Fenprof e FNE ameaçam greve para 21 de junho, dia de exames
A Federação Nacional dos Professores (FENPROF), a maior federação sindical docente do país, está a ameaçar uma greve para o final deste mês. PSD já reagiu à ameaça de greve.
A Fenprof está a ameaçar marcar para dia 21 de junho uma greve. A paralisação está marcada para o dia de exames nacionais de várias disciplinas. Segundo o jornal Público, o pré-aviso de greve só será entregue após a reunião com o ministro da Educação, a 6 de junho. A Fenprof já tinha feito do dia 14 de maio a data de luta dos professores, pedindo uma solução para vários problemas: o descongelamento das carreiras, a precariedade, após a profissão ter sido deixada de fora do grande programa de regularização de precários do Governo, e o desgaste e envelhecimento do corpo docente.
No dia 26 de maio, os funcionários públicos fizeram uma greve para acelerar a solução das preocupações do setor. Esta nova greve está dependente dos compromissos que saírem da reunião com Tiago Brandão Rodrigues a realizar na próxima terça-feira. “A Fenprof decidiu anunciar a marcação desta greve para 21 de junho, mas só formalizar a sua convocatória no dia 06 de junho, após a realização da reunião com o ministro da Educação, caso a mesma não produza resultados concretos e satisfatórios”, afirmou Mário Nogueira, secretário-geral da Federação, em conferência de imprensa no final de um encontro do secretariado nacional.
O dia 21 de junho é quando se realizam os exames de Física e Química A, História da Cultura e das Artes e Geografia pelos alunos do ensino secundário e as provas de Matemática e Estudo do Meio pelos alunos do 2º ano do ensino primário, segundo o site do IAVE.
A Federação Nacional da Educação (FNE) anunciou também esta quinta-feira que entregará um pré-aviso de greve para 21 de junho, época de exames, se não saírem compromissos de uma reunião a realizar com o Governo na próxima semana, avançou a Lusa, cujaestá agora no site da FNE informação .
PSD lamenta marcação da greve
“O PSD vem lamentar a marcação de uma greve para o dia dos exames”, começou por reagir o deputado Duarte Marques. O deputado do PSD disse esta quinta-feira de tarde, na Assembleia da República, que “a marcação desta greve pela Fenprof não respeita o trabalho e o esforço dos estudantes”.
“Trata-se de uma instrumentalização lamentável por parte da Fenprof dos estudantes e sobretudo põe em causa a tranquilidade deste período tão importante de milhares de pessoas deste país”, argumentou. Esta decisão “não será compreendido pela maioria dos portugueses”, avisou, referindo que “a Fenprof não soube respeitar os estudantes nem o esforço dos professores”.
A Fenprof não soube respeitar os estudantes nem o esforço dos professores.
O PSD assinala que não põe em causa o direito à greve, mas que esta marcação, “após tantos meses”, “é de muito baixo tom”. “Lamentámos também que a Fenprof ao longo do último ano tenha branqueado os erros do Governo em matéria da educação e agora que se aproximam as eleições autárquicas, a Fenprof vem marcar uma greve desta dimensão para um dia tão importante para todos, sobretudo para marcar as suas diferenças face ao Governo e poder preparar o seu resultado eleitoral nas próximas eleições autárquicas, demarcando assim o Partido Socialista os restantes parceiros que apoiam o Governo“, afirmou Duarte Marques, responsabilizando o PCP por esta decisão do seu “braço armado dentro dos sindicatos”, a Fenprof.
(Atualizado às 18h18 com a reação do PSD)
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