Pharol rejeita ser devedora do Espírito Santo International
A casa mãe do Grupo Espírito Santo pede 750 milhões de euros à Pharol, mas a antiga PT vai contestar a existência desta dívida assim que ela seja feita em tribunal.
A Espírito Santo Internacional (ESI), casa mãe do Grupo Espírito Santo (GES), reclama 750 milhões de euros em dívida à Pharol. No entanto, em comunicado enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Pharol rejeitou ser devedora da ESI, aguardando ser citada em tribunal para poder contestar esta acusação.
“A PharoL, SGPS, S.A não é devedora a qualquer título da Espirito Santo International, S.A. (“Insolvente”) pelo que aguarda a sua citação na anunciada acção judicial para poder contestar e exercer todos os direitos de protecção dos Stakeholders da PHAROL, SGPS, S.A.”, lê-se no documento divulgado pela Pharol.
A ESI colapsou em 2014, juntamente com todas as empresas do GES, e exige agora 750 milhões à Pharol, de acordo com uma nota publicada no site das insolvências de empresas do GES no Luxemburgo. A nota, assinada por Alain Rukavina e Paul Laplume, os curadores que gerem a insolvência da ESI, refere que foi nomeado um terceiro curador apenas para este processo.
Em causa estão três transferências, feitas pela ESI para a Pharol em fevereiro de 2014: a 10 de fevereiro de 2014, no valor de 500 milhões de euros; a 13 de fevereiro de 2014, no valor de 200 milhões de euros; e a 20 de fevereiro de 2014, no valor de 50 milhões de euros. Ao todo, estas transferências ascendem a 750 milhões de euros. As transferências dizem respeito a reembolsos de dívida. Entre outubro e novembro de 2013, a antiga PT, através da PT International Finance BV e da PT SGPS, subscreveu títulos de dívida de curto prazo da ESI, no valor total de 750 milhões de euros. Em fevereiro de 2014 (nas datas acima referidas), a ESI reembolsou este montante à PT, incluindo juros.
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