Opel tem um novo crossover. É o Crossland X

Conhece o Mokka X? Vem aí um novo X. A fabricante alemã revelou o Crossland X em resposta à cada vez maior procura por crossovers para uma utilização no dia-a-dia.

Além do Mokka X, a Opel vai ter um novo crossover, um segmento em franca expansão em toda a Europa. O Crossland X é compacto por fora e muito espaçoso e versátil por dentro, estando vocacionado para uma utilização urbana. Este novo modelo da marca germânica chegará ao mercado nacional em meados do ano.

“A Opel dá início a um ambicioso plano de lançamentos em 2017, comportando um total de sete novos modelos”, refere a marca, sendo um deles o Crossland X, “um automóvel com design moderno, com virtudes SUV e, simultaneamente, atributos plenamente ajustados ao atual modo de vida das cidades”.

A procura em torno de pequenos SUV e crossovers feitos para a utilização urbana está a aumentar de forma notável. O Crossland X, numa combinação de design moderno de inspiração SUV, conectividade exemplar e facilidade de utilização, torna-se num concorrente sério neste segmento, a par do Mokka X”, afirma o CEO da Opel, Karl-Thomas Neumann.

Estilo vincado

Com um comprimento de 4,212 metros, a largura de 1,765 e a altura de 1,590, o Crossland X ostenta “uma grelha dianteira saliente, com o logótipo Opel em destaque, e luzes diurnas com assinatura de ‘dupla asa’, traços que tornam o novo modelo inconfundível”. “Na secção dianteira predominam linhas horizontais que, a par dos faróis delgados, pretendem dar uma perceção de maior largura”, salienta a marca.

“Nos lados, sobressaem linhas bem vincadas e um friso que separa visualmente as partes superior e inferior da carroçaria, dando a impressão de que o tejadilho flutua” sendo que, na traseira, há mais “uma afirmação SUV bem evidente, com a proteção integrada no volumoso para-choques”. O mesmo estilo moderno mas de elevada qualidade. E, claro, tecnológico.

Tecnologia? Bastante

O novo modelo da marca alemã promete “variados sistemas de tecnologia avançada destinados a facilitar a utilização no dia-a-dia, como os faróis adaptativos AFL integralmente formados por LED, o Head Up Display e a câmara traseira panorâmica 180º, a par do sistema de estacionamento automático Advanced Park Assist, do alerta de colisão dianteira iminente com travagem automática de emergência e deteção de peões, assistente de manutenção de faixa, reconhecimento de sinais de trânsito e do alerta de ângulo cego”.

Mas além dos elementos de segurança, o Crossland X tem também muita tecnologia para entretenimento. No topo da consola central situa-se o ecrã tátil dos sistemas de informação e entretenimento Radio R 4.0 IntelliLink e Navi 5.0 IntelliLink, ambos compatíveis com Apple CarPlay e Android Auto para permitir a integração de variadas aplicações de “smartphones”. A Opel nota que será possível fazer o carregamento dos smartphones por indução, destacando ainda a existência do hotspot Wi-Fi.

Motores a gasolina, diesel e GPL

A Opel vai apresentar, quando o Crossland X chegar ao mercado nacional em junho, um gama de motores económicos. A marca não faz por menos: além dos motores a gasolina e a gasóleo, também vai dotar o novo modelo de versões a GPL, tal como já o faz em vários modelos da atual gama. Para já, os motores a gasolina serão o 1.0 de 105 cv e o 1.4 de 125 e 150 cv, ambos os blocos sobrealimentados, mas as atenções deverão estar viradas para o já conhecido 1.6 a gasóleo disponível com duas potências distintas: 110 e 136 cv.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Renault faz Kadjar “à medida” para Portugal

Para contornar a legislação nacional de forma a fugir à Classe 2, a Renault engodou o Kadjar. O crossover que estará à venda em Portugal já este mês será único no mundo.

31499272003_df1fb61f01_k

Demorou, mas finalmente está a chegar. O Kadjar, o gémeo do Nissan Qashqai, começa a ser comercializado já este mês. O crossover do segmento C da Renault chega aos concessionários e com um “fato” feito à medida para Portugal. Foram precisas adaptações específicas para o mercado nacional de forma a garantir que paga Classe 1 nas portagens.

