parte do mercado, o que permitiu baixar o custo da emissão de dívida sénior a dez anos que conta com ratings de investimento.
Os termos finais da operação dão conta de um nível de procura mais dez vezes superior ao montante que a Brisa pretendia, superando mesmo os 3.000 milhões de euros.
De acordo com fonte próxima da operação, citada pela Bloomberg, a Brisa Concessão Rodoviária (BCR) avançou com uma emissão que tem maturidade em maio de 2027, ou seja, dentro de dez anos. Por esta dívida, que conta com ratings de investimento por parte da Moody’s e Fitch, a BCR deverá pagar um prémio entre os 160 e 165 pontos base acima da taxa de referência para o prazo em questão.
Tendo em conta que a taxa swap a dez anos está a 0,793%, a BCR deverá ter conseguido uma taxa global a rondar os 2,45% por este financiamento — a título de comparação, no último leilão de dívida a nove anos, a República portuguesa pagou um juro bem superior, acima dos 3,9%.
Barclays, Deutsche Bank, Société Générale, Santander, BCP, Novo Banco e CaixaBI foram os bancos responsáveis pela colocação destes títulos de dívida da empresa liderada por Vasco de Mello.
(Notícia atualizada às 14h23 com valores finais da operação de financiamento)
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