António Costa: “Há claramente um derrotado nestas eleições e é o PSD”

O primeiro-ministro diz que o PS sai "reforçado" destas eleições autárquicas, que dão aos socialistas mais de 40% dos votos a nível nacional.

Com mais de 87% das freguesias já apuradas, o PS vence estas eleições autárquicas com mais de 40% dos votos a nível nacional e elegendo 113 presidentes. António Costa, líder do partido e primeiro-ministro, já reagiu e salienta que o PS sai reforçado destas eleições. O “grande derrotado”, diz, é o PSD.

“O PS teve hoje a maior vitória eleitoral de toda a sua história. Quero, por isso, começar por saudar todos os portugueses pela forma como decorreram estas eleições”, começou por dizer António Costa, na sede do PS, em Lisboa. O primeiro-ministro salientou a redução da taxa de abstenção e o elevado nível de participação cívica, que “demonstra bem a vitalidade da nossa democracia”.

O primeiro-ministro considera que “este resultado eleitoral reforça o PS” e atribui-lhe também uma leitura nacional: “Dá força à mudança do quadro parlamentar que permitiu a mudança política e de resultados. Esta mudança sai reforçada” para que o Governo continue a estratégia de devolução de rendimentos, redução da carga fiscal, redução do desemprego, do défice e da dívida, salientou António Costa. “Virada esta página, é altura de nos concentrarmos em visão de médio prazo para o país”, diz.

António Costa lembrou ainda que o próximo mandato autárquico será o da descentralização. “Concretizaremos a maior reforma do Estado que o país teve desde 1976. O reforço das competências e dos meios das freguesias e dos municípios é condição para a melhoria das contas, para uma melhor resposta aos cidadãos e para um maior desenvolvimento de todo o território”, salientou.

Sobre o PSD, foi claro: “Agora, há claramente um derrotado nestas eleições e é o PSD. Procurar outros derrotados é procurar disfarçar a leitura essencial que há a retirar destas eleições”.

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Teresa Leal Coelho assume responsabilidade pelos resultados

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 1 Outubro 2017

A candidata do PSD a Lisboa quis deixar claro que os resultados da candidatura são da "exclusiva responsabilidade" da equipa que apresentou o programa.

A candidata do PSD à Câmara de Lisboa, Teresa Leal Coelho, felicitou Fernando Medina pelos resultados alcançados nas eleições autárquicas, depois de as projeções darem a vitória ao atual presidente da autarquia. Ao mesmo tempo, a social-democrata fez questão de vincar que os resultados da sua candidatura são da “exclusiva responsabilidade da equipa que apresentou o programa”.

“Só posso saudá-lo [a Fernando Medina] pelo resultado que conseguiu atingir e reforçar que este resultado que o PSD, que a minha candidatura, alcançou, é um resultado da exclusiva responsabilidade da equipa que apresentou o programa”, e que está, ainda assim, orgulhosa do programa apresentado, afirmou Teresa Leal Coelho, em declarações transmitidas pelas televisões.

Ainda assim, a candidata do PSD admitiu que “não foi essa a apreciação” dos eleitores, que “fizeram outras escolhas”. Assumindo a responsabilidade, Teresa Leal Coelho salientou que a equipa mantém, ainda assim, “bastante empenho em conseguir vir a trabalhar para Lisboa e para os lisboetas, de acordo com aquilo que foram as orientações” apresentadas durante a candidatura.

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Moreira ataca Rui Rio. “Autárquicas no Porto não são primárias secretas do PSD”

O presidente reeleito da Câmara do Porto deixou duras críticas a Rui Rio, que tem aberto a porta a uma candidatura à liderança do PSD.

Rui Moreira foi reeleito presidente da Câmara do Porto e aproveitou o discurso de reação aos resultados provisórios das autárquicas para lançar ataques ao PSD, particularmente a Rui Rio, que tem aberto a porta a uma candidatura à liderança do PSD.

