Petróleo cai 2,5%. Quebra dos inventários nos EUA pesa
A matéria-prima prepara-se para o pior registo semanal num mês. Enquanto caem os inventários nos EUA, a produção da OPEP cresce.
O petróleo conhece mais um dia de fortes perdas. O preço do barril da matéria-prima desliza 2,5% nos dois lados do Atlântico, preparando-se para o pior registo semanal em um mês. As reticências relativamente à capacidade da OPEP em conseguir reequilibrar o mercado global de petróleo alimentam a desvalorização das cotações, sobretudo depois de dados divulgados nesta quinta-feira nos EUA indicarem que os inventários de crude caíram o dobro do esperado na última semana.
O preço do barril de Brent, transacionado em Londres, desliza 2,43%, para 49,4 dólares, enquanto o West Texas Intermediate negociado em Nova Iorque perde 2,44%, para 47,18 dólares. Mas a matéria-prima já chegou a estar a perder mais de 3%. A manterem-se as quedas registadas nesta sessão, a matéria-prima acumulará o pior registo semanal do último mês. E vai permitir uma descida dos preços dos combustíveis.
Brent cai mais de 5% na semana
A recente queda das cotações do “ouro negro” acontece num contexto em que as dúvidas relativamente à eficácia dos cortes de produção acordados entre os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Os últimos dados conhecidos nos EUA sobre a produção de petróleo reforçam precisamente isso. Na quinta-feira foi conhecido que os inventários de crude caíram na semana passada o dobro do estimado, enquanto a subida das exportações e da produção sugere que o excesso de produção é persistente. A produção de petróleo da OPEP subiu em maio, liderada por avanços da produção da Líbia e Nigéria, países que estão isentos de cortes na oferta.
“O mercado está a testar a OPEP no sentido de uma ação mais forte”, afirmou Olivier Jakob, diretor-geral da consultora Petromatrix GmbH. “As exportações de petróleo dos EUA contribuíram fortemente para o esvaziamento dos stocks de crude. Enquanto os stocks de petróleo continuarem a cair devido às elevadas exportações e às baixas importações à OPEP, será difícil ter uma forte recuperação dos preços”, acrescentou o mesmo especialista.
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