A marca vai começar a vender um “Kadjar com especificações desenvolvidas e fabricadas especificamente para o nosso país. Na realidade, de forma a poder reivindicar um peso bruto superior a 2.300 quilos e assim ser taxado como Classe 1 nas portagens nacionais (com Via Verde), a Renault encarregou a Renault Tech – uma divisão da Renault Sport Cars – do desenvolvimento de ligações ao solo específicas”, refere.

A legislação portuguesa estipula que os automóveis com uma altura ao eixo dianteiro superior a 1,1 metros de altura têm de pagar Classe 2. A Renault não seguiu o que têm feito outras marcas: baixar a suspensão para cumprir com esse limite. Optou por explorar a exceção na lei que diz que um automóvel pode ser Classe 1 se tiver cinco ou mais lugares e um peso bruto acima dos 2.300 kg. Só não pode ser for 4×4.

A Renault demorou algum tempo para encontrar a solução, mas chegou lá. “Os Renault Kadjar comercializados em Portugal, independentemente da versão, beneficiam da estrutura autoportante reforçada das versões 4X4 e de um eixo traseiro multibraço, também oriundo da versão 4X4, com afinação específica para a versão 4X2”, refere. Assim, o peso subiu para 1.426 kg, sendo que o peso bruto chegou aos 2.305 kg. Tudo para poupar os clientes de portagens mais caras que inviabilizariam o sucesso do modelo no mercado nacional.

Mais peso. E motor?

Apesar de ter uns quilos a mais em Portugal, o Kadjar continua a ter dimensões compactas: 4,45 metros de comprimento, 1,84 metros de largura e apenas 1,60 metros de altura. Além disso, apresenta uma “elevada distância ao solo de 200 mm que confirma, desde logo, a capacidade do Kadjar para explorar trilhos fora do asfalto”. Mas para essas aventuras, é preciso puxar pelo motor. E neste caso, a marca gaulesa recorreu ao já bem conhecido 1.5 dCi.

“O Renault Kadjar está disponível com o comprovado motor 1.5 dCi 110, associado a uma caixa manual de seis velocidades. Com o sistema Stop&Start, o motor best-seller da Aliança Renault-Nissan posiciona o crossover da Renault ao melhor nível do segmento em termos de emissões e consumos, com destaque para o valor de 3,9 litros aos 100 km de consumo no ciclo NEDC”, refere a fabricante em comunicado.

 

Chega já por menos de 30 mil

O Renault Kadjar chega à rede de concessionários da marca ainda este mês (janeiro) e já com as alterações técnicas que permitem que seja taxado como Classe 1 nas portagens nacionais, “desde que equipado com Via Verde”, salienta a Renault. Quanto a preços, o Renault Kadjar, que conta de origem com uma série de tecnologias de ajuda à condução úteis para o quotidiano, está disponível a partir de 29.710 euros na versão XMOD, que é equipada com o Grip Control. Quem pretender a versão mais requintada, a Exclusive, terá de pagar 31.600 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Emigrantes lesados. CMVM quer Novo Banco envolvido

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2017

A CMVM quer que o Novo Banco participe nas negociações com os emigrantes que investiram em produtos do BES. O procedimento foi pedido pela Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) chamou o Novo Banco a participar numa mediação extrajudicial com os emigrantes que investiram em produtos do BES e cujas poupanças foram perdidas, disse a associação que representa estes clientes à Lusa.

O procedimento de mediação foi pedido pela Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses (AMELP) ao regulador dos mercados financeiros e visa encontrar um mecanismo que compense os cerca de 2.200 emigrantes que perderam dinheiro com a queda do Banco Espírito Santo (BES) e que não aceitaram a solução comercial proposta pelo Novo Banco em 2015 para os tentar compensar pelas perdas sofridas.

De acordo com a informação avançada à Lusa, a AMELP dirigiu um pedido à CMVM de mediação de conflito com o Novo Banco, ao abrigo do regulamento do regulador dos mercados financeiros que lhe permite mediar conflitos em que estejam envolvidos investidores não qualificados, e recentemente a CMVM informou que já notificou o Novo Banco “para que este se pronuncie sobre a sua aceitação” de participar no procedimento de mediação.