“Os grandes derrotados desta noite têm rostos como os de António Tavares, Rui Rio e Paulo Rangel. Não digo isto por não nos terem apoiado, mas por terem usado a cidade do Porto para disputas de índole nacional. As autárquicas no Porto não são as primárias secretas do PSD“, disse Rui Moreira, que deverá ser reeleito com 43% a 48% dos votos.

Rui Moreira criticou ainda Manuel Pizarro, o candidato pelo PS, que deverá conseguir 28% a 31% dos votos. “O apoio que nos oferecia tinha um preço que o nosso movimento independente não podia nem quis pagar. Depois, tentou nacionalizar as eleições no Porto. E esse é um preço que a cidade não quis pagar”, sublinhou.

Manuel Pizarro, por seu lado, disse que a sua candidatura não esquece “o que aconteceu a 6 de maio, quando alguém rompeu com um acordo que estava estabelecido“, referindo-se ao momento em que Rui Moreira recuou no acordo com o PS.

Para o novo mandato, Rui Moreira refere que a prioridade continuará a ser a aposta “na cultura, na economia, na afirmação da cidade, não apenas política mas em todas as suas vertentes, na coesão social e na sustentabilidade”. O presidente reeleito concluiu que “os grandes projetos” já lançados “vão ser concluídos, com contas à moda do Porto”.

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Cristas: “Estes são os melhores resultados em Lisboa desde 1976”

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 1 Outubro 2017

Líder do CDS fala numa noite histórica e promete "superar as expectativas" e "devolver em dobro".

A líder do CDS e candidata à Câmara de Lisboa já reagiu aos resultados das projeções eleitorais. Assunção Cristas fala numa noite histórica para o partido e diz saber que muitos eleitores votaram pela primeira vez no CDS. “Sejam bem-vindos”, afirmou.

Assunção Cristas garantiu que não vai “defraudar” os eleitores e acrescentou que o CDS irá “superar as expectativas”. Salientando que as eleições autárquicas não eram de menor importância para os centristas, a candidata à Câmara frisou que os resultados “estão à vista”.

“Queremos crescer autarquicamente”, reforçou Cristas, adiantando que estão garantidas cinco Câmaras, que “vão ainda ser reforçadas”. Depois de felicitar Rui Moreira pelos resultados obtidos no Porto, Assunção Cristas falou em Lisboa: “a confirmarem-se as projeções, teremos em Lisboa o melhor resultado do CDS desde 1976.” E “porventura estaremos em condições de triplicar o número de vereadores” na Câmara que, a julgar pelas projeções, será liderada pelo socialista Fernando Medina.

“Posso dizer com tranquilidade e com grande alegria que o CDS cumpriu o seu objetivo, que o CDS superou o seu objetivo”, realçou Assunção Cristas, prometendo depois “superar as expectativas” e “devolver em dobro”.

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Líder catalão abre caminho a independência unilateral

  • Marta Santos Silva e Lusa
  • 1 Outubro 2017

O líder catalão Carlos Puigdemont afirma que o referendo, considerado ilegal por Madrid, deu à Catalunha o direito a ser um Estado. Mais de 800 pessoas ficaram feridas em confrontos.

Carles Puigdemont, líder da região catalã, afirmou este domingo que o referendo considerado ilegal pelo Estado espanhol garantiu à Catalunha o direito a ser um país independente, abrindo caminho a uma declaração unilateral de independência.

“Hoje, com esta jornada de esperança e também de sofrimento, os cidadãos da Catalunha ganharam o direito a ter um Estado independente que se constitua em forma de república”, sublinhou, numa declaração no Palau, a sede do governo, acompanhado pelos membros do executivo regional.

Puigdemont anunciou que enviará, “nos próximos dias”, ao parlamento catalão “os resultados” da consulta de hoje, para que “atue de acordo com o que está previsto na lei do referendo”. No entanto, os resultados em si ainda não foram divulgados.

