Economia chinesa cresce 6,8% no terceiro trimestre do ano, supera meta do Governo

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

O crescimento económico registado no terceiro trimestre está em linha com as metas fixadas por Pequim, mas os analistas esperam um abrandamento aqui em diante.

A China, segunda maior economia do mundo, cresceu 6,8%, no terceiro trimestre do ano, menos uma décima do que no trimestre anterior, mas acima da meta fixada por Pequim, anunciou esta sexta-feira o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE).

Os analistas esperam, porém, um abrandamento, à medida que as autoridades chinesas reforçam o controlo sobre os empréstimos bancários, visando travar o aumento da dívida, visto como a maior ameaça à estabilidade económica do país.

Pequim está a encetar uma reconfiguração no modelo económico chinês, visando um maior ênfase do consumo interno, em detrimento das exportações e do investimento em grandes obras públicas.

A China tem, no entanto, tido um boom no aumento do crédito, desde a crise financeira global de 2008, que atrasou o reequilíbrio da economia.

Num discurso proferido na quarta-feira, na abertura do XIX Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), Xi afirmou que as perspetivas da China são “brilhantes”, mas reconheceu que a economia do país enfrenta “sérios desafios”.

O secretário-geral do PCC disse que o partido terá que assumir “grandes riscos” e superar “forte resistência”.

Empresas e investidores estão atentos a sinais do Congresso sobre a profundidade das reformas económicas.

No discurso de quarta-feira, perante os mais poderosos do regime chinês, Xi repetiu promessas de dar ao mercado um “papel decisivo” na alocação de recursos, mas afirmou também a intenção do partido de desenvolver as empresas estatais.

Os dados hoje difundidos pelo GNE revelam que as vendas a retalho na China subiram, em setembro, 10,3%, face ao mesmo mês do ano anterior, uma décima abaixo da média registada nos primeiros três trimestres.

A subida foi impulsionada por uma expansão do comércio eletrónico, em termos homólogos, de 34,2%.

A decisão do partido de anunciar os dados económicos durante o Congresso, o mais importante evento da agenda política chinesa, suscitou expectativas de que estes seriam positivos.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia chinesa cresça este ano 6,7%, mantendo a mesmo ritmo de 2016. A instituição elevou por duas vezes as suas perspetivas para a economia chinesa este ano, alegando o forte aumento da despesa pública.

A meta do Governo chinês para este ano é de 6,5%, “ou mais alto, se possível”.

Os reguladores apontaram como prioridade reduzir os riscos no sistema financeiro. Aos bancos foi requisitado que controlem de perto os devedores, sobretudo aqueles que investem além-fronteiras, para assegurar que estes podem pagar as suas dívidas.

O PCC definiu como meta para 2020 dobrar o nível médio de rendimento, face a 2010, e lograr uma “sociedade moderadamente confortável”. Analistas da UBS apontam que, para atingir esse marco, o país deve manter um crescimento mínimo de 6,3%, até ao fim da década.

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Nuno Magalhães: “Costa tem cometido erros graves que custaram vidas”

  • ECO
  • 19 Outubro 2017

O líder parlamentar do CDS diz que a moção de censura anunciada pelo seu partido ainda se justifica mais agora porque Costa não reconhece “erros graves” que causaram mortes.

Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS, mostrou-se muito crítico em relação à atuação do primeiro-ministro António Costa ao longo dos últimos meses no que respeita à gestão dos incêndios que fustigaram o país nos últimos quatro meses. Em causa estão “erros políticos graves” cometidos pelo primeiro-ministro que “custaram vidas”, disse Nuno Magalhães em entrevista à TSF, acrescentando que em resultado disso, a moção de censura do seu partido ainda faz mais sentido.

“O primeiro-ministro, depois do discurso do Presidente terá… não sei se terá caído na realidade, mas pelo menos terá caído na perceção de que tem cometido erros políticos graves nos últimos meses, que custaram vidas”, afirmou à rádio, considerando que não houve um pedido de desculpas por parte de António Costa. “Um pedido de desculpas pressupõe sinceridade. Aquilo foi uma resposta a um desafio que o primeiro-ministro, de uma forma até deselegante, dizer que não tinha pedido desculpas porque só pede desculpas na sua vida privada”, defendeu Nuno Magalhães.

