Governo admite contar tempo de serviço dos polícias e outras carreiras
A secretária de Estado da Administração Pública admitiu este domingo que o Governo irá negociar também com os polícias e com outras carreiras semelhantes à dos professores.
O Governo abriu a porta a negociar também com outras carreiras cuja estrutura de progressão seja semelhante à dos professores. Neste grupo incluem-se os polícias, os militares e algumas carreiras da área da justiça. Os próprios polícias já tinham enviado uma carta ao primeiro-ministro a pedir tratamento igual. Depois de ter assinado um compromisso com os sindicatos na madrugada de sábado, a secretária de Estado, Fátima Fonseca, anunciou, em entrevista à RTP, este domingo, que o Executivo vai iniciar as negociações com outras carreiras da Administração Pública.
Os outros setores cuja carreira é semelhante à dos professores também deverão negociar com o Governo. Os sindicatos dos professores voltam a reunir com o Executivo a 15 de dezembro, após ter sido assinado um compromisso entre as partes.
Ainda não se sabe quando começarão as negociações com as restantes carreiras, mas estas vão existir: “Vamos começar a ter [essas discussões] com as outras carreiras que tenham uma estrutura idêntica à dos professores”. Contudo, Fátima Fonseca avisou que o modo, o faseamento e o calendário da recuperação pode ser diferente uma vez que as carreiras, ainda assim, “são diferentes”.
“Aquilo que está em cima da mesa é perceber de que modo pode ser dada relevância a um tempo que esteve congelado“, afirmou Fátima Fonseca, recusando, no entanto, qualquer impacto orçamental desta reposição em 2018. A secretária de Estado revelou até que apenas o descongelamento que vai começar em janeiro irá custar 600 milhões de euros em três anos. Quanto à projeção do que custaria a mais a reposição do tempo de serviço, Fátima Fonseca apontou para “mais de mil milhões de euros”, nas contas do Governo.
Vamos começar a ter [essas discussões] com as outras carreiras que tenham uma estrutura idêntica à dos professores.
Já quanto à revisão do Estatuto da Carreira Docente, a secretária de Estado não afastou essa possibilidade: “É algo que vamos discutir na negociação. Digo com toda a clareza que não nos furtamos a qualquer tipo de discussão. Espero que os nossos parceiros também o façam pois só assim teremos soluções boas para o país e boas para os trabalhadores”, concluiu Fátima Fonseca.
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