Mariano Rajoy, num discurso feito poucas horas antes, disse aos espanhóis que o referendo tinha sido ilegal, e apelou aos independentistas que “renunciem a dar novos passos que não levam a lado nenhum”.

O referendo, afirmou Mariano Rajoy, foi “uma burla à própria essência da democracia”, e quanto aos feridos e ao conflito que se viu nas ruas catalãs, responsabilizou com clareza os promotores da campanha independentista. “Não procurem mais culpados, não há”.

Mais de 800 feridos na Catalunha

Os serviços de saúde catalães elevaram para 844 o número de feridos em consequência da intervenção das forças de segurança para impedir o referendo independentista, dos quais dois estão em estado grave. De acordo com o departamento de saúde da Generalitat, estas 844 pessoas foram atendidas por elementos do sistema de emergências médicas, em centros de atendimento permanente e em hospitais.

Os dois feridos graves estão internados em hospitais da capital catalã. Um deles foi ferido num olho pelo impacto de uma bala de borracha, durante uma carga da Polícia Nacional junto à escola Ramon Llull de Barcelona. A outra vítima em estado grave é um homem de cerca de 70 anos que sofreu uma paragem cardiorrespiratória quando a polícia evacuou uma assembleia de voto no bairro de Mariola, em Lleida.

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PSD: “Não cumprimos os objetivos, isso é evidente”

Carlos Carreiras, coordenador autárquico nacional do PSD, assume responsabilidades e retira culpas de Pedro Passos Coelho.

O PSD não cumpriu os objetivos que tinha estabelecido para estas eleições autárquicas, mas aguarda “com serenidade” os resultados finais para conhecer as autarquias que ganhou. A mensagem foi transmitida por Carlos Carreiras, coordenador autárquico nacional do PSD, que assume responsabilidades pela derrota e retira culpas de Pedro Passos Coelho.

“Dos resultados que se vão conhecendo, não é expectável que tenhamos cumprido o objetivo a que nos tínhamos proposto. Mas chegam-nos informações de que há câmaras que ganhámos e câmaras que ganhámos ao PS“, começou por dizer Carlos Carreiras, em declarações transmitidas pela RTP.

“As eleições são justas e os eleitores escolheram aquilo que consideraram melhor para o país (…). Mas não cumprimos os objetivos, isso é evidente“, reconhece o também presidente da Câmara Municipal de Cascais (ainda não há projeções para os resultados de Cascais nestas autárquicas), ressalvando, ainda assim, que o partido vai “aguardar com serenidade” pelos resultados finais.

Confrontado com as declarações de Manuela Ferreira Leite, que disse num comentário na TVI que Pedro Passos Coelho “não tem” condições para continuar a liderar o partido, Carlos Carreiras assumiu as responsabilidades. “Se há que apurar uma responsabilidade, a nível nacional, é minha. Que eu saiba, Pedro Passos Coelho não foi candidato a nenhuma câmara nem a nenhuma freguesia”, disse Carreiras, salientando ainda que não há “qualquer razão para fazer uma extrapolação nacional” dos resultados autárquicas.

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FC Porto empata com o Sporting e segura liderança da I Liga

  • Lusa
  • 1 Outubro 2017

O FC Porto falhou o oitavo triunfo consecutivo na I Liga de futebol, mas segurou a liderança, ao empatar 0-0 no reduto do Sporting, segundo classificado, no jogo ‘grande’ da oitava jornada.

O FC Porto falhou hoje o oitavo triunfo consecutivo na I Liga de futebol, mas segurou a liderança, ao empatar 0-0 no reduto do Sporting, segundo classificado, no jogo ‘grande’ da oitava jornada.

No Estádio José Alvalade, em Lisboa, as duas equipas criaram ocasiões para desfazer o ‘nulo’, mais os ‘dragões’, mas nenhuma foi eficaz.

