Sete coisas que tem de saber sobre a European Innovation Academy
Criada na Estónia, EIA realiza-se este ano, pela primeira vez, em Portugal. Nos planos da organização está chegar a um milhão de alunos até 2020.
Para o presidente, Alar Kolk, a European Innovation Academy (EIA) “é o programa de educação mais avançado do mundo“. Desenvolvido ao longo de cinco anos por instituições de Silicon Valley, universidades de Stanford e Berkeley, e pela Google, a EIA foi fundada na Estónia e realiza-se este ano, pela primeira vez em Portugal. Nos objetivos da organização está a introdução de um milhão de estudantes ao empreendedorismo até 2020.
A comunidade junta mais de 4000 alunos e faculdades de mais de 75 nacionalidades. “Hoje damos o nosso primeiro passo no investimento no ecossistema português”, disse Alar Kolk, na sessão de abertura da conferência. “O que é completamente diferente é o fenómeno dos portugueses estarem prontos para encontrar soluções”, assegura.
Ricardo Marvão, da Beta-i, foi um dos responsáveis pela vinda da EIA para Portugal. Em 2015 começou a pensar num projeto com as características desta Academia e, em janeiro de 2016, no meio de uma conversa, a EIA surgiu como solução natural. “Os portugueses são como os da Estónia, fazemos o caminho inteiro”, explica, acrescentando que com o Santander como parceiro no “processo sistemático de inovação”, a EIA Portugal está sobretudo focada “na transformação digital”.
Ken Singer, mentor vindo da universidade de Berkeley, assegura que mais do que a transformação, o empreendedorismo deve ser ensinado como “um instinto de sobrevivência”. “É uma questão de mudança de mindset porque, no mundo de hoje, não há garantias de nada”, sublinhava, na conferência de imprensa de abertura da EIA Portugal, no Centro de Congressos do Estoril.
Tome nota de sete coisas que tem de saber sobre a EIA:
- No dia do arranque, esta segunda-feira, os estudantes formam equipas de empreendedores, sendo enquadradas num ecossistema multicultural constituído por formadores, mentores e empresas de capital de risco.
- O objetivo é, em três semanas, criar 50 projetos de diferentes áreas – smart devices, big data, IoT, 3D printing e aplicações web – que possam ser apresentadas aos investidores que estarão em Portugal para esse efeito.
- Programa dura três semanas depois das quais os estudantes regressam aos seus países de origem. Durante esse período, as equipas trabalham no desenvolvimento de protótipos, angariação de clientes e na realização de um pitch para captar investimento.
- A EIA Portugal agrega cerca de 50 oradores internacionais, entre professores, investidores e mentores.
- Os próximos programas realizam-se no Qatar, entre 31 de dezembro e 11 de janeiro (2018).
- De todas as equipas formadas durante as edições da European Innovation Academy, três já são startups a trabalhar.
- EIA deverá continuar a ter edição em Portugal por pelo menos mais cinco anos.
Leia aqui tudo sobre a European Innovation Academy.
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