É precisamente por considerar que António Costa não reconheceu “os erros graves” que Nuno Magalhães considera que a moção de censura do CDS se justifica ainda mais, considerando que a demissão da ministra da Administração Interna, os anúncios de que haverá indemnizações e verbas no Orçamento do Estado para lutar contra os incêndios não são suficientes para alterar esse sentimento.

“Aquilo que dizemos é que era preciso dar corpo institucional, parlamentar, político à indignação que era geral face à falência total do Estado numa área de proteção das pessoas – que é a área mais essencial de qualquer Governo. Isso baseou-se numa segunda oportunidade que o primeiro-ministro perdeu”, referiu a esse propósito.

O centrista não teme ainda um eventual reforço do Governo caso a moção de censura que o CDS vai apresentar seja chumbada. “Para mim é indiferente se sai reforçado ou não sai. É preciso que, quando o Estado falha, que o Estado seja censurado. Se sai reforçado ou não, saberão PCP, BE, Verdes e PS”, afirmou o centrista num recado aos partidos aliados do Governo.

Relativamente à mensagem transmitida ao Governo na comunicação de Marcelo Rebelo de Sousa ao país na passada terça-feira, o líder parlamentar do CDS considera que “o Sr. Presidente interpreta que o país perdeu a confiança no Governo, pelo menos para fazer face a esta questão, de matérias de soberania na área da segurança interna”. Mas negou ter havido qualquer articulação “por encomenda” do Presidente da República com a moção de censura do CDS. “Não, de todo. Acho o momento excessivamente grave para qualquer tipo de calculista político”, afirmou.

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O regresso da Favre-Leuba

  • Fernando Correia de Oliveira
  • 19 Outubro 2017

A marca esteve entre os anos 50 e 70 presente no mercado português. Deverá regressar agora. Com relógios sobretudo mecânicos e alguns de quartzo, os seus preços variam entre os mil e os 8 mil euros

A Favre-Leuba está prestes a comemorar 280 anos. As suas raízes remontam a 1737, quando Abraham Favre funda, em Le Locle, a sua oficina de relojoaria. Esta é, pois, uma das mais antigas marcas suíças. Tendo sido administrada durante oito gerações pela família Favre, a empresa foi vendida nos anos 1980.

Passou por várias mãos, incluindo as de um importador espanhol. Até que, no final de 2011, é adquirida pelo gigante multinacional indiano Tata Group (que detém outra marca de relojoaria, a Titan, de expressão quase exclusiva na Índia). Mantendo desde sempre a certificação Swiss Made, está hoje sediada em Solothurn.

A imagem que a Favre-Leuba projeta atualmente tem a ver com a sua história — pioneirismo técnico, relógios profissionais, atividades ao ar livre, fiabilidade e design muito próprio, inspirado em peças vintage da sua própria coleção. “Conquering Frontiers” é o seu mote.

O topo de gama, com PVP um pouco acima dos seis mil euros, é o Bivouac 9000, com calibre de carga manual e indicador de reserva de corda. Tem uma função única na relojoaria de pulso — um altímetro mecânico mede até nove mil metros de altitude (o ponteiro central, vermelho). Este calibre, tal como outros da nova coleção, foi desenvolvido por Patrick Kury (ex-Eterna, ex-Porsche Design).

Outra das estrelas da coleção é o Raider Harpoon, um relógio de mergulho, com apenas um ponteiro, o dos minutos, sendo as horas lidas num disco. Também tem cronógrafos automáticos.

Todos eles com o aspeto vintage de modelos Favre-Leuba dos anos 1950 e 1960. Com a característica luneta superior tetradecagonal e o anel dentado inferior.

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BCP avança. Bolsa de Lisboa com subida tímida

A bolsa nacional está a valorizar, mas muito ligeiramente. O desempenho positivo do BCP ajuda a manter o índice de referência nacional em terreno positivo numa sessão negativa na Europa.