Na classificação, o FC Porto passou a contar 22 pontos, contra 20 do Sporting, que somou o segundo empate consecutivo na prova e o quarto jogo sem ganhar em todas as competições.

O tetracampeão Benfica soma 16, mas ainda joga hoje no reduto do Marítimo.

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Passos debaixo de fogo dos críticos com desaire autárquico

A antiga ministra das Finanças considera que Passos Coelho não tem condições para ser líder do PSD. Marques Mendes admite que Passos possa atirar a toalha ao chão.

Manuela Ferreira Leite deu o mote. As vozes críticas não tardaram em juntar-se. Os resultados do PSD nas duas principais cidades do país alimentaram inúmeros apelos à demissão de Pedro Passos Coelho da liderança do partido.

Os resultados do PSD são “demasiadamente maus” nestas eleições autárquicas, disse Manuela Ferreira Leite no seu comentário na TVI. Para a antiga ministra das Finanças, que se declarou “atónita, chocada”, os resultados provisórios deixaram-na “abalada” enquanto uma pessoa que “gosta do partido”.

Manuela Ferreira Leite, questionada diretamente sobre se Pedro Passos Coelho tinha condições para permanecer na liderança do partido, afirmou: “Não, não tem”. Para a comentadora, os candidatos individuais em Lisboa e Porto não devem ser “culpabilizados”. As primeiras projeções que colocavam Teresa Leal Coelho atrás de Assunção Cristas e empatada com João Ferreira do PCP, em Lisboa. E no Porto, Álvaro Almeida, de acordo com as projeções da RTP, deverá ter oito a 10% dos votos.

A ministra das Finanças não se ficou por aí. “A candidata por Lisboa apareceu tardiamente, porque as estruturas que tinham de fazer a escolha não se entenderam e, ao aparecer tardiamente e como foi escolha do presidente do partido, é evidente que o presidente do partido também foi a eleição”, disse a antiga ministra das Finanças. Manuela Ferreira Leite adiantou que “muitas pessoas não queriam votar no Pedro Passos Coelho e não votaram, por isso, no PSD”.

“Pedro Passos Coelho passou por uma fase difícil no Governo. (…) Não é fácil ser primeiro-ministro numa situação de resgate. Paulo Portas desapareceu inteligentemente, nunca mais ninguém o viu. A oposição feita ao PS apareceu simplesmente com a cara do Pedro Passos Coelho”, afirmou.

Confrontado com as declarações de Ferreira Leite, Carlos Carreiras, coordenador autárquico do PSD, limitou-se a dizer que não comentava, pois “teria de fazer recordações sobre o passado, e nós [PSD] estamos a pensar no futuro”.

Por sua vez, Poiares Maduro defendeu Pedro Passos Coelho no seu comentário na RTP. O ex-ministro no Governo que o atual líder do PSD encabeçou afirmou que “Pedro Passos Coelho já foi morto politicamente tantas vezes e sobreviveu sempre”, e também que isso era demonstrativo da sua “capacidade de resistir e a sua capacidade de surpreender”. Também Teresa Leal Coelho saiu em defesa do líder, sublinhando que os resultados em Lisboa são da “exclusiva responsabilidade da equipa que apresentou o programa”

Mas Ferreira Leite não está só a pedir a cabeça de Passos Coelho. Mauro Xavier, o ex-presidente da concelhia social-democrata, também não poupou o líder. “A opção de Pedro Passos Coelho na escolha do candidato do PSD a Lisboa teve uma resposta clara do eleitorado. Demiti-me por não concordar com esta opção. Cabe-me pedir agora responsabilidades ao presidente do partido. Espero que o PSD não faça o mesmo que o Governo fez com o caso de Tancos e alguém assuma a responsabilidade política”, escreveu na sua página de Facebook.

