Eurogrupo reúne-se hoje e discute Portugal

  • Lusa e ECO
  • 26 Janeiro 2017

Em cima da mesa para a reunião dos ministros das Finanças da zona euro está a recuperação económica de Portugal. Centeno pode ir confiante no défice, mas Alemanha quer mais.

Os ministros das Finanças da zona euro discutem hoje, em Bruxelas, os desenvolvimentos económicos em Portugal, à luz da quinta missão de monitorização pós-programa, com Comissão Europeia e Banco Central Europeu (BCE) a darem conta das suas conclusões e inquietações.

Mário Centeno pode ir com confiança acerca dos valores do défice: o primeiro-ministro já garantiu que este vai ficar, com conforto, abaixo da meta de Bruxelas — “o défice não será superior a 2,3%”, disse António Costa no último debate quinzenal. E o Presidente da República, na sua primeira grande entrevista, após um ano de mandato, disse mesmo o défice orçamental deverá mesmo ficar abaixo de 2,3%. No entanto, a recuperação nessa frente pode não ser suficiente para alguns dos parceiros, incluindo a Alemanha.

Ao Expresso, uma fonte oficial do Governo alemão saudou “que Portugal tenha provavelmente alcançado as metas do défice para o ano que passou”, mas deixou reservas que provêm do ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble. “Em relação ao Orçamento de 2017, esperamos que Portugal tome medidas adicionais para cumprir as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento”, afirmou, uma recomendação que vem do Eurogrupo de dezembro, quando Portugal, juntamente com outros Estados-membros, se comprometeu a fazê-lo se houvesse essa necessidade.

 

Naquela que é a primeira reunião do ano do Eurogrupo, os ministros das Finanças começarão por fazer um ponto da situação sobre o programa de assistência em curso à Grécia, de seguida serão informados pela Comissão e BCE sobre os progressos realizados pela Irlanda, no quadro da sexta missão de monitorização, surgindo então no terceiro ponto da agenda a análise à situação em Portugal, que estará representado no encontro pelo ministro das Finanças Mário Centeno.

A Comissão Europeia e o BCE informarão os ministros das Finanças da zona euro sobre as principais conclusões da mais recente missão de vigilância, devendo, segundo um alto responsável do Eurogrupo, sublinhar os desafios que Portugal ainda enfrenta, com destaque para uma taxa de crescimento “muito modesta”, a elevada dívida, os problemas no setor financeiro e a necessidade de melhorar a competitividade.

Mário Centeno também deverá estar preocupado num dia em que os juros da dívida nacional voltaram a ultrapassar os 4% a dez anos. Os juros da dívida soberana estão a subir um pouco por toda a Europa, mas a subida pode representar uma má notícia para Portugal no Eurogrupo, em especial um dia depois de declarações à Bloomberg por parte de um responsável que dissera que a “situação de Portugal não é boa”.

No comunicado conjunto emitido após a quinta missão de monitorização, realizada entre 29 de novembro e 7 de dezembro do ano passado, a Comissão Europeia e o BCE reclamaram a Portugal, uma “estratégia de consolidação clara para o curto e médio prazo”, defendendo que “há margem para aumentar a eficiência da despesa pública em Portugal”.

Considerando que os riscos de desvio “estão contidos” desde que o Orçamento de Estado para 2017 seja “implementado como previsto”, as instituições manifestaram, no entanto, preocupação com o ritmo “modesto” da retoma da economia portuguesa, que – apontaram -, continua a estar pressionada por “níveis elevados de dívida no setor público e privado, de crédito malparado e das rigidezes dos mercados de trabalho e do produto”.

O Eurogrupo deverá adotar as recomendações da Comissão, que defendeu que “políticas orçamentais prudentes e reformas ambiciosas são a chave para melhorar o crescimento económico potencial de Portugal e a sua resiliência a choques”, sobretudo as provenientes da volatilidade das taxas de juro.

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Acordo de princípio substitui corte na TSU por mexidas no PEC

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 26 Janeiro 2017

Além de mexidas no Pagamento Especial por Conta, também as IPSS e Misericórdias deverão receber mais verbas.

O patronato garante que há um acordo de princípio para substituir a redução da TSU, chumbada no Parlamento, por outra medida de idêntico montante. E aponta para o Pagamento Especial por Conta (PEC).

“Há um acordo de princípio que retira a TSU que não passou em Parlamento por um valor de idêntico montante em sede de Pagamento Especial por Conta (PEC)”, afirmou o presidente da CIP — Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, na SIC Notícias.