O Novo Banco pode, contudo, não aceitar participar neste procedimento extrajudicial, mas a AMELP considera que a recusa pode prejudicar o Novo Banco nos processos que correm em tribunal.

Após a resolução do Banco Espírito Santo (BES), em 4 de agosto de 2014, cerca de 8.000 clientes emigrantes (sobretudo de França e Suíça) vieram reclamar um total de 728 milhões de euros, acusando o banco de lhes ter vendido produtos arriscados (ações preferenciais) quando lhes tinha dito que se tratavam de depósitos a prazo para não residentes.

A responsabilidade sobre estes produtos ficou, na resolução do BES, no Novo Banco – o banco de transição então criado – que propôs em 2015 aos emigrantes (com os produtos Poupança Plus, Euro Aforro e Top Renda) uma solução comercial, que teve a aceitação de cerca de 6.000 (80% do total) que detinham em conjunto 500 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE mantém juro. Admite alargar compras

O BCE manteve a taxa de juro inalterada, mas abriu a porta a um aumento do programa de compras de dívida. Mario Draghi admite aumentar a dimensão, mas também o prazo do programa.

O Banco Central Europeu (BCE) não surpreendeu: deixou a taxa de juro inalterada. Mas, perante as dúvidas sobre o seu compromisso com as compras de dívida pública, diz que está preparado para a alargá-lo. Admite tanto aumentar o valor das compras mensais como estender o período durante o qual comprará obrigações soberanas.

Repetindo a ideia de que os juros vão manter-se baixos por um período prolongado de tempo, o BCE deixou tanto a taxa de referência (que está em 0%) como a taxa de depósitos (em -0,4%) inalteradas naquela que é a reunião 1.000. Ao mesmo tempo, manteve o programa de compras de dívida, tanto pública como privada, em 80 mil milhões de euros por mês.

O BCE anunciou recentemente que vai reduzir o valor das compras mensais de 80 para 60 mil milhões de euros, uma redução que vai efetivar-se só a partir de abril (mantém-se em 80 mil milhões até ao final de março), sendo que estas compras podem, afinal, não acabar em 2017. “O programa de compra de dívida pode ser aumentado em tamanho e duração caso as perspetivas se deteriorem”, refere, citado pela Bloomberg.

O foco da autoridade monetária da zona euro está na inflação. Os preços têm vindo a subir, situando-se em 1,1% em dezembro, suportada pela subida dos preços do petróleo — 0,9% sem o efeito da energia e alimentação. O BCE diz que “o programa vai manter-se ativo até que a inflação evolução de forma sustentável até à meta” de cerca de 2%.

(Notícia atualizada com mais informação sobre a reunião do BCE)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Turismo de cruzeiros cresce em Lisboa

  • Ana Luísa Alves
  • 19 Janeiro 2017

O Porto de Lisboa viu chegar, durante 2016, um total de 311 navios de cruzeiro. Isto faz de 2016 o terceiro melhor ano de sempre, e representa um crescimento de 2% face a 2015.

Lisboa é cada vez mais símbolo de turismo e o ano que terminou há semanas é exemplo disso mesmo. 2016 foi foi o terceiro melhor ano de sempre para o turismo de cruzeiros no Porto de Lisboa, no que toca ao número de escalas de navios de cruzeiro. O aumento do número de passageiros e de escalas foi de 2% em comparação com 2015.

No total atracaram no porto da capital portuguesa 311 navios de cruzeiro e 522.497 turistas passaram por Lisboa, segundo avança o Porto de Lisboa.

Para este crescimento foi importante o crescimento de 12% dos passageiros em turnaround, segmento que contribui significativamente para o crescimento da economia lisboeta e nacional, por permitir que estes turistas fiquem vários dias na cidade antes ou depois do cruzeiro em que chegaram.

Também as operações de embarque e desembarque aumentaram, em 12%, o que explica o crescimento verificado com os turistas do segmento turnaround. Os operadores Pullmantur Cruises, Oceania Cruises, Silversea Cruises e Windstar Cruises foram os que mais contribuíram para este aumento.