Marques Mendes abriu a porta à possibilidade de Passos se afastar porque a sua vida “vai ser um inferno” se não o fizer. “Não me surpreenderia muito que Passos Coelho tomasse hoje ou na próxima terça-feira a decisão de dizer que sai, que se afasta, que não se candidata novamente à liderança do partido”, disse o comentador na Sic, acrescentando que normalmente não pede a demissão de um líder perante um mau resultado nas urnas. E explicou a sua posição com a “má escolha de candidatos”, a campanha demasiado centrada nas questões nacionais e ainda a fraca oposição que o líder tem feito a António Costa.

Falar de temas nacionais foi uma opção errada porque estes “são uma vantagem para o PS” e não para o PSD. “António Costa lançou essa pista e Passos Coelho foi sempre atrás dela”, o que não foi uma escolha certa, sublinhou Marques Mendes. Além disso, criticou a opção de Álvaro Almeida para a Câmara do Porto dada a “falta de qualidades para uma candidatura desta natureza”. Já em Lisboa, as projeções colocam Assunção Cristas à frente de Teresa Leal Coelho, algo que, lembrou não acontecia desde 1976 quando o CDS ficou à frente do PSD na capital. Os maus resultados do PSD, nas duas principais cidades eram “desastres já anunciados”, frisou.

António Costa Pinto considera que a liderança de Passos não está ameaça “por estas vozes”, porque são figuras que derrotou, já não são candidatou e que não têm lugar de destaque dentro do PSD. O professor em ciência política explicou ao ECO que “a reação aos resultados eleitorais depende muito da estratégia do líder”. “Pode decidir demitir-se e provocar eleições antecipadas, para forçar os rivais a aparecer, ou levar a cabo alguma tentativa de relegitimação do líder, perante alguns destes resultados”.

O politólogo considera que a posição de Pedro Passos Coelho “não é simples”, mas recorda o estudo feito antes das eleições, junto do eleitorado do PSD, que na sua maioria defendeu que o líder se deve manter em funções mesmo que se repitam os resultados autárquicos de 2013, quando o PSD teve o pior resultado de sempre. O mesmo estudo feito junto do eleitorado, e não dos militantes, revelava que 45% defendia a demissão de Passos. “Isto significa que Passos tem margem de manobra”, conclui.

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Basílio Horta mantém-se no poder. Ganha Sintra com 41% a 46%

  • Marta Santos Silva
  • 1 Outubro 2017

O atual presidente da Câmara mantém-se no lugar, de acordo com as projeções iniciais divulgadas pela TVI e Intercampus, com entre 41% e 46% dos votos.

Basílio Horta, o atual presidente da Câmara Municipal de Sintra, voltou a vencer as eleições autárquicas, de acordo com projeções iniciais da TVI e Intercampus que anteveem que receba entre 41,5% e 46,5% dos votos.

A enfrentar o atual presidente estavam os candidatos de nove outros partidos, incluindo Marco Almeida da coligação PSD/CDS-PP, pelo PCP, Pedro Ventura, e pelo Bloco de Esquerda, Carlos Carujo.

Já sondagens do Correio da Manhã, do Expresso e da Antena 1 davam na semana passada a vitória a Basílio Horta, atual presidente da câmara de Sintra. Na mais recente, do Correio da Manhã, Basílio Horta surgia com 40,4% das preferências dos eleitores. Nas últimas autárquicas, Horta levara a Câmara com apenas 26,8%.

Ana Gomes, a eurodeputada do PS e ex-candidata à câmara de Sintra há oito anos, foi uma das pessoas que apoiou Basílio Horta na sua corrida à Câmara Municipal, chegando mesmo a fazer campanha pelo candidato em certas freguesias de Sintra.

(Notícia em atualização)

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Isaltino Morais deverá vencer Oeiras com 42% a 46% dos votos

Isaltino Morais chegou a ver a candidatura chumbada pelo Tribunal de Oeiras, mas acabou por vencer as eleições com 42% a 46% dos votos.