A bolsa de Lisboa está a valorizar. O índice de referência do mercado português está em terreno positivo num dia de perdas na generalidade das praças do Velho Continente. O PSI-20 está a beneficiar do comportamento dos títulos do BCP.

Depois de ter conseguido ganhar 0,19% na última sessão, após dias de quedas, o índice português volta aos ganhos. Está a subir 0,03% para 5.463 pontos.

O BCP dá o contributo positivo necessário para este comportamento do índice. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado seguem a valorizar 0,12% para 25,73 cêntimos.

Esta subida do BCP acontece no dia em que Isabel dos Santos afirmou que vai “manter a posição acionista” de 15,24%. “A Sonangol comprou as ações a um preço baixo e já tivemos rendimento do nosso investimento”, salientou a empresária angolana.

A puxar pela bolsa está também a Jerónimo Martins ao somar 0,61% para 15,74 euros, enquanto a Sonae ganha 0,2% para 1,022 euros. A Nos, por seu lado, apresenta uma subida de 0,45%.

No setor energético, a Galp Energia avança 0,10%, já a EDP Renováveis ganha 0,06%. A EDP volta às quedas. Depois de duas sessões positivas, a elétrica liderada por António Mexia recua 0,07% para 3,011 euros.

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Operação Marquês: Sócrates acusado de usar ex-ministros para corrupção com TGV

  • ECO
  • 19 Outubro 2017

O ex-governante terá usado Mário Lino, António Mendonça, Carlos Fonseca e Ana Paula Vitorino para beneficiar o Grupo Lena e o Grupo Espírito Santo.

O ex-primeiro ministro é acusado pelo Ministério Público de ter “instrumentalizado” ministros do seu executivo para favorecer o consórcio ao qual foi entregue o primeiro troço do TGV. Grupo Lena e o Grupo Espírito Santo são dois dos beneficiados. O crime é o de corrupção passiva.

O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) acredita que vários ministros terão colaborado involuntariamente com Sócrates para beneficiar grupos económicos relacionados com as obras do TGV, relata o Público (acesso condicionado). São eles Mário Lino e António Mendonça, na altura ministros das Obras Públicas, Ana Paula Vitorino, que agora é ministra do Mar mas na altura tinha a pasta de secretária de Estado dos Transportes, e Carlos Fonseca, que lhe sucedeu neste cargo.

A acusação diz que tanto eu como a minha secretária de Estado Ana Paula Vitorino o informávamos do que se estava a passar, mas ele só queria saber se o processo estava a andar ou não.

Mário Lino

Ex-ministro das Obras Públicas

Sendo uma ação involuntária, estes ministros não constam dos arguidos do processo, tal como explicado entre as mais de 4.000 páginas. O MP escreve que os ministros atuaram sem que “tivessem conhecimento do acordo estabelecido entre o então primeiro-ministro e ora arguido José Sócrates e Joaquim Barroca e Ricardo Salgado”.

Contudo, o MP admite que os ministros podem ter violado algumas “normas e princípios” desrespeitando o interesse público. Poderão no entanto ter sido induzidos em erro e convencidos por Sócrates que estavam de facto a agir em conformidade.

Mário Lino: Sócrates “nunca deu sugestões nenhumas”

“Nunca deu sugestões nenhumas, nunca inquiriu ninguém sobre quem tinha concorrido”, assegura Mário Lino ao Público. “A acusação diz que tanto eu como a minha secretária de Estado Ana Paula Vitorino o informávamos do que se estava a passar, mas ele só queria saber se o processo estava a andar ou não”.

O que Sócrates sabia

Segundo a acusação, o antigo primeiro-ministro saberia que o consórcio Elos, onde estava inserido o grupo Lena, estava em vantagem no concurso dado que eram pagos 5.000 euros por mês ao diretor da Rave, a empresa pública responsável pelo projeto do TGV. O papel de Sócrates seria simplesmente assegurar a continuidade do processo até ser assinada a concessão.

Por fim, o MP toma ainda como prova suficiente o facto de José Sócrates se ter encontrado pelo menos uma vez com o júri do concurso, a mesma pessoa que aceitou introduzir cláusulas penalizadoras para o Estado no contrato após as ter rejeitado mais que uma vez.

