Reforma fiscal de Trump passou. Mais pobres pagam a fatura
Demorou, mas finalmente passou. O Senado norte-americano aprovou a reforma fiscal de Donald Trump, uma reforma que baixa os impostos às grandes empresas, mas que vai pesar nos mais pobres.
Depois de muitas negociações, a reforma fiscal de Donald Trump foi aprovada. A Câmara Alta do Senado aprovou a sua versão com 51 votos a favor, todos de senadores republicanos, e 49 contra, abrindo a porta à descida da carga fiscal para as empresas, mas também para os mais ricos. Os mais pobres vão sair penalizados, diz o Congressional Budget Office (CBO), o equivalente ao Conselho de Finanças Públicas em Portugal.
A proposta vai reduzir de forma drástica os impostos para as empresas. Com a reforma fiscal do Partido Republicano, a carga fiscal das empresas vai descer de 35% para 20% a partir de 2019, mas os particulares também vão sentir um alívio nos impostos. Cerca de metade da população vai pagar menos, mas os mais ricos sairão beneficiados. E o défice dos EUA vai crescer 1,4 biliões de dólares durante a próxima década.
Uma análise do CBO (conteúdo em inglês) revela que 44% dos contribuintes terão uma redução na carga fiscal. No entanto, os milionários, ou aqueles que ganham entre 100 e 500 mil dólares por ano, serão os maiores beneficiários da reforma fiscal de Trump.
Em 2019, os americanos que ganhem menos de 30 mil dólares vão ficar pior com a reforma fiscal agora aprovada pelo Senado. Em 2021, os que ganhem 40 mil, ou menos, vão perder com esta revisão da fiscalidade, enquanto, em 2027, a maioria dos que auferem até 75 mil dólares ao ano será penalizada. A redução de impostos de Trump só vai até 2025.
A análise do organismo independente explica o impacto mais negativo da reforma nos contribuintes mais pobres com o facto de estes receberem menos apoio governamental para a saúde. O documento aprovado no Senado põe fim à obrigatoriedade de os cidadãos norte-americanos terem um seguro de saúde.
Com a luz verde do Senado, e depois de a Câmara dos Representantes ter também já aprovado a sua versão, falta apenas conciliar os dois documentos para aprovação final por parte do presidente dos EUA que procura, assim, avançar com a grande reforma do sistema fiscal norte-americano. O objetivo é de que o documento possa chegar a Trump antes do Natal.
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