Isaltino Morais venceu. O candidato independente conseguiu 42% a 46% dos votos, de acordo com as projeções da RTP e da Universidade Católica, regressando ao comando da Câmara de Oeiras para suceder a Paulo Vistas.

Em segundo lugar, surge Paulo Vistas, o atual presidente da Câmara, que também se candidatou como independente, com 13% a 15% dos votos. Com 12% a 14% dos votos, segue-se o PS. Já o PSD terá conseguido 8% a 10% dos votos e a CDU 8% a 10%.

Na reação a estas projeções, Paulo Vistas reconheceu que “o resultado fica aquém das expectativas” e disse estar “surpreendido” com estes valores. “Mas, em democracia, é assim. Estamos cá para continuar a trabalhar e para defender este projeto político independente”, disse o presidente cessante da Câmara de Oeiras.

Isaltino Morais reagiu depois, para dizer que, embora não sejam conhecidos os resultados definitivos, está em causa uma “grande vitória”. O candidato independente salientou que os oeirenses demonstraram que querem um novo ciclo de desenvolvimento. “Os oeirenses, ao votarem na nossa candidatura, disseram o que queriam para Oeiras”, “mas também disseram o que não queriam” e “é muito importante nós interiorizarmos bem o que os oeirenses não queriam, que é justamente para não cometermos os erros que foram cometidos por outros”, disse Isaltino. “O poder não é a cadeira, o poder é a capacidade para ouvir as pessoas”, frisou.

Isaltino Morais esteve à frente da Câmara Municipal de Oeiras durante 24 anos, pelo PSD, oito dos quais com Paulo Vistas, o atual presidente, a seu lado. Em abril de 2013, foi detido para cumprir uma pena de dois anos de prisão, por fraude fiscal e branqueamento de capitais. Saiu do Estabelecimento Prisional da Carregueira, em Sintra, antes de cumprir a pena, em junho de 2014, ficando em liberdade condicional e impedido de sair do país.

Três anos depois, anunciava que ia voltar a candidatar-se à Câmara de Oeiras, desta vez como independente. A campanha não foi fácil. Em agosto, o Tribunal de Oeiras chumbou a candidatura de Isaltino Morais, justificando que a lista de candidatos não estava datada nem assinada pelos mesmos.

O juiz Nuno Cardoso, responsável por esta decisão, acabou por ser afastado do processo e a candidatura do independente foi readmitida.

Notícia atualizada às 22h50 com mais informação.

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Projeções dão maioria absoluta a Medina

O PS foi reeleito em Lisboa e deverá garantir a maioria absoluta. Cristas surge em segundo, PSD e CDU estão empatados e o Bloco deverá conseguir eleger um a dois vereadores.

A sede de campanha do PS, em Lisboa.Paula Nunes / ECO

Fernando Medina vai continuar à frente da Câmara Municipal de Lisboa, confirmando os resultados de todas as sondagens que foram feitas durante o período de campanha, que davam a vitória ao atual presidente e apontavam mesmo para uma maioria absoluta. Lisboa contou com 12 candidaturas e, segundo as projeções iniciais da RTP, Medina deverá vencer com 43% a 47% dos votos.

Em segundo lugar, deverá ficar Assunção Cristas, pelo CDS-PP, com 18% a 21% dos votos. Em terceiro, Teresa Leal Coelho, com 9% a 11%. Segue-se João Ferreira, pela CDU, também com 9% a 11%, e Ricardo Robles, do Bloco de Esquerda, com 7% a 9% dos votos.

A confirmarem-se, estes resultados deverão garantir a maioria absoluta a Fernando Medina. O executivo da Câmara de Lisboa conta com um total 17 vereadores. O PS deverá eleger 8 a 10 vereadores, o CDS-PP 3 a 4 vereadores, o PSD conseguirá dois vereadores, tal como a CDU. Já o Bloco de Esquerda deverá conseguir ter representação na Câmara de Lisboa, elegendo um a dois vereadores.