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A capa do iPhone que custa mais do que o próprio iPhone

  • ECO + BONS RAPAZES
  • 19 Outubro 2017

Fabricante de capas de luxo GRAY, de Singapura, criou a “Advent Collection”, uma coleção de capas de iPhone com materiais que protegem o telefone contra praticamente tudo.

Bom, já falta muito pouco para que o novo iPhone X chegue às lojas em Portugal. Ora, já se sabe que, com telemóvel novo, vem também capa nova, não é verdade? Especialmente, quando se trata do iPhone mais caro de sempre.

Mas será que o iPhone mais caro de sempre justifica a capa mais cara de sempre? Estamos a falar de uma capa que é mais cara que o próprio iPhone X. Se calhar, compensa mais comprar dois iPhone… Enfim, o que nos trouxe aqui foi a “Advent Aurora”.

A fabricante de capas de luxo GRAY, de Singapura, criou a “Advent Collection”, uma coleção de capas de iPhone (para modelos 7/7 Plus, 8/8 Plus e X) com materiais que protegem o telefone contra praticamente tudo. O modelo “Aurora”, o mais caro, consiste num bloco de titânio sólido (material muito utilizado no espaço), com uma estética muito sci-fi, que cria um efeito tipo aurora boreal (daí o nome) quando a luz incide sobre o material.

Para o iPhone 8 Plus, esta capa custa 1,345 dólares – mais do que o iPhone X. Para além da “Aurora”, a GRAY tem mais quatro modelos. O mais básico é o “Advent Titanium”, e custa 545 dólares para o iPhone 7. Todas as capas vêm com um número de série gravado a laser. A estes preços, é bom que quando o telemóvel cair, seja o chão a ficar partido.

Mais info aqui.

Este conteúdo foi produzido pela equipa do blog Bons Rapazes.

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Prejuízos provocados por incêndios deverão estar apurados entre “duas a três semanas”

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, diz que depois de apurados os prejuízos "definir-se-ão as medidas de apoio para reerguer a vida das pessoas".

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, diz que o levantamento dos prejuízos causados pelos incêndios que deflagraram domingo, atingindo vários concelhos da região Norte e Centro, deverá estar concluído dentro de “duas a três semanas”.

“De duas a três semanas o levantamento concreto dos prejuízos estará concluído e, a partir daí, definir-se-ão as medidas de apoio para reerguer a vida das pessoas”, afirmou aos jornalistas, no final de uma reunião com os autarcas de Gondomar e Valongo, no distrito do Porto.

O governante explicou que aquilo que o Governo PS está a fazer com os autarcas, ao visitar as regiões afetadas, é pensar “em começar a reerguer e recuperar” as comunidades mais atingidas pelos fogos porque foram “dias muito duros e difíceis”.

Falando em “ocorrências lamentáveis e trágicas do ponto de vista humano”, Pedro Marques frisou que o Estado “está cá” para ajudar as pessoas afetadas do ponto de vista pessoal, social e económico, sublinhando que as populações “têm de ter apoios e vão ter apoios”.

O país tem agora de se tornar “mais resiliente e preparado” para as condições que, infelizmente, poderão estar para ficar, acrescentou, referindo-se às alterações climáticas.

Aludindo ao Conselho de Ministros extraordinário do próximo sábado, Pedro Marques realçou a necessidade “de melhorar os mecanismos de proteção civil, de tomar decisões com base no relatório da Comissão Técnica Independente [sobre os incêndios de junho] e de começar a reconstruir estes territórios” que foram afetados pelos fogos.

Relativamente à região Norte, concretamente a Gondomar e Valongo, Pedro Marques avançou já terem sido identificados “um conjunto significativo” de prejuízos a todos os níveis.

Questionado sobre o valor dos prejuízos, Pedro Marques explicou que ainda não está apurado, sendo “certo” que arderam “centenas de hectares” e se perderam “muitas” explorações agrícolas.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 42 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre terça-feira e quinta-feira.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

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Reformas antecipadas no Estado caem 75%. Penalização é a mais elevada em cinco anos

  • ECO
  • 19 Outubro 2017

No ano passado, apenas 1.349 funcionários públicos pediram a reforma antecipada, o que resulta do agravamento das condições legais para quem pretende abandonar a vida ativa.

