Risco de assalto em Tancos já era conhecido
Com base numa denúncia que punha a descoberto o risco de um assalto em larga escala a instalações militares, a PGR já tinha aberto um inquérito-crime há vários meses. Mesmo assim, o furto aconteceu.
A possibilidade de um assalto em larga escala a instalações do Exército, nomeadamente à base militar de Tancos, já era do conhecimento da Justiça portuguesa há alguns meses. Com base numa denúncia à Procuradoria-Geral da República (PGR), terá mesmo sido aberto um inquérito-crime tratado com especial cuidado de confidencialidade por parte do Ministério Público (MP), avançou a Sábado.
Mas a alegada inércia quanto à aplicação de medidas preventivas acabou por não impedir que uma grande quantidade de material de guerra acabasse por desaparecer, como aconteceu na última semana. No entanto, como indicou a SIC Notícias esta quinta-feira, o furto de armamento em Tancos “está nas mãos” no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) para a investigação de “uma realidade mais vasta” — a “suspeita de crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional”, como se foi indicado pelo MP numa nota à comunicação social.
A estação de Carnaxide recorda ainda que, em abril de 2016, a Polícia Judiciária (PJ) deteve doze pessoas “dedicadas ao tráfico de armas”, entre elas um sargento-chefe no Regimento de Paraquedistas de Tancos. Um grande roubo de material chegou a ser apreendido pelas autoridades. E dá conta que a PJ já tinha alertado para a possibilidade de estarem a ser desviadas armas de Tancos.
O roubo de uma grande quantidade de material de guerra dos Paióis Nacionais de Tancos está a ser notícia internacional desde a semana passada. Pessoas ainda não identificadas terão conseguido cortar a vedação e violar o perímetro miliar, arrombado dois paióis do Exército e levando centenas de granadas ofensivas, munições e outro equipamento de guerra, propriedade das Forças Armadas.
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