O corte da TSU, dirigido a empresas de baixos salários, teria um impacto de 40 milhões de euros, de acordo com números do Governo. “O PEC é muito mais do que isso, portanto chega perfeitamente para haver este tipo de compensação”, mas os moldes da medida ainda não são conhecidos, indicou o representante do Turismo (CTP), Francisco Calheiros, no mesmo debate. “Não é claro ainda qual a modelação da sua aplicação, se é suficiente para ser um contrapeso àquilo que nós estávamos expectáveis em termos de TSU”, adiantou ainda Vieira Lopes, líder da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

De acordo com o Jornal Económico, o Governo prepara-se para reduzir o montante mínimo do PEC em 100 euros, para 750 euros. Isto já depois deste limite ter descido de 1.000 para 850 euros através do Orçamento do Estado para 2017, que prevê ainda um corte progressivo até 2019 e a substituição “por um regime adequado de apuramento da matéria coletável”.

Já ontem, o secretário-geral da CGTP tinha indicado que era intenção do Governo promover alterações nesta área, depois de uma reunião com o primeiro-ministro, que também recebeu depois os restantes parceiros sociais. “Até agora a proposta que existia era em relação à Taxa Social Única. Só que a TSU não só ia beneficiar as micro e pequenas [empresas], ia beneficiar muitos outros. Aliás, como é plausível. Neste caso em concreto, o PEC pode vir a beneficiar os micro e pequenos empresários de uma forma mais específica”, argumentou o líder da CGTP, em declarações ao ECO.

Porém, uma redução no PEC só é determinante para 13% das empresas, diz o Jornal de Negócios, já que só reduz efetivamente os custos fiscais a empresas que apresentam reiteradamente prejuízos.

Além das mexidas neste adiantamento ao Estado — que já tinham sido defendidas por vários partidos — o Governo também deverá valorizar os termos financeiros dos acordos de cooperação estabelecidos entre a Segurança Social e as Misericórdias e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), adianta, por seu turno, o jornal Público. O ministro do Trabalho e da Segurança Social já tinha indicado que reforçaria os acordos de cooperação.

Estas poderão ser as alternativas à redução das contribuições que o Governo legislou para empresas que pagam salários mínimos, medida que foi travada no Parlamento, ontem, através de uma conjugação de forças entre Bloco de Esquerda, PCP, Verdes e PSD. Só o PS foi favorável à continuação da medida, que contou ainda com a abstenção do CDS e PAN.

João Machado, o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) apontou ontem, na SIC Notícias, para a “dificuldade, no futuro, em continuar a acreditar na concertação social como ela era até agora”, depois de uma parte do acordo ter sido posta em causa no Parlamento.

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EDP e Galp dão energia a Lisboa

O PSI-20 abriu em alta, apoiado nos ganhos em torno de 0,5% dos títulos da EDP e da Galp. A bolsa nacional acompanha o sentimento positivo das pares europeias.

A praça lisboeta arrancou esta sessão com ganhos ligeiros apesar dos juros da dívida nacional terem voltado a superar a fasquia psicológica dos 4%. O índice bolsista nacional está a ser suportado pelos ganhos das energéticas, num dia em que o BCP também acelera. A praça nacional acompanha os ganhos que se assistem nas principais bolsas europeias.

O PSI-20 abriu a somar 0,35%, para os 4.589,86 pontos, com a EDP e a Galp Energia a puxarem pelo seu desempenho. As ações da empresa liderada por António Mexia valorizam 0,63%, para os 2,72 euros, enquanto as da Galp Energia somam 0,43%, para os 14,06 euros. Os títulos da petrolífera acompanham o aumento das cotações do petróleo nos mercados internacionais.

No mesmo sentido seguem os títulos do BCP que avançam mais de 1%, após uma abertura inalterado nos 15 cêntimos. As ações do banco destoam assim do rumo descendente protagonizado pelos direitos ao aumento de capital que caem 2,56%, para os 76 cêntimos. Já os títulos do BPI seguem inalterados nos 1,132 euros, no dia em que o banco liderado por Fernando Ulrich divulga as suas contas relativas ao quarto trimestre do ano.

Em alta, segue também a Navigator, com as ações da papeleira a liderarem os ganhos em Lisboa, com uma valorização de 1,91%, para os 3,37 euros.