O número de reformas antecipadas atribuídas a funcionários públicos pela Caixa Geral de Aposentações caiu drasticamente no ano passado. Foram atribuídas a 1.349 funcionários públicos, o que corresponde a uma queda de 75% face a 2015 e ao número mais baixo dos últimos 13 anos (período para o qual há registo no site da CGA), avança o Público (acesso condicionado).

O jornal cita o Relatório e Contas da CGA relativo a 2016, que será discutido com os representantes dos sindicatos na reunião do conselho consultivo marcada para 24 de outubro. O mesmo documento revela ainda que quem antecipou a reforma teve uma penalização média de 30,4%, bem acima do corte verificado nos anos anteriores. O Diário de Notícias (acesso pago) que também teve acesso ao documento refere que se trata da maior penalização dos últimos cinco anos — há um aumento de 42% na penalização — explicando que esta reflete o agravamento das condições para quem opta por abandonar a vida ativa antes da idade legal.

“A partir de 2013 as condições de atribuição das pensões antecipadas sofreram alterações”, refere o relatório e contas da Caixa Geral de Aposentações relativo a 2016, citado pelo Diário de Notícias. Como consequência, “a taxa média de penalização relativamente a estas pensões atribuídas em 2016 situou-se em 30,4%”, acrescenta o mesmo documento. É “muito superior à verificada em 2015 (21,3%), 2014 (12,3%), 2013 (14,6%) e 2012 (12,2%).

Um dos fatores é o aumento da idade normal da reforma – que passou de 63,5 anos em 2012, para 65 anos em 2013 e para os para 66 anos e dois meses em 2016. Outro relaciona-se com o reforço da penalização das reformas antecipadas em resultado da reformulação do cálculo do fator de sustentabilidade. Para além disso, em 2014, foi eliminado o mecanismo de bonificação que permitia que por cada grupo completo de três anos acima dos 30 de serviço fosse possível reduzir em 6% a penalização global da pensão.

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Isabel dos Santos sem ambições políticas no horizonte quer continuar a ser empresária

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

"Há muitas formas de resolver os problemas de África", diz a empresária angolana, salientando que "criar empresas é uma forma tão boa como ser política".

A empresária angolana Isabel dos Santos garantiu não ter ambições políticas a curto prazo e afirmou preferir contribuir para o desenvolvimento em África como empresária.

“A minha missão e verdadeira paixão é ser empresária. Adoro construir coisas, acordar de manhã e ter a equipa certa de pessoas em meu redor para me desafiar, para me dizer se a ideia é boa ou má, reunir recursos e trabalhar em conjunto para construir coisas”, afirmou, num evento em Londres organizado pela Thomson Reuters.

Para a atual presidente do Conselho de Administração da petrolífera Sonangol, “há muitas formas de resolver os problemas de África e o desenvolvimento, criando postos de trabalho e oportunidades e criar empresas é uma forma tão boa como ser política”.

“Para já, gosto de fazer o que faço, que é ser empresária”, vincou a filha do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, sucedido por João Lourenço em setembro passado, após 38 anos em funções.

Isabel dos Santos disse ter entrado em junho de 2016 para a Sonangol com outros profissionais do setor privado com um “sentido de missão” e com o desejo de “dar um contributo” para o país.

A minha missão e verdadeira paixão é ser empresária. Adoro construir coisas, acordar de manhã e ter a equipa certa de pessoas em meu redor para me desafiar, para me dizer se a ideia é boa ou má, reunir recursos e trabalhar em conjunto para construir coisas.

Isabel dos Santos

Empresária

“Quando nos chamaram para este desafio, deram-nos uma empresa que significa tanto para a nossa economia e população, mas estava numa situação muito difícil devido aos preços baixos e à queda dos rendimentos”, contou.

Nos últimos anos, descreveu, foi feito um “diagnóstico completo”, com auditoria e avaliação aos recursos humanos e sistemas informáticos e outros setores, que passou por maior rigor nas despesas, maior critério nas decisões e maior transparência.

