Passos: Reversão na reforma do IRC foi o que mais prejudicou as empresas
Em causa estava a descida do IRC acordada nos anos da troika entre o Governo e o Partido Socialista de então liderado por António José Seguro.
O presidente do PSD considerou esta quarta-feira que a reversão da reforma do IRC foi a que teve “um impacto mais negativo” para os empresários portugueses, depois de visitar uma empresa de transportes em Amares (Braga).
Numa ação de campanha autárquica de apoio ao candidato da coligação PSD/CDS-PP Manuel Moreira – atual presidente da câmara, mas que há quatro anos foi eleito pelo PS -, Passos Coelho lamentou que não tivesse prosseguido a trajetória de descida do IRC prevista pelo Governo que liderou. “O facto disso ter sido revertido preocupa-nos, era muito importante que pudéssemos continuar a criar ambiente favorável à competição económica e que as pessoas pudessem ter melhores empregos”, defendeu, considerando que uma fiscalidade adversa pode gerar dificuldades na criação de melhores salários.
"Era muito importante que pudéssemos continuar a criar ambiente favorável à competição económica.”
O líder do PSD alertou também para uma preocupação manifestada pelo administrador da empresa de transportes que visitou ao lado do candidato a Amares, relacionada com as dificuldades dos acessos rodoviários locais. “Estamos a falar, no essencial, de obras que estavam previstas ao nível do plano de proximidade das Infraestruturas de Portugal e que não foram feitas por escolhas orçamentais, era importante que o Governo não fechasse os olhos nas opções que vai fazer no futuro“, apelou Passos Coelho, que nesta ação de campanha em Amares contou com a presença do antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro.
No final da visita à empresa, Passos sentou-se aos comandos de um camião TIR e revelou que, nos tempos em que era administrador da Fomentinvest, já geriu uma empresa que tinha uma frota de camiões. “Isto parece quase um hotel”, comentou, sentado ao volante, enquanto tentava chegar o banco para trás, já que, disse, gosta de conduzir mais afastado.
Não chegou a rodar a chave da ignição, mas, questionado, se se sente preparado para conduzir os destinos da oposição até às autárquicas de 1 de outubro respondeu de forma pronta. “Não sinto preparado, eu já estou a conduzir. O PSD é um grande partido e procura nestas eleições recuperar uma posição cimeira no plano autárquico e é isso que estamos a fazer, estamos a trabalhar para isso”, disse.
Além de Manuel Moreira (PSD/CDS-PP), concorrem às autárquicas em Amares Pedro Costa (PS), António Costa (CDU) e o independente Emanuel Magalhães.
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