Numa primeira reação, na sede de campanha do PS, no Hotel Altis, Duarte Cordeiro falou em “resultados históricos” e sublinhou que foi a quarta vez consecutiva que o PS venceu a Câmara de Lisboa. Já José Eduardo Martins, candidato à Assembleia Municipal pelo PSD, reconheceu que, a confirmar-se, este será um “resultado muito negativo” para o partido, acrescentando que Teresa Leal Coelho “assumirá as responsabilidades” desta derrota. “Todos os dias saímos em campanha procurando um resultado diferente”, sublinhou.

Na sede de campanha do Bloco de Esquerda, no Palácio das Galveias, em Lisboa, Mariana Mortágua salientou o “reforço substantivo da posição autárquica do Bloco de Esquerda” e disse aguardar “com expectativa” os resultados finais. Do lado do CDS-PP, o deputado Telmo Correia salientou que, “com grande probabilidade”, o CDS-PP deverá estar perante “um momento histórico” em Lisboa.

Depois das obras, a habitação

Licenciado em Economia e antigo secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional no Governo de José Sócrates, Fernando Medina sucedeu a António Costa como presidente da Câmara de Lisboa em abril de 2015, quando o atual primeiro-ministro deixou a Câmara para se concentrar na liderança do PS e disputar as eleições legislativas desse ano. Em junho de 2015, Fernando Medina apresentou a candidatura à Câmara Municipal de Lisboa, contando com o apoio do Livre e de movimentos independentes.

O último mandato ficou marcado pelas obras profundas em várias zonas da capital, mas também por várias polémicas, como o concurso para obras na Segunda Circular, que acabou por ser cancelado por suspeitas de conflito de interesses de um dos consultores do projeto. No próximo mandato, Fernando Medina aponta para o mercado da habitação como a grande prioridade. Um programa de rendas acessíveis é uma das principais bandeiras do presidente da Câmara de Lisboa.

Notícia atualizada às 20h22 com mais informação.

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Projeções: Rui Moreira ganha no Porto com 43% a 48%

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 1 Outubro 2017

Rui Moreira vai continuar à frente da autarquia do Porto, de acordo com as projeções da RTP/CESOP. Manuel Pizarro, do PS, surge em segundo lugar.

Rui Moreira vai continuar a liderar a Câmara do Porto, a julgar pelas sondagens divulgadas pela RTP/CESOP, que apontam para uma vitória do candidato independente, com 43% a 48% dos votos.

Os dados não são finais mas, a confirmarem-se, permitem antecipar o futuro da liderança da cidade Invicta, depois de sondagens feitas nas últimas semanas terem chegado a apontar para resultados divergentes entre Moreira e Pizarro, do PS. Rui Moreira está na liderança, com a possibilidade de eleger seis a oito vereadores. O segundo lugar é do candidato apoiado pelo PS, Manuel Pizarro, com 28% a 31% das preferências dos eleitores (quatro a cinco deputados), avançam as projeções.

Segue-se Álvaro Almeida (PSD), com 8 a 10% dos votos, Ilda Figueiredo (PCP), com 6% a 8%, e João Teixeira Lopes (Bloco de Esquerda), com 5% a 7%.

Na disputa pela Câmara do Porto, o dia foi marcado pela queixa apresentada pela candidatura de Rui Moreira à Comissão Nacional de Eleições (CNE). Em causa estavam ações de alegada propaganda política nas redes sociais em dia de eleições, escreve a agência Lusa.

Rui Moreira apresentou a candidatura do seu movimento independente a três meses das eleições. Antes disso, decidiu prescindir do apoio do PS, depois de Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta do partido, ter indicado que uma vitória de Moreira seria uma vitória dos socialistas. Manuel Pizarro surgiu entretanto como candidato do PS à Câmara do Porto. A campanha ficou marcada por notícias em torno do caso Selminho, a empresa da família de Rui Moreira.

(notícia atualizada às 20:10)

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