Turistas ficam cada vez menos, receita cresce cada vez mais
O crescimento dos hóspedes e de dormidas está a abrandar e o tempo da estadia está mesmo a diminuir. Ainda assim, as receitas da hotelaria continuam a aumentar a dois dígitos.
A hotelaria nacional recebeu mais de 18 milhões de hóspedes entre janeiro e outubro deste ano, um aumento de quase 9% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento do número de turistas e de dormidas está a abrandar e o tempo que estes turistas ficam está mesmo a diminuir, mas as receitas da hotelaria continuam a aumentar a dois dígitos, resultado do aumento significativo dos preços praticados.
Os dados foram divulgados, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Ao todo, os estabelecimentos hoteleiros nacionais receberam 18,2 milhões de hóspedes, responsáveis por 51,6 milhões de dormidas, números que correspondem a aumentos homólogos de 8,6% e 7,1%. Estes aumentos representam uma desaceleração em relação ao ano passado, quando os hóspedes tinham subido 9,7% e as dormidas 9,1%.
Esta evolução fica a dever-se, sobretudo, aos turistas estrangeiros. Os residentes no estrangeiro responderam por 37,6 milhões de dormidas entre janeiro e outubro, mais 8,5% do que no ano passado. Já os residentes em Portugal foram responsáveis por pouco mais de 14 milhões de dormidas, um aumento homólogo de 3,6%.
A taxa de ocupação, por seu lado, aumentou em 2,4 pontos percentuais, fixando-se nos 54,7%.
Apesar destes crescimentos, os turistas estão a passar cada vez menos tempo no país. No conjunto destes dez meses, a estada média foi de 2,83 noites, o que representa uma queda de 1,4%, uma tendência negativa que já no ano passado se verificava.
Contudo, os proveitos da hotelaria não foram penalizados, o que significa que os preços continuam a aumentar. Até outubro, os proveitos totais da hotelaria ultrapassaram os 3 mil milhões de euros, enquanto o rendimento médio por quarto disponível foi de 53,8 euros, valores que correspondem, em ambos os casos, a aumentos superiores a 16%.
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