O Porto de Lisboa congratula-se com o “reforço da boa performance do porto” pela “consolidação e afirmação no negócio de cruzeiros de forma sustentável”, refere em comunicado. A empresa acrescenta ainda as distinções que também surgiram em 2016: o prémio de “Melhor Porto de Cruzeiros da Europa”, atribuído nos World Travel Awards, e o prémio de “Melhor Destino de Cruzeiros da Europa”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal confirma. Galp vai pagar 4,1 milhões

A condenação tinha sido decidida pela Autoridade da Concorrência em fevereiro de 2015. Mas a Relação de Lisboa confirmou: a Galp Energia terá de pagar 4,1 milhões por práticas anticoncorrenciais.

O Tribunal da Relação de Lisboa confirmou. A Galp Energia terá mesmo de pagar uma coima de milhões de euros por práticas anticoncorrenciais no mercado do gás de botija em Portugal Continental e nos Açores e Madeira. Mas porquê? Segundo a Autoridade da Concorrência (AdC), a petrolífera portuguesa proibia os seus distribuidores de botijas de gás de vender fora de uma área geográfica definida no contrato, limitando a concorrência.

Foi em fevereiro de 2015 que a AdC decidiu que a Galp Energia tinha cometido uma infração grave das regras da concorrência e que teria de pagar um total de 9,29 milhões de euros. Hoje, a Relação de Lisboa confirmou a condenação, mas decidiu reduzir a coima para os 4,1 milhões.

O tribunal reiterou o entendimento que a culpa das visadas é de “elevada negligência, quase a raiar a negligência grosseira” e de que “toda a sequência de factos demonstra um nível de descuido, de falta de responsabilidade e de falta de comprometimento com o valor da concorrência muito significativo”, lê-se num comunicado divulgado no site da AdC.

"A investigação da Autoridade da Concorrência tinha revelado que o grupo Galp Energia proibia os seus distribuidores de GPL em garrafa (“botijas de gás”) de vender fora de uma área geográfica definida no contrato, impedindo-os, assim, de concorrer com outros distribuidores situados em territórios vizinhos ou próximos”

Autoridade da Concorrência

De acordo com a AdC, a petrolífera “proibia os seus distribuidores de GPL em garrafa (“botijas de gás”) de vender fora de uma área geográfica definida no contrato, impedindo-os, assim, de concorrer com outros distribuidores situados em territórios vizinhos ou próximos”, de acordo com o comunicado.

A Concorrência explica que esta limitação imposta pela Galp Energia poderia vir a penalizar os consumidores com preços mais elevados. Isto num mercado onde mais de dois milhões de famílias portuguesas adquirem botijas de gás, com uma fatura de gás que pode chegar aos 250 euros por ano.

No entanto, a Galp Energia não se conforma com esta decisão e diz estar a “analisar as eventuais vias de recurso do Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa”. A petrolífera nota que “apesar de considerar positiva a confirmação da maior redução de sempre numa coima aplicada pela AdC, a Galp não se conforma com uma condenação assente em fundamentos meramente formais“. Mais: a empresa recusa ter “prejudicado o consumidor ou o livre funcionamento do mercado”.

(Notícia atualizada às 16h07 com reação da Galp Energia à decisão do Tribunal da Relação de Lisboa.)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Certificados renderam 3.484 milhões ao Estado

O valor captado pelos certificados ascendeu a 288 milhões de euros no último mês do ano passado. O saldo em 2016 ascendeu a quase 3.500 milhões num ano em que foram obtidos mais 3.450 milhões em OTRV.

O Estado captou 3.484 milhões de euros em financiamento através de certificados no último ano. Este valor foi obtido dos pequenos investidores que apostaram, essencialmente, em Certificados do Tesouro Poupança Mais, ainda que o saldo de Certificados de Aforro também tenha sido positivo apesar de ter voltado a ser negativo em dezembro. No último mês do ano, o IGCP arrecadou com estes dois produtos 288 milhões de euros.