Em terreno negativo, destaque para as ações da Sonae, que deslizam 0,48%, para os 83 cêntimos. No mesmo sentido seguem os títulos da Jerónimo Martins, mas com perdas mais contidas: 0,03%, para os 15,65 euros.

(Notícia atualização às 8:30 horas)

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Juros da dívida voltam a bater os 4%

O agravamento das yields lusas acontece em dia de reunião do Eurogrupo, onde Mário Centeno deverá ser chamado à atenção de que em Portugal a "situação não está boa".

Os juros da dívida nacional voltaram a bater a barreira dos 4% no prazo a dez anos, em máximos desde fevereiro do ano passado, num dia que está a ser marcado pela subida das yields soberanas um pouco por toda a Europa. Um sinal do agravamento da perceção do risco soberano.

A taxa de juro da dívida nacional a dez anos avança 10 pontos base, até aos 4,092%, o que representa o valor intradiário mais elevado desde 9 de janeiro deste ano, dilatando assim face aos 4,004% a que os juros seguiam no início da sessão. Já o spread face à dívida alemã está nos 355,9 pontos base, o que corresponde ao patamar mais elevado desde a mesma ocasião. Ou seja, um sinal de que o agravamento da perceção do risco não é exclusiva a Portugal. As yields espanholas e italiana sobem 3,5 e 9,5 pontos base, para 1,577% e 2,206%, respetivamente. Já as bunds alemãs a dez anos avançam perto de 2 pontos base, para os 0,484%.

O agravamento dos juros nacionais, e o ultrapassar da fasquia psicológica dos 4%, acontece no mesmo dia em que Mário Centeno deverá ser chamado à atenção por parte dos Eurogrupo relativamente à situação do país. Uma fonte do Eurogrupo citada pela Bloomberg, afirmou após uma reunião que decorreu nesta quarta-feira com vista à preparação do encontro dos ministros das Finanças dos países da zona euro, que a “situação de Portugal não é boa”, destacando a fragilidade da banca nacional.

Juros lusos a 10 anos voltam a agravar

Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)
Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)

No encontro do Eurogrupo, um dos temas em cima da mesa será o acompanhamento do pós-programa de assistência financeira a Portugal, mas também à Irlanda. Mas em concreto se existem riscos que possam coloca em causa a capacidade de devolver os empréstimos recebidos ao abrigo do programa de assistência financeira.

A preocupação revelada pelo Eurogrupo acontece após um período de agravamento dos juros da dívida nacional, que no prazo a dez anos ultrapassou a fasquia dos 4%, neste mês. Ou seja, para níveis máximos de fevereiro do ano passado.

(Notícia atualizada às 11:30 horas)

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Peña Nieto: México “não vai pagar” muro de Trump

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2017

“Lamento e reprovo a decisão dos Estados Unidos de continuar a construção de um muro que há anos nos divide em vez de nos unir. O México não acredita em muros”, afirmou o presidente mexicano.

O Presidente do México, Enrique Peña Nieto, lamentou e reprovou a decisão do recém-empossado Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ordenar a construção de um muro na fronteira comum, reiterando que não o vai pagar.

“Lamento e reprovo a decisão dos Estados Unidos de continuar a construção de um muro que há anos nos divide em vez de nos unir. O México não acredita em muros”, afirmou Enrique Peña Nieto, numa mensagem transmitida na quarta-feira pela televisão, em que reiterou que o México não vai arcar com as despesas do muro.

Donald Trump assinou na quarta-feira a ordem para a construção de um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México, garantindo que vai iniciar-se em “em meses”, que o planeamento do projeto será feito “de imediato” e insistindo ainda que “em última instância” o custo será “reembolsado pelo México”.

“O México oferece e exige respeito como a nação totalmente soberana que é”, disse Enrique Peña Nieto, indicando ainda que ordenou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros que reforce as medidas de proteção aos mexicanos que se encontram nos Estados Unidos. Neste sentido, segundo Enrique Peña Nieto, “os 50 consulados nos Estados Unidos vão transformar-se em autênticos defensores dos direitos dos migrantes”.

“As nossas comunidades não estão sozinhas. O governo do México vai oferecer aconselhamento legal que irá garantir a proteção de que precisam”, realçou.

O Presidente mexicano não indicou, porém, se pretende cancelar o encontro com o seu homólogo norte-americano, previsto para 31 de janeiro, afirmando que irá esperar pelo regresso de Washington de uma delegação de alto nível antes de tomar uma decisão sobre os próximos passos a tomar.

