Com decisão do juíz, Puigdemont tem duas opções: ausência ou detenção

Ou continua em fuga por tempo indefinido ou volta a Espanha e é detido. São estas as duas opções que Puigdemont tem, depois de o juiz do Tribunal Supremo ter retirado as ordens internacionais e europeias de detenção contra o ex-presidente da Catalunha e quatro antigos ministros, mantendo, porém, a ordem nacional, escreve o El País (acesso livre /conteúdo em espanhol).

A decisão do juiz Pablo Llarena marcou o primeiro dia da campanha eleitoral catalã, rumo às eleições de 20 de dezembro. Mas esta também parte de uma situação insólita, escreve o jornal espanhol: três candidatos estão presos — nomeadamente o número um da ERC, Oriol Junqueras — e cinco encontram-se em Bruxelas — entre os quais, o ex-presidente Carles Puigdemont, que lidera o movimento Juntos pela Catalunha.

A decisão vai agora obrigar Puigdemont a repensar planos de defesa, que o levaram a viajar para a Bélgica. E, portanto, ou alarga o período de ausência de forma indefinida — ficando na Bélgica ou em qualquer outro país — ou volta a Espanha e sabe que é detido imediatamente. Depois das eleições, o Parlamento terá de ser constituído até 23 de janeiro — se Puigdemont, candidato a presidente, quisesse tomar posse como deputado teria de voltar a Barcelona e seria detido.