“Otimizámos a organização o mais possível. Mas tudo isto é uma tarefa enorme. Isto é um trabalho para vários anos. Eu diria três, quatro, cinco anos ou mais”, declarou.

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Brexit: Acordo para proteger direitos dos europeus “está perto”

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

Theresa May, a primeira-ministra britânica, diz que o acordo para proteger os direitos dos cidadãos europeus residentes no Reino Unido "está perto" de ser alcançado com a União Europeia.

O acordo para proteger os direitos dos cidadãos europeus residentes no Reino Unido “está perto” de ser alcançado com a União Europeia, garantiu a primeira-ministra, Theresa May.

A mensagem será publicada na rede social Facebook, enviada por e-mail para 100 mil pessoas e transmitida às embaixadas dos 27 restantes Estados-membros da UE no mesmo dia em que a chefe do Governo viaja para participar no Conselho Europeu.

“Eu sei que ambos os lados vão considerar as propostas do outro para finalizar o acordo com uma mente aberta. E com flexibilidade e criatividade de ambos os lados, estou confiante de que podemos concluir as discussões sobre os direitos dos cidadãos nas próximas semanas”, escreve.

Apesar de existirem outros temas na agenda, o ‘Brexit’ será uma questão que vai ser discutida nos dois dias, pois na quinta-feira à noite, a primeira-ministra britânica, Theresa May, faz questão de partilhar com os parceiros europeus as suas “reflexões sobre o ponto da situação das negociações”.

Na sexta de manhã, os líderes da UE a 27, já sem May na sala, discutirão entre si como prosseguir essas negociações, além de um debate sobre o caminho a seguir sem o Reino Unido.

“Fui clara ao longo deste processo, de que os direitos dos cidadãos são minha primeira prioridade. E eu sei que os meus colegas líderes têm o mesmo objetivo: salvaguardar os direitos dos cidadãos da UE que vivem no Reino Unido e cidadãos do Reino Unido que vivem na UE”, refere May.

A primeira-ministra considera que “nada poderia estar mais longe da verdade” a acusação de que está a usar os cidadãos europeus como moeda de troca nas negociações.

“Os cidadãos da UE que construíram a sua vida no Reino Unido fizeram uma enorme contribuição para o nosso país. E queremos que eles e as suas famílias permaneçam. Eu não poderia ser mais clara: os cidadãos da UE que vivem legalmente no Reino Unido hoje poderão ficar”, garante.

Theresa May revela que o processo de candidatura à autorização de residência vai ser mais simples, se exigir seguro de saúde a quem não trabalhou, que vai ter um custo baixo e que será automático para quem já tem o certificado de residência. A governante propõe ainda criar um grupo de utilizadores para acompanhar a criança e implementação do processo, que deverá ser feito pela Internet.

“Espero que estas garantias, juntamente com as feitas pelo Reino Unido e pela Comissão Europeia na semana passada, proporcionem mais segurança aos quatro milhões de pessoas que estão compreensivelmente preocupados com o que ‘Brexit’ significaria para seu futuro”, conclui.

Estima-se que residam no Reino Unido cerca de três milhões de europeus e no espaço europeu cerca de um milhão de britânicos.

O negociador-chefe da União Europeia (UE) para o ‘Brexit’, Michel Barnier, afirmou na semana passada que “não houve progressos suficientes” nas negociações do ‘divórcio’, recomendando que não se avance para a segunda fase negocial.

“Ainda não chegámos lá”, disse Barnier, constatando progressos insuficientes no tópico dos direitos dos cidadãos da UE que vivem no Reino Unido e um “impasse extremamente preocupante” no debate sobre a “fatura de saída” que Londres terá que pagar.

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Isabel dos Santos: Posição da Sonangol no BCP “é para manter”

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

Isabel dos Santos diz ver a relação com o banco português "a reforçar-se e a continuar". "Acho que vamos manter a nossa posição acionista", salientou.

A Sonangol vai manter a posição acionista no banco português Millennium BCP, investimento que já produziu rendimento, afirmou a presidente do Conselho de Administração da petrolífera angolana, Isabel dos Santos, em Londres.