De acordo com os dados do Banco de Portugal, em dezembro registaram-se, em termos líquidos, resgates no montante de 25 milhões de euros nos Certificados de Aforro. Esta quebra segue a tendência registada no mês anterior, sendo reflexo da queda acentuada das taxas oferecidas, especialmente quando se aproxima o fim do prémio extraordinário na Série C — o prémio devia acabar em dezembro mas foi prolongado até março.

Ao mesmo tempo, os CTPM voltaram a captar mais de 300 milhões de euros. O total aplicado pelos aforradores ascendeu a 313 milhões, revela o Boletim Estatístico, o que permitiu que no acumulado de dezembro o valor de financiamento obtido pelo Estado através destes dois produtos ascendeu a 288 milhões. Tinha sido de 236 milhões em novembro.

Este valor veio engordar ainda mais o montante captado em 2016 através destes títulos de dívida pública destinados aos pequenos investidores. O saldo global foi de 3.484 milhões de euros, com os CTPM a representarem a quase totalidade: 96,3%. Estes títulos que apresentam uma taxa média bruta anual de 2,25% nos cinco anos de investimento captaram 3.355 milhões.

O montante é avultado, mas a captação de financiamento por parte do Estado através das famílias foi ainda mais expressiva: ascendeu a 6.934 milhões de euros, um valor recorde. Isto porque através das Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OPTV), o Estado conseguiu mais 3.450 milhões de euros através das três operações lançadas durante o último ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TSU: Passos volta atrás? Pedidos vão a caminho

  • Ana Luísa Alves
  • 19 Janeiro 2017

Esta quinta-feira têm chegado cartas ao líder do PSD, Passos Coelho, com pedidos de um passo atrás no que toca à decisão tomada sobre a redução da Taxa Social Única.

A redução da Taxa Social Única (TSU) para as empresas que tenham trabalhadores a receber o salário mínimo ainda não foi chumbada, mas tudo indica que venha a ser. Em grande parte devido ao voto dos partidos de esquerda e do PSD. Os representantes das empresas não gostaram, e as associações patronais já estão a enviar cartas a Passos Coelho com o pedido para que volte atrás na decisão.

Ao PSD têm chegado cartas de indignação e a pedir que Passos Coelho volte atrás no voto que vai tomar quanto à redução da TSU, segundo avançou o líder da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) ao Jornal de Negócios. A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que junta aproximadamente 500 empresas, e 35 mil postos de trabalho, foi um dos remetentes das cartas enviadas a Passos Coelho.

Ainda assim, há também associações integrantes da CIP que não enviaram carta alguma, mas que já manifestaram o apoio à confederação e consideram que “deve ser a CIP” a tratar deste assunto.

A pressão política e pública que se tem feito sentir sobre Passos para que repense a sua posição, vinda do BE e do PCP está a aumentar. Em causa está o acordo a que chegaram o Governo, patrões e a UGT na concertação social.

Ainda esta quinta-feira o líder do PSD vai encontrar-se com Carlos Silva, secretário-geral da UGT. É expectável que na reunião a UGT volte a apelar para que o PSD e Passos Coelho voltem atrás na decisão de voto tomada e valorizem o acordo fechado na Concertação Social. Esta manhã, em entrevista à SIC, Carlos Silva reconheceu que “realisticamente” não tem “muita esperança” de que o líder do PSD mude de ideias, mas mesmo assim vai “fazer um último esforço”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Endividamento da economia recua pelo terceiro mês seguido

  • Margarida Peixoto
  • 19 Janeiro 2017

Tanto o setor público, como o privado estão menos endividados. Ainda assim, a economia portuguesa, excluindo os bancos, ainda deve 717,2 mil milhões de euros.

O endividamento da economia recuou em novembro pelo terceiro mês consecutivo. Excluindo os bancos, a dívida é de 717,2 mil milhões de euros, o valor mais baixo desde junho de 2016. Os dados foram revelados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Conforme explica o banco central, a redução do endividamento ficou a dever-se sobretudo ao setor público, embora o setor privado também tenha contribuído para esta descida. Ainda assim, o setor público mantém 309,2 mil milhões de euros de endividamento, enquanto o privado é responsável por 408 mil milhões.