A proposta de Donald Trump de erguer um muro ao longo da fronteira com o México, que tem uma extensão total de cerca de 3.000 quilómetros, para travar a entrada de imigrantes ilegais no território norte-americano, foi uma das mais polémicas que fez durante a sua campanha para as eleições presidenciais de novembro.

O Presidente dos Estados Unidos confirmou na quarta-feira, em entrevista ao canal ABC, que o governo federal irá adiantar o dinheiro necessário para iniciar a construção do muro, valor que vai ser posteriormente reembolsado pelos “vizinhos” mexicanos. Segundo cálculos realizados pela comunicação social norte-americana durante a época eleitoral, a ideia de Donald Trump poderá custar cerca de 10 milhões de dólares (9,4 milhões de euros).

A ordem executiva relativa ao muro fronteiriço visa atribuir fundos federais para a planificação e a construção do projeto. O Congresso, atualmente controlado pelo Partido Republicano, terá de aprovar o orçamento necessário para a construção do muro.

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Já foram concedidos mais de quatro mil vistos gold

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2017

As principais nacionalidades que procuram este instrumento são os chineses e os brasileiros. Em 2016, foram concedidos 1414 vistos gold.

Mais de quatro mil ‘vistos gold’ foram concedidos a estrangeiros, sendo os chineses e os brasileiros as principais nacionalidades a obter uma Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI), segundo o SEF.

Dados enviados à agência Lusa, indicam que desde a sua criação, 8 de outubro de 2012, até 31 de dezembro de 2016, foram atribuídos 4.202 ‘vistos gold’: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015 e 1.414 em 2016.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras indica também que as principais nacionalidades com este tipo de Autorização de Residência para Atividade de Investimento, conhecida por ‘vistos gold’, são a chinesa (3.050), brasileira (247), seguido dos cidadãos da Rússia (148), África do Sul (137) e Líbano (72).

Este tipo de instrumento, que visa a captação de investimento, permitiu igualmente que 6.637 estrangeiros passassem a ter uma autorização de residência ao abrigo do reagrupamento familiar.

De acordo com o SEF, o investimento resultante dos “’vistos gold’ totaliza 2,5 mil milhões de euros, dos quais cerca de 251 milhões de euros foram obtidos através de transferência de capital e 2,3 mil milhões através da aquisição de bens imóveis.

Dos 4.202 ‘vistos gold’ atribuídos, 3.964 foram por via da aquisição de imóveis, 232 através de transferência de capital e seis para a criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.

Os ‘vistos gold’ foram criados em 2012, mas a partir de setembro de 2015 entraram em vigor novas regras para a sua obtenção, nomeadamente o alargamento dos critérios de investimento para cidadãos fora da União Europeia a áreas como reabilitação urbana e ciência.

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BCP: Ganhar no aumento de capital sem risco? É possível

Sempre que há um aumento de capital, há oportunidades de arbitragem. Com dois ativos correlacionados em bolsa, quaisquer diferenças de preço podem permitir ganhos (quase) sem risco.

O Banco Comercial Português (BCP) tem em marcha mais um aumento de capital. Tem feito vários nos últimos anos, sendo este no valor de 1.300 milhões de euros. E sempre que há uma operação destas, há oportunidade para ganhar com as ineficiências dos mercados financeiros. Como? Com estratégias de arbitragem.

Há a arbitragem nos relvados, sempre envolta em polémica, mas também há nos mercados. O que é? É o aproveitamento que os investidores podem fazer das diferenças de preços entre dois ativos correlacionados, neste caso as ações do BCP e os direitos do aumento de capital. Estão correlacionados porque no final o que está em causa é capital do banco liderado por Nuno Amado.

Esta operação consiste na aquisição de um ativo e a simultânea alienação do seu subjacente, num momento de desequilíbrio entre preços. Em todos os aumentos de capital acontecem. E neste não é exceção. Com o BCP a inundar o mercado com 944 milhões de direitos que permitirão comprar quase 15 mil milhões de novas ações, é grande a margem para essas diferenças de preço.

Logo desde o dia de estreia dos direitos em bolsa verificou-se diferenças de preço entre as ações e os direitos que vão permitir comprar as novas ações do aumento de capital com o qual o banco pretende reembolsar a ajuda do Estado e reforçar os rácios para cima do exigido pelo BCE. Em vários momentos, os direitos permitiram ganhos através da arbitragem.

