Lisboa com 42 quilómetros de faixas disponíveis para motas até setembro
Câmara de Lisboa vai colocar, até setembro, sinalização em 93 troços para alargar a área onde os motociclistas podem circular nas faixas de transportes públicos.
A Câmara de Lisboa informou hoje que vai colocar, até setembro, sinalização em 93 troços para permitir o alargamento da área onde os motociclistas podem circular nas faixas de transportes públicos, estimando abranger um total de 42 quilómetros.
“Encontra-se em curso um procedimento concursal que permitirá a implementação da sinalização vertical e horizontal durante os dois próximos meses e até ao início do próximo ano letivo, em setembro”, refere a autarquia numa resposta escrita enviada à agência Lusa.
A data foi escolhida para “não condicionar a circulação rodoviária por este tipo de trabalhos a partir dessa altura [setembro], principalmente a circulação dos transportes públicos, dado que existirá inevitavelmente um incremento do tráfego na cidade”, acrescenta o município.
Em causa estão “93 novas localizações/troços de corredores BUS existentes, aos quais se somam os três troços já implementados no projeto-piloto, portanto um total de 96 troços de corredores BUS”, assinala a autarquia, falando numa extensão global do projeto de cerca de 42 quilómetros.
No final de junho, o executivo municipal (de maioria PS) aprovou por unanimidade uma proposta que prevê o alargamento da área da cidade onde os motociclistas podem circular nas faixas de transportes públicos.
Questionado sobre a entrada em vigor de tal alargamento, o município explica que, “após a implementação completa de cada corredor BUS & Moto, com a respetiva sinalização, o mesmo passará a estar legalmente disponível para os veículos de duas rodas a motor”.
“Deste modo, existirão sucessivas disponibilizações desses corredores em função do faseamento da sua implementação, desde o final deste mês até meados de setembro”, precisa.
Para testar a criação destes corredores mistos — que o novo Código da Estrada veio permitir, mediante deliberação municipal — a autarquia aprovou, em março de 2016, uma fase piloto.
Inicialmente, estavam abrangidas as avenidas Calouste Gulbenkian e de Berna e a Rua Braamcamp.
Na nota enviada à Lusa, explica-se que “a implementação física do projeto-piloto só ficou concluída em dezembro de 2016, […] dado que existiu a necessidade de realizar obras físicas e a alteração de infraestruturas de sinalização luminosa automática de tráfego, o que envolveu procedimentos de contratação pública e escolha de empreiteiro”.
Esta fase piloto terminou no passado mês de junho, após seis meses de teste.
Quanto a resultados, a Câmara refere que aguarda a versão final do relatório que pediu ao Instituto Superior Técnico, no âmbito da monitorização da fase piloto.
Ainda assim, ressalva que “a análise efetuada e os dados recolhidos não indicaram qualquer tipo de incidente” durante este período.
Relativamente a ações de fiscalização à nova área, o município indica que “não está prevista nenhuma ação de fiscalização específica”.
“Dentro das suas competências e fiscalizações correntes, as autoridades policiais da cidade serão sensibilizadas para as mudanças ocorridas e corredores BUS abrangidos e para os que não estão considerados nesta medida”, adianta.
A proposta aprovada no final de junho passado projetava também 1.450 novos lugares de estacionamento para motas nas freguesias de Arroios, Avenidas Novas, Santo António, Penha de França, Santa Maria Maior, São Vicente, Campo Ourique e Campolide.
“Estarão totalmente implementados até ao próximo outono, segundo informação da EMEL [Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa]”, nota a Câmara.
Atualmente, existem 2.500 lugares para estacionamento de motas na cidade
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