“O endividamento do setor público diminuiu devido à redução do financiamento externo, que foi parcialmente compensada pelo incremento do financiamento dos restantes setores, com destaque para o setor financeiro e particulares”, acrescenta ainda a nota de informação do Banco de Portugal.

pib-01

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sonae: Vendas mostram “sucesso da estratégia comercial”

Os analistas ficaram agradados com as vendas preliminares anunciadas pela Sonae. E estão otimistas em relação ao futuro da retalhista. As ações avançam quase 2%.

A Sonae divulgou esta quarta-feira os dados relativos às suas vendas no ano passado, números que agradaram aos analistas, que não só aplaudem a estratégia comercial da holding como antecipam mais crescimento para o negócio do retalho. O mercado também recebeu com bons olhos o anúncio da Sonae, brindando o títulos com uma acentuada valorização na atual sessão.

A retalhista liderada por Paulo Azevedo anunciou após o fecho da última sessão que, em 2016, as suas vendas das áreas alimentar e não alimentar superaram os 5,2 mil milhões de euros. Este valor corresponde a um crescimento de 7,2% face ao nível de vendas registado em 2015, tendo sido alimentado por todas as áreas de negócio do grupo.

Os resultados preliminares agora conhecidos bateram as estimativas da maioria dos analistas que, para além de aplaudirem o crescimento do volume de negócios registado no ano passado, acreditam haver mais potencial de crescimento ao longo deste ano.

"Como esperado, a Sonae apresentou elevados crescimentos de vendas em 2016. A unidade de retalho alimentar apresentou valores positivos de vendas like-for-like, o que evidencia o sucesso da sua estratégia comercial.”

CaixaBI

“Como esperado, a Sonae apresentou elevados crescimentos de vendas em 2016. A unidade de retalho alimentar apresentou valores positivos de vendas like-for-like, o que evidencia o sucesso da sua estratégia comercial“, salienta o CaixaBI numa nota de research divulgada esta manhã. O banco de investimento antecipa ainda que a “Sonae MC (Modelo Continente) continue a seguir a mesma política de crescimento ao longo de 2017, com resultados igualmente positivos”.

Já no que respeita ao negócio da Sonae SR, os analistas do CaixaBI destacam também a evolução positiva das vendas like-to-like (vendas comparáveis), referindo que indiciam contribuições futuras positivas por parte da Worten e da estrutura de pré-aquisição da unidade Sports and Fashion. “As vendas agora conhecidas ajudam a suportar a nossa visão positiva para a empresa”, remata assim o banco de investimento relativamente à avaliação que faz do título.

O CaixaBI mantém uma recomendação de “comprar” para as ações da Sonae, atribuindo-lhes um preço-alvo de 1,45 euros. Este target representa um potencial de subida de 70% face aos 85,5 cêntimos a que as ações da retalhista terminaram a última sessão. As ações da Sonae estão a reagir de forma positiva aos números das venda: sobem 1,87%, para os 87,1 cêntimos, mas já chegaram a valorizar 2,46%.

Também os analistas do Haitong se mostram confiantes relativamente à retalhista. “Pensamos que o valor de mercado do retalho tem mais para avançar”, destaca o Haitong num research desta quinta-feira, onde também aplaude os números das vendas preliminares da Sonae. “A Sonae anunciou valores de transações positivos tanto no retalho alimentar como no não alimentar, batendo as nossas estimativas de vendas para o quarto trimestre, em 1%”, afirma o banco de investimento numa nota de hoje.

O agrado relativamente aos números conhecidos nesta quarta-feira levou mesmo o Haitong a rever em alta as estimativas para a Sonae em 2017 e 2018, em 1% e 2%, no que respeita às receitas. O Haitong reiterou ainda a Sonae como uma das suas “balas de prata, com uma recomendação de “comprar” e um preço-alvo de 1,08 euros, que representa um potencial de subida de 26% para o titulo.

"A Sonae anunciou valores de transações positivos tanto no retalho alimentar como no não alimentar, batendo as nossas estimativas de vendas para o quarto trimestre, em 1%.”