Direitos “baratos” têm sido uma constante. Na estreia, estes títulos chegaram a permitir aos investidores um ganho de 10%, incentivando os investidores a comprar estes títulos ao mesmo tempo que vendem a descoberto o número correspondente de ações do banco. No caso de ações “baratas”, a ideia é fazer o contrário: comprar ações, vendendo direitos correspondentes ao mesmo número de ações.

Direitos e ações cada vez mais alinhados

bcp-arbitragem
Se existia um diferencial de preços abissal, de 10%, na estreia dos direitos, nos últimos dias o mercado convergiu para uma situação de quase equilíbrio. Os títulos do BCP encerraram a última sessão a cotar nos 15 cêntimos, já os direitos fecharam a 78 cêntimos. Cada direito dá para comprar 15 novas ações a um preço de 9,4 cêntimos cada um. Assim, o custo de uma nova ação está em 14,73 cêntimos, ou seja, apenas 2,7% mais barato do que as ações já existentes no mercado.

Depois é preciso aguentar essa posição. Mas não muito tempo. Estes desequilíbrios entre o preço dos direitos e das ações são resultado de ineficiências do mercado, mas essas tendem a ser passageiras. O mercado acabará por reconhecer que sendo o objeto o mesmo, o valor dos diferentes ativos tem de ser o mesmo, o que acabará por resultar num regresso das cotações a uma situação de equilíbrio.

Confuso? Veja um exemplo

direitosnovo

 

No primeiro momento, com os direitos do aumento de capital do BCP a 61 cêntimos e as ações a 15,6 cêntimos, o custo implícito das novas ações do banco estava em 13,47 cêntimos. Ou seja, há um desequilíbrio, com os direitos “baratos”. Nesse momento, considerando uma estratégia com 1.005 ações, o investidor compra 67 direitos (que permitem comprar as 1.005 ações) por 40,87 euros. Ao mesmo tempo, vende 1.005 ações do banco a descoberto, encaixando 156,78 euros.

Com o regresso a uma situação de equilíbrio, o investidor desfaz a posição. Vende os direitos adquiridos anteriormente. Recebe 67 euros. Compra ao mesmo tempo as ações do BCP por um valor de 161,47 euros — valores com base em cotações meramente exemplificativas, mas havendo equilíbrio entre direitos e ações. Ganha nos direitos, mas perde nas ações porque as vai comprar mais caras (4,69 euros, neste exemplo que não tem em conta, contudo, nem comissões nem os custos com o empréstimo de títulos). As ações compradas serão entregues ao banco com o qual o investidor realizou inicialmente a operação de venda a descoberto. O saldo final é positivo em 21,44 euros.

Risco? Há

O ganho com esta operação está no diferencial entre o momento de desequilíbrio e o regresso ao equilíbrio, isto numa estratégia que, em teoria, não tem qualquer risco para os investidores. Só em teoria, porque na prática existem. Não só os custos associados ao empréstimo de ações como as comissões de corretagem inerentes a estas operações.

Mas há mais um risco: o preço não regressar ao equilíbrio. Não é normal que tal não se verifique, mas há sempre exceções. Já as houve no passado, sendo que em operações de aumento de capital em que o montante a emitir é elevado, pode acontecer que os preços dos dois ativos não se encontrem, o que coloca em risco a arbitragem.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

O Eurogrupo deve explicar porque é que a "situação de Portugal não é boa" a Mário Centeno. A época de resultados também continua hoje com o BPI e com a Alphabet, dona da Google.

O Eurogrupo defende que a “situação de Portugal não é boa” e deve explicar hoje porquê a Mário Centeno. Os ministros das Finanças também vão analisar como está a decorrer o programa de resgate da Grécia. No Reino Unido, o mercado também vai ficar a saber como está a economia a reagir à saída do país da região. A época de resultados também ganha força dos dois lados do Atlântico. Por cá, o banco liderado por Fernando Ulrich vai divulgar os resultados do ano passado, enquanto, nos EUA, é a vez da Alphabet, dona da Google, divulgar as contas.

Europa alerta Centeno: Situação “não é boa”

A situação de Portugal está a gerar preocupação entre os responsáveis do seio do Eurogrupo. Esta preocupação foi suscitada por um responsável do Eurogrupo que, citado pela Bloomberg, afirmou que “a situação de Portugal não é boa”, e que Jeroen Dijsselbloem, deverá alertar Mário Centeno para isso mesmo na reunião do Eurogrupo que decorre esta quinta-feira. Na agenda está o acompanhamento do pós-programa de assistência financeira a Portugal, mas também à Irlanda e Espanha. Os ministros das Finanças vão ainda analisar o programa de resgate da Grécia.

