É oficial: Novo Banco já foi vendido ao fundo Lone Star
Banco de Portugal, Fundo de Resolução e Lone Star já assinaram o acordo que entrega 75% do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star.
Três anos depois da resolução do Banco Espírito Santo (BES), é oficial: o Novo Banco foi vendido. O banco liderado por António Ramalho está agora nas mãos do fundo norte-americano Lone Star depois de ter sido assinado esta quarta-feira o acordo entre o Banco de Portugal, Fundo de Resolução e Lone Star.
Na assinatura que formaliza a venda estiveram presentes o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, Sérgio Monteiro, o responsável por ‘montar’ esta operação, Luís Máximos dos Santos, vice-governador e responsável do Fundo de Resolução e ainda o presidente do Novo Banco, António Ramalho. Do lado do Lone Star esteve presente Donald Quintin, senior managing director do Lone Star.
“Estamos satisfeitos por chegar ao fim deste processo. Após dois anos de trabalho com as autoridades portuguesas, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia conseguimos assegurar as condições necessárias para finalizar a aquisição de uma posição de 75%” no Novo Banco, afirma Donald Quintin. “É com muito gosto que vamos começar a trabalhar com a gestão do banco e os seus colaboradores para desenvolver uma rede bancária de acordo com as melhores práticas do mercado”, acrescenta.
Estamos satisfeitos por chegar ao fim deste processo. Após dois anos de trabalho com as autoridades portuguesas, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia conseguimos assegurar as condições necessárias para finalizar a aquisição de uma posição de 75% no capital do Novo Banco.
O senior managing director do Lone Star refere ainda que “através desta operação de venda e do processo de recapitalização (…) a posição de capital do Novo Banco melhorou significativamente. Hoje, o Novo Banco é uma instituição sólida e bem capitalizada”, salientando que estão “entusiasmados com o futuro da economia portuguesa e com o futuro do Novo Banco”.
Com a conclusão desta venda, o governador do Banco de Portugal garante é “um passo decisivo de estabilização do setor financeiro nacional“. Carlos Costa refere ainda que “contribui para a melhoria da perceção interna e externa da banca”, o que vai ter um efeito positivo na economia portuguesa. “O setor bancário está hoje melhor preparado para o desenvolvimento da economia portuguesa”, salienta.
Este acordo prevê que os americanos do LoneStar injetem mil milhões de euros para ficarem com uma participação de 75% — 750 milhões no closing do negócio e mais 250 milhões até ao final do ano — e ainda avançar com uma “reestruturação aprofundada da instituição”. Os restantes 25% ficam nas mãos do Fundo de Resolução, o que apenas é possível porque a resolução acontece antes de terem sido implementadas as novas regras europeias sobre resoluções bancárias.
Além disso, o Novo Banco terá de ir ao mercado obter 400 milhões de euros através da emissão de instrumentos de fundos próprios de nível 2, à semelhança do que foi feito pela Caixa Geral de Depósitos (CGD).
(Notícia atualizada às 12h06 com mais detalhes)
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