Fernando Pinto: “Cheguei à TAP com uma missão. Estou absolutamente realizado”
O presidente executivo da TAP chegou há 17 anos para privatizar a companhia aérea. Com a missão concluída, sente-se "absolutamente realizado", mas garante que a decisão da sua saída não está tomada.
O mandato de Fernando Pinto à frente da TAP chega ao fim este ano e mantém-se a dúvida sobre a sua continuidade. O presidente executivo da companhia aérea nacional garante que ainda nada está definido e que a decisão é tomada pelos acionistas, mas deixa também claro que já se sente “absolutamente realizado” com o trabalho que fez. Até porque a missão para a qual foi contratado há 17 anos, a privatização da TAP, já está concluída.
“Essa, obviamente, não é uma decisão minha”, começou por sublinhar Fernando Pinto, durante um encontro com jornalistas que decorreu esta tarde, na sede da TAP, quando questionado sobre a sua saída.
Ainda assim, reconhece, a sua missão está concluída. “Cheguei aqui com uma missão. A minha missão, foi-me dito no primeiro dia, era privatizar a TAP. Pois isso foi feito há dois anos. Pediram-me algo mais: dar uma continuidade, por algum tempo, para estabilizar o processo de transição”, afirmou, acrescentando que “está comprovado que a estabilidade do processo de transição é, hoje, uma realidade e um grande sucesso”.
"Cheguei aqui com uma missão. A minha missão, foi-me dito no primeiro dia, era privatizar a TAP. Pois isso foi feito há dois anos.”
“Diria que foram 15 anos de sobrevivência e de crescimento e dois anos de transição extremamente importantes. Este último ano foi de um maravilhoso resultado. Olhando para 2018, vendo que a empresa está no bom caminho, estou absolutamente realizado”, garantiu.
Seja qual for a decisão que venha a ser tomada pelos acionista, Fernando Pinto disse ainda que quer continuar ligado à empresa. “Não quero desligar-me da TAP. Nem que seja como acionista”.
Na calha para substituir Fernando Pinto à frente da TAP está Antonoaldo Neves, antigo presidente executivo da brasileira Azul. No mês passado, à margem do Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Diogo Lacerda Machado, administrador não executivo da TAP, admitiu que Antonoaldo Neves poderá “ser uma opção por parte dos privados”, uma vez que “tem perfil para isso”.
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