Governo já identificou 18 mil famílias com carências de habitação
Ainda só metade dos municípios respondeu ao inquérito lançado pelo Governo para fazer o levantamento das necessidades de realojamento.
O levantamento das necessidades de realojamento ainda vai a meio mas o Governo já identificou perto de 18 mil famílias com carências habitacionais. Os números foram avançados esta terça-feira, pela secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho, que alertou também para o facto de mais de metade dos municípios ainda não ter respondido ao inquérito sobre as necessidades de alojamento, algo que deveria ter sido feito até ao final de julho.
Do total de 308 municípios existentes em Portugal, só 149 já fizeram este levantamento das necessidades de realojamento e remeteram os números para o Governo. Nestes 149 municípios, foram identificados 17.699 agregados familiares com carências habitacionais. O Governo aguarda ainda a resposta dos restantes municípios, sendo que 117 já começaram a responder aos inquéritos mas ainda não terminaram.
Este inquérito foi enviado pelo Governo a todas as câmaras municipais em maio, depois de, em março, o Parlamento ter aprovado uma resolução para que fosse feito um levantamento das necessidades de realojamento do país.
Os municípios tinham até 31 de julho para responder, mas, chegados a esse prazo, só 11% dos municípios tinha respondido e a Secretária de Estado decidiu prolongar o prazo. “Preferíamos demorar mais tempo e ter números mais representativos”, disse a secretária de Estado, esta manhã, na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação.
No início de setembro, o número continuava a ser pouco representativo: só 33% dos municípios tinham terminado o inquérito e o prazo voltou a ser prolongado. “Estamos em vias de enviar nova missiva aos executivos camarários, alertando para a importância de inscreverem as suas carências. Foram contactados telefonicamente, um a um, os 140 municípios que ainda não responderam aos inquéritos”, disse Ana Pinho.
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