BPI a caminho de subida dos lucros?

O banco liderado por Fernando Ulrich prepara-se para apresentar contas do ano passado esta quinta-feira. Isto numa altura em que é alvo de uma Oferta Pública de Aquisição da parte do CaixaBank, com o grupo catalão a oferecer 1,134 euros por cada ação que ainda não detém. Para o CaixaBI, o BPI deverá ter registado uma subida de 12,7% dos lucros para 266,4 milhões de euros em 2016, um resultado impulsionado pelo crescimento de 13,6% da margem financeira para 753,8 milhões de euros. O banco de investimento prevê que esta melhoria vai “continuar a beneficiar da queda dos custos dos depósitos”.

Economia escapa aos efeitos do Brexit

Os investidores ficam hoje a conhecer o dados referentes à economia do Reino Unido. O seu desempenho pode indicar de que forma é que o país está a reagir à decisão de sair da União Europeia. Uma saída que está agora dependente da decisão do Parlamento. Segundo a Bloomberg, a economia deve ter conseguido escapar a um abrandamento provocado pelo Brexit no quarto trimestre. Com base nos dados disponíveis, o crescimento deve ficar ligeiramente acima da previsão dos economistas consultados pela agência noticiosa: pode chegar a 0,5%. Isto no dia em que David Davis, o responsável pelas negociações da saída da UE, vai prestar esclarecimentos no Parlamento britânico.

Schäuble pode dar mais pistas sobre futuro da Europa

Para o ministro das Finanças alemão, o Brexit é uma “ameaça”. E um dos objetivos deve ser minimizar os danos que a saída do Reino Unido da região pode ter, não só para a Alemanha como para a Europa. Wolfgang Schäuble poderá falar mais sobre este problema, e sobre outros temas, quando se juntar ao presidente do banco central alemão, Jens Weidmann, e ao líder do banco central holandês, Klaas Knot, num encontro promovido pela chanceler alemã, Angela Merkel.

Então e os resultados da Google?

Do outro lado do Atlântico, a época de resultados continua em força. Desta vez, com a divulgação dos resultados referentes ao quatro trimestre da Alphabet, dona da Google. Analistas consultados pela Bloomberg estimam que o lucro líquido ajustado tenha ficado perto dos 6 mil milhões de dólares. Será que a Google vai continuar a impulsionar os resultados da casa-mãe?

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PSD acusa Ferro de pôr em causa “regular funcionamento” do parlamento

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2017

Os sociais-democratas criticam a decisão de Ferro Rodrigues de não alargar o âmbito da comissão de inquérito da CGD. PSD queria incluir a reestruturação e recapitalização do banco.

O PSD acusou esta quarta-feira o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, de colocar em causa “o regular funcionamento do parlamento” ao rejeitar o alargamento do objeto da Comissão de Inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD).

“É pantanoso o terreno em que estamos, quando a segunda figura da Nação, presidente da Assembleia da República, decide alinhar na narrativa consolidada de ser desnecessário, e até contraproducente, contar a verdade aos portugueses”, refere o vice-presidente da bancada do PSD Hugo Soares, num artigo divulgado na ‘newsletter’ diária do partido. “Assim sim. Assim se coloca em causa o regular funcionamento do parlamento”, acusa o deputado social-democrata.

Na terça-feira, o Presidente da Assembleia da República rejeitou o alargamento do objeto da comissão parlamentar de inquérito à CGD ao processo de reestruturação e recapitalização do banco, conforme tinham pedido PSD e CDS-PP.

É pantanoso o terreno em que estamos, quando a segunda figura da Nação, presidente da Assembleia da República, decide alinhar na narrativa consolidada de ser desnecessário, e até contraproducente, contar a verdade aos portugueses.

Hugo Soares

Deputado do PSD

No texto assinado por Hugo Soares, o vice-presidente da bancada do PSD justificou o pedido de alargamento do objeto com a necessidade de escrutínio do banco público. “A ação do Governo tem de ser escrutinada, sobretudo porque falamos de um banco público e, consequentemente, do dinheiro dos contribuintes, e esse escrutínio encontra forma no âmbito da comissão de inquérito parlamentar”, defendeu, criticando igualmente o PS por ter rejeitado esta pretensão.

