Fim dos estímulos? Sim, mas Draghi estará preparado para quaisquer eventualidades
Mario Draghi avisou que o BCE não se vai precipitar na retirada dos estímulos monetários na Zona Euro para não colocar em perigo a retoma da economia.
O Banco Central Europeu (BCE) vai manter os estímulos que forem necessários à economia assim que decidir nos próximos meses uma retirada gradual do programa de compra de dívida pública na Zona Euro, disse esta segunda-feira Mario Draghi, alertando para a necessidade de não precipitar uma tomada de decisão que coloque em causa a retoma económica na região.
“Temos de ser sensíveis em relação ao perigo de travar uma recuperação através de uma tomada de decisão política monetária apressada”, alertou o presidente do BCE diante dos eurodeputados, no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
Qualquer alteração no plano de estímulos vai manter um “grau de apoio monetário que a economia da Zona Euro ainda precisa para completar a sua transição para completar a sua transição para uma nova trajetória de crescimento equilibrada, caracterizada por sustentadas condições de estabilidade de preço”, assegurou ainda o responsável italiano citado pela agência Bloomberg.
"Temos de ser sensíveis em relação ao perigo de travar uma recuperação através de uma tomada de decisão política monetária apressada.”
A Zona Euro apresentou o crescimento mais rápido dos últimos sete anos, numa altura em que inflação se encaminha dos objetivos previstos pela entidade financeira. Uma atualização em relação ao índice de preços Zona Euro será dada a conhecer na próxima sexta-feira. As previsões apontam para uma aceleração ligeira dos preços junto do consumidor de 1,6% em setembro.
Draghi referiu que está cada vez mais confiante de que a inflação chegará aos níveis esperados, mas que o alívio dos estímulos do banco central deve ser feito de forma gradual. O banco central pretende atingir uma inflação um pouco abaixo dos 2%. Porém, tal patamar não será atingido, pelo menos, até finais de 2019, segundo as estimativas da Bloomberg.
O BCE tem nova reunião de política monetária agendada para o dia 26 de outubro, dia em que deverá anunciar a decisão sobre o futuro do programa de compras de ativos para 2018.
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