Num evento promovido pela Thomson Reuters, Isabel dos Santos lembrou que a posição acionista aumentou em cerca de 1%, para 15,24% durante o aumento de capital realizado pelo banco, em fevereiro deste ano.

"BCP é um bom investimento. Os números falam por si: a Sonangol comprou as ações a um preço baixo e já tivemos rendimento do nosso investimento. Acho que vamos manter a nossa posição acionista.”

Isabel dos Santos

Empresária

“Acabámos de reforçar essa participação e temos tido um papel ativo na administração. Vemos a nossa relação nesse sentido a reforçar-se e a continuar”, destacou.

A presidente da Sonangol considerou que o BCP “é um bom investimento. Os números falam por si: a Sonangol comprou as ações a um preço baixo e já tivemos rendimento do nosso investimento. Acho que vamos manter a nossa posição acionista”.

Sobre o futuro do banco, aguarda a reunião da administração do Millennium BCP, para a qual foram nomeados novos membros, no âmbito da entrada do grupo chinês Fosun, que reforçou a sua participação para cerca de 25%.

“Ainda não discutimos na administração qual é a visão para o futuro. Houve a nomeação de novos administradores devido à mudança de estrutura acionista. Assim que estiver concluída, os acionistas vão decidir qual vai ser a sua política de investimentos, se será na Europa ou noutro sítio”, adiantou.

O relatório e contas de 2016 da Sonangol indicou que o investimento da Sonangol no banco português começou em 2007, então com 180 milhões de ações (que no final de 2015 chegaram a cerca de 10,53 mil milhões), inicialmente no valor de 525,6 milhões euros.

Dez anos depois, o saldo desse investimento representa um “justo valor”, nas contas de 2016, de 150,4 milhões de euros, contra o saldo inicial de 516,1 milhões de euros nas contas do final de 2015, representando uma perda potencial de 365,7 milhões de euros, refere a petrolífera angolana.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 19 Outubro 2017

Dos resultados do BPI ao sentimento económico e dos credores da PT/Oi à Catalunha, saiba o que vai marcar o dia.

O dia promete ser marcado por novidades no setor da banca. Enquanto o BPI inicia a temporada de resultados na bolsa, os obrigacionistas do Santander e Popular deliberam sobre a fusão dos dois bancos. Os credores da PT/Oi também têm até esta quinta-feira para aderir ao Programa para Acordo com Credores (PAC) enquanto o INE divulga novos dados sobre o clima económico.

Como evolui o clima económico?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta quinta-feira a Síntese Económica de Conjuntura. O indicador de atividade económica em Portugal estabilizou em julho, enquanto o indicador de clima económico, disponível até agosto, diminuiu. Como avançam agora os dados?

BPI inicia temporada de resultados em Lisboa

O BPI dá início à temporada de resultados na bolsa portuguesa. Afastado do PSI-20 desde que passou para o controlo dos espanhóis do CaixaBank, o banco liderado por Pablo Forero presta contas do terceiro trimestre do ano depois do fecho do mercado. De acordo com as estimativas do CaixaBI, o lucro trimestral terá subido dos 20,6 milhões para os 73 milhões de euros.

Obrigacionistas do Santander e Popular debatem fusão

Decorre esta quinta-feira uma assembleia de obrigacionistas do Santander e Popular. O objetivo é deliberar sobre a fusão dos dois bancos e, em caso de não aprovação, o exercício do direito de oposição judicial.

Credores da PT/Oi têm até hoje para aderir a acordo

Termina hoje o novo prazo para os credores da PT/Oi aderirem ao Programa para Acordo com Credores (PAC). A Oi deu aos obrigacionistas portugueses a possibilidade de reaverem até 13.400 euros em dívida mas, mesmo na reta final do prazo, os credores queixavam-se de que não estavam a ser contactados.

Catalunha tem de responder ao Governo espanhol

O presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, tem até hoje para clarificar se proclamou ou não a independência da Catalunha. A vice-presidente do Governo espanhol confirmou ontem que Madrid admite suspender a autonomia da Catalunha se os dirigentes separatistas não renunciarem à declaração de independência.

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