Hugo Soares escreve que “o Partido Socialista, previsivelmente, recusou imediatamente esse alargamento, dizendo que se estaria perante uma tentativa de ‘abandalhamento’ da comissão de inquérito”. “O que o PS chama de abandalho nós chamamos de direito de acesso à informação e dever de a prestar aos portugueses”, refere.

O que o PS chama de abandalho nós chamamos de direito de acesso à informação e dever de a prestar aos portugueses.

Hugo Soares

Deputado do PSD

O vice-presidente da bancada do PSD acusa ainda o Governo socialista de ter “uma incompatibilidade de fundo com a necessidade de prestar contas”. “O PSD já fez dezenas de perguntas ao Governo sobre o processo da CGD, desde os episódios da presidência à negociação de um plano de recapitalização, que a Comissão Europeia já aprovou, mas os portugueses desconhecem. Não recebemos resposta alguma. Continua a imperar a fuga à transparência e o intento do Governo de governar sem prestar contas”, lamenta o social-democrata.

Continua a imperar a fuga à transparência e o intento do Governo de governar sem prestar contas.

Hugo Soares

Deputado do PSD

A comissão de inquérito à CGD tomou posse a 5 de julho na Assembleia da República, e debruça-se, por exemplo, sobre a gestão do banco público desde o ano 2000, abordando ainda os factos que levaram ao processo de recapitalização da CGD, que foi aprovado por Bruxelas – o objetivo de PSD e CDS era incluir os novos dados da recapitalização no âmbito dos trabalhos.

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O que mudou no Dow entre os 10 e os 20 mil pontos?

O Dow de hoje não é o mesmo Dow de há sete anos. Se antes as tecnológicas dominavam o índice, agora é a banca que "manda". E as petrolíferas quase desapareceram do top.

O Dow Jones de hoje não é o mesmo de há quase uma década. As empresas que mais pesavam no índice industrial quando este ultrapassou a barreira psicológica dos 10 mil pontos são algo diferentes das de hoje. É que se antes a banca era totalmente ultrapassada pelas tecnológicas, o Goldman Sachs é agora a cotada que mais importância tem neste índice com mais de 120 anos de história.

Foi em 2009 que o Dow Jones começou a recuperar da grave crise que se viveu nos EUA, abandonando um mínimo de 12 anos. Desde então, o índice industrial não parou de bater recordes até chegar, agora, à fasquia dos 20 mil pontos. Mas as 30 empresas negociadas neste índice nem sempre foram as mesmas. Se antes as tecnológicas e as petrolíferas dominavam, agora quem brilha é a banca.

As cotadas que mais pesam (pesavam) no Dow Jones

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Quando, em 2010, o índice industrial superou a resistência dos 10 mil pontos pela primeira vez, a estrela era uma tecnológica. A IBM era a empresa que mais peso tinha no índice industrial. Uma representatividade explicada pelas perspetivas positivas do mercado para com os resultados da empresa que acabaram por se confirmar: nesse ano, a IBM gerou um lucro líquido perto dos 15 mil milhões de dólares.

A IBM manteve-se, nesta década, como uma das empresas com maior destaque no Dow Jones, assim como a 3M — passou do segundo para o terceiro entre 2010 e 2017 — mas ganhou peso no Dow. Se há sete anos pesava 5,9%, hoje este peso é de 6,1%. Continuam as duas em destaque, mas o lugar cimeiro do pódio é agora ocupado pelo Goldman Sachs.

O banco “manda” no Dow. No dia em que o índice bateu mais um recorde: superou a barreira dos 20 mil pontos, o Goldman Sachs tem um peso de 8% no índice industrial norte-americano, peso esse que deverá continuar a aumentar. Os títulos das instituições financeiras têm subido desde que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA com as promessas de alívio da regulação. Analistas consultados pela Bloomberg dizem que o aumento dos spreads das taxas de juro entre empréstimos e depósitos vai impulsionar os resultados que os bancos obtêm a partir das suas atividades estratégicas.

Há mais vida para além da banca

As financeiras e as tecnológicas não são os únicos setores em destaque no índice industrial. Em 2010, as petrolíferas e as construtoras brilhavam nos primeiros dez lugares, com pesos que variavam entre os 4% e os 5%. Estes setores continuam a dominar, mas contam hoje também com as seguradoras. A United Health, a Travelers e a Home Depot ocupam os lugares deixados livres pela United Tech, Exxon Mobil, Johnson & Johnson e pela Caterpillar.

