Catalunha pode ditar corte nas previsões de Madrid para 2018
A instabilidade política com a Catalunha continua a refletir-se no panorama económico espanhol. Sem uma "solução rápida", o crescimento previsto para o próximo ano pode ficar comprometido.
As repercussões do conflito na Catalunha poderão refletir-se no desempenho económico de Espanha ao longo de 2018. Soraya Sáenz de Santamaría, vice-presidente do executivo de Mariano Rajoy, afirma que, na ausência de uma “solução rápida”, o Governo poderá rever em baixa o crescimento económico para o próximo ano, avança o CincoDías esta sexta-feira.
Santamaría também falou de um possível cenário de recessão na Catalunha, caso a comunidade siga em frente com a declaração de independência, avançado na passada quinta-feira pela agência Standard & Poor’s. “Os acontecimentos na Catalunha estão a pôr em risco a recuperação económica”, afirmou.
"A Generalitat está a criar todas as condições para afundar a Catalunha numa recessão, tal como avisaram os especialistas.”
O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, avançou que a economia espanhola crescerá 3,1% este ano. Para o próximo ano espera-se um crescimento de 2,5%, avançou o FMI na passada terça-feira. Soraya de Santamaría disse que 2018 seria um bom ano para o desenvolvimento económico e para o emprego. No entanto, adverte que os recentes acontecimentos na Catalunha têm levado a uma maior prudência.
A poucos dias da entrega da proposta de Orçamento do Estado, de Guindos avança que o documento não terá quaisquer alterações em termos de política económica. O ministro avisa que, no entanto, atualizará as previsões de crescimento económico, de forma “extremamente prudente”, cita a mesma fonte. Um crescimento inferior de Espanha pode pesar na economia de Portugal já que o país vizinho é um dos principais parceiros comerciais.
Na Catalunha, a situação económica dá os seus sinais de instabilidade. Com a constante saída de empresas do solo catalão, a comunidade espanhola tem vindo a registar perdas equivalentes a 50% do seu Produto Interno Bruto. Já no setor turístico, as reservas hoteleiras caíram 30%, com um decréscimo desde a semana que antecedeu o referendo pela independência.
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