Haitong

Como catalisadores para o título, o Haitong vê com bons olhos os resultados da Sonae SR, em 2017, acreditando que conseguirá dar continuidade à recuperação de uma divisão que tem sido uma fonte de perdas. O banco de investimento mostra-se também confiante relativamente à Sport Zone, onde acredita que a Sonae pode ter “importantes desenvolvimentos”, que lhe permitam dar resposta à falta de escala.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hammond: City é prioridade quando Brexit avançar

  • Ana Luísa Alves
  • 19 Janeiro 2017

Philip Hammond diz que uma das prioridades das negociações do Brexit é a indústria financeira. A City é importante para os bancos, mas também para a economia britânica.

O Reino Unido vai sair da União Europeia. Escolheu um hard Brexit que põe em risco a permanência de muitas instituições financeiras no país. Philip Hammond, o ministro da Economia britânico, sabe disso. E é por isso que, em Davos, veio salientar que a prioridade do governo nas negociações que arrancam em março são os serviços financeiros. Ou seja, a City, em Londres.

O Reino Unido tem de chegar a um acordo com a União Europeia para o divórcio que ficou decidido no referendo feito a 23 de junho. Neste acordo, há um ponto sensível: a indústria financeira. A importância dos centro financeiro londrino a City, vai ser um assunto chave nas negociações que começam em março, segundo disse Philip Hammond, em entrevista à jornalista Francine Lacqua, da Bloomberg, durante o fórum económico em Davos.

“Tentar um bom acordo de transações comerciais para o Reino Unido [que vai sair do mercado único] tem de incluir a transação de bens e serviços”, notando que Londres é, acima de tudo, um centro financeiro com bancos de todo o mundo. “Temos de assegurar que isso fica protegido no acordo que vamos estabelecer”, acrescentou Hammond.

“Daqui a seis meses teremos uma ideia muito mais clara de até onde poderemos ir”, sublinhou Hammond. O ministro da Economia britânico falou ainda da necessidade de o Reino Unido se assumir como “pragmático” nesta saída e em relação aos desafios que se avizinham, sobretudo para a indústria financeira.

Esta terça-feira, a primeira-ministra britânica, Theresa May, falou em Londres sobre os principais objetivos para o Reino Unido no momento da saída da União Europeia, mas deixou claro que a decisão final quanto ao “acordo comercial” a assinar com o Velho Continente ficava nas mãos do governo inglês. Quer um bom acordo.

Theresa May vai falar no fórum económico em Davos esta quinta-feira, e vai reunir-se com os executivos de Wall Street. A preocupação da primeira-ministra é que o Brexit vai significar a necessidade de um passaporte para as operações financeiras dos bancos da City com o resto da Europa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo vai reativar linha de crédito para estudantes do ensino superior

  • ECO
  • 19 Janeiro 2017

O Governo está a finalizar um acordo para reativar a linha de crédito de apoio a estudantes do ensino superior, alocando 80 milhões de euros para o efeito até 2020. Estado será o fiador.

O Governo está a preparar-se para reativar a linha de crédito para estudantes do ensino superior, avançou o Jornal de Notícias (acesso pago). Segundo o Público (acesso condicionado), há 80 milhões de euros disponíveis para emprestar a estudantes até 2020, que podem usar o dinheiro para financiar cursos. A linha de crédito tinha sido criada em 2007 e já foi usada por 21.500 estudantes, mas tem estado suspensa.

De acordo com o mesmo jornal, o acordo entre o Estado e a Sociedade Portuguesa e Garantia Mútua está prestes a ser finalizado. Além disso, é o Estado que dá garantia aos empréstimos, com a medida já prevista e inscrita no Orçamento para este ano. As regras ainda ainda não estão definidas, mas deverão ser reveladas até ao final deste mês.

Esta linha de crédito, explica o Público, é de aprovação quase imediata e caracteriza-se por ter juros e spreads reduzidos. O facto de o Estado ser fiador permite que não existam garantias patrimoniais por parte dos alunos. A maioria do reforço, indica o JN, é assegurado por fundos comunitários.

Mas o total de crédito por pagar ascende já a 142 milhões de euros, escreve o jornal. São, ainda assim, menos 60 milhões de euros do que há três anos e, como existe um período de carência de um ano após o fim do curso, nem todo esse dinheiro pode ser considerado em dívida.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.