Enquanto a Exxon desapareceu do top, a Chevron perdeu dimensão. Já a Mcdonald’s defende a sua posição — que é praticamente a mesma há sete anos, a rondar os 4% –, sendo que a Apple conquistou um lugar este ano. E isto foi apenas possível com o crescimento que a empresa tem registado nos últimos anos e que se reflete hoje na capitalização de mercado na ordem dos 638 mil milhões de dólares – é a empresa mais valiosa do mundo.

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Wall Street em recorde. Dow acima dos 20 mil

As bolsas norte-americanas continuam a atingir máximos históricos. S&P 500 e Nasdaq marcaram novos recordes no dia que em que o Dow Jones passou pela primeira vez a fasquia dos 20 mil pontos.

Há festa em Wall Street. Foi mais um dia de ganhos expressivos nos índices norte-americanos que atingiram, os três, novos máximos históricos, suportados pelos bons resultados empresariais. Recordes para todos, mas o destaque foi para Dow Jones que superou pela primeira vez na sua longa história a fasquia dos 20 mil pontos.

Se o arranque da sessão foi positivo, o fecho do dia não ficou atrás. Tanto o S&P 500 como o Nasdaq subiram, com o índice tecnológico a valorizar quase 1%. Um ganho acentuado acompanhado pelo Dow Jones que somou 0,78% para os 20.067,83 pontos. Não só passou a fasquia dos 20 mil durante a sessão como conseguiu, pela primeira vez, encerrar acima deste patamar. Até Trump disse: “Great!”

Os resultados empresariais continuam a puxar pelos índices norte-americanos, com muitas cotadas a conseguirem surpreender pela positiva os investidores. Mas as valorizações acentuadas refletem também o crescimento otimismo dos investidores em torno do impacto que as medidas de Donald Trump poderão ter na economia dos EUA.

“Com Trump a começar a assinar novas leis, bem como os indicadores macroeconómicos positivos, começa a haver alguma visibilidade sobre o impacto dessas medidas”, diz Quincy Krosby, estratego da Prudential Financial, à Bloomberg. “Todos os índices norte-americanos estão a celebrar”, acrescenta.

Veja como o Dow Jones chegou aos 20 mil

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Governo apresenta plano B aos parceiros: é o PEC

O primeiro-ministro já apresentou aos parceiros sociais qual é a alternativa à baixa da TSU, decreto-lei que caiu esta quarta-feira no Parlamento. O plano B passa pelo Pagamento Especial por Conta.

António Costa transmitiu esta quarta-feira aos parceiros sociais que tem uma proposta para alterar o Pagamento Especial por Conta. Essa proposta será apresentada em breve, mas prevê-se que seja uma diminuição do limite mínimo, tal como aconteceu no OE2017. No entanto, Arménio Carlos confirmou ao ECO que esta mudança no PEC não passa por um novo acordo em concertação social.

Até agora a proposta que existia era em relação à Taxa Social Única. Só que a TSU não só ia beneficiar os micro e pequenas [empresas], ia beneficiar muitos outros. Aliás, como é plausível. Neste caso em concreto o PEC pode vir a beneficiar os micro e pequenos empresários de uma forma mais específica“, argumenta o líder da CGTP, em declarações ao ECO. No entanto, a central sindical está a aguardar o documento final: “É como o pudim. Só depois de se provar é que se sabe se é doce ou não”.

Contudo, a CGTP também saiu da reunião sem saber quando é que a proposta vai ser apresentada. Uma vez que a redução da TSU em 0,75 pontos percentuais aprovada em 2016 só vigora até 31 de janeiro, o Governo terá de se apressar com um novo decreto-lei caso queira compensar os patrões. No entanto, se optar pela redução ou eliminação do PEC, é de notar que só em março é que é paga a primeira prestação do Pagamento Especial por Conta.

Ao ECO, Arménio Carlos vincou que esta proposta “não visa substituir a TSU, nem compensar o salário mínimo nacional”. “É uma proposta que procura ir ao encontro de um sentimento de resposta às necessidades dos micro e pequenos empresários”, explica o líder da CGTP. “Se for para mexer no Pagamento Especial por Conta, compreenderá, não será para o aumentar. No mínimo é para diminuir”, referiu.

A reunião ainda decorre em São Bento.

(Notícia atualizada às 21h19)

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