Depois dos refrigerantes, Governo quer taxar sal e gorduras
O Governo mantém em cima da mesa a possibilidade de vir a taxar produtos alimentares com elevado teor de sal ou de gorduras saturadas. Isto depois de ter avançado com o imposto sobre os refrigerantes.
Depois do imposto sobre as bebidas açucaradas, o Governo pondera agora passar a taxar também produtos alimentares com elevado teor de sal ou gorduras saturadas. A medida pode vir a ser negociada no Orçamento de Estado para 2018 (OE2018) por exigência do ministro da Saúde.
Segundo o Jornal Económico (acesso pago), fonte do Governo afirma que a possibilidade de a chamada “junk food” começar a ser taxada “não foi retirada” dos planos do Executivo para o OE2018. Isto apesar de os partidos à esquerda, Bloco de Esquerda e PCP, garantirem que ainda não lhes foi apresentada a proposta. “É uma exigência do Ministério da Saúde. Ainda não está fechado que não avance”, revelou fonte governamental.
Esta medida já estava prevista no Orçamento de Estado para este ano, mas o Governo acabou por avançar apenas com o imposto sobre as bebidas açucaradas, que levou a um encarecimento de cinco cêntimos de uma lata de refrigerante. O imposto sobre os açúcares foi efetivamente introduzido em fevereiro de 2017 e os resultados foram imediatos: os preços dos refrigerantes subiram e o consumo desceu.
No primeiro semestre de 2017 houve uma quebra homóloga de 6% no volume de vendas de refrigerantes e um aumento de preços de 14% — uma contabilização que não tem em conta as promoções — e, consequentemente, um aumento de 13% no valor das vendas.
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