Ministro dos Negócios Estrangeiros regressa da Índia este domingo a Portugal

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2017

O ministro dos Negócios Estrangeiros interrompe esta noite a visita de Estado à Índia e regressa a Portugal para estar presente nas cerimónias fúnebres do antigo Presidente da República Mário Soares.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, interrompe esta noite a visita de Estado à Índia e regressa a Portugal para estar presente nas cerimónias fúnebres do antigo Presidente da República Mário Soares.

O corpo do antigo Presidente da República Mário Soares, que faleceu no sábado, aos 92 anos, vai estar em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos a partir das 13:00 de segunda-feira e o funeral realiza-se a partir das 15:30 de terça-feira no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.

Ainda segundo fonte do Governo português, o regresso antecipado de Augusto Santos Silva a Portugal relaciona-se também com a esperada presença de representantes de países estrangeiros nas cerimónias fúnebres.

Augusto Santos Silva integra a comitiva do primeiro-ministro, António Costa, que desde sábado realiza uma visita de seis dias à Índia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros está neste momento em Bangalore, a capital empresarial e tecnológica da Índia, mas já não seguirá para os estados do Gujarat e de Goa.

Mário Soares morreu no sábado, aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado há 26 dias, desde 13 de dezembro.

O Governo decretou três dias de luto nacional, a partir de segunda-feira.

Soares desempenhou os mais altos cargos no país e a sua vida confunde-se com a própria história da democracia portuguesa: combateu a ditadura, foi fundador do PS e Presidente da República.

Nascido a 07 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares foi fundador e primeiro líder do PS, e ministro dos Negócios Estrangeiros após a revolução do 25 de Abril de 1974.

Primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, foi Soares a pedir a adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e a assinar o respetivo tratado, em 1985. Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.

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As sete universidades mais caras do mundo

  • Leonor Rodrigues
  • 8 Janeiro 2017

O valor das propinas em Portugal é considerado um dos mais elevados na Europa. Mas muito reduzido comparado com o das universidades mais caras do mundo, uma delas, é na Europa.

Quando se fala de estudos, fala-se em investimento para o futuro. Mas esse investimento não é apenas mental: é também monetário. Em Portugal, por exemplo, o valor médio das propinas nas instituições de ensino superior supera os mil euros anuais, sendo um dos países da Europa mais caros para se estudar, segundo o relatório Eurydice de 2015.

Mas nenhuma faculdade portuguesa supera o valor pedido aos estudantes por algumas das mais prestigiadas Universidades do mundo. A maioria localiza-se nos EUA mas a que tem o curso mais caro é europeia. Saiba quais são as sete Universidades mais caras do mundo, segundo o Business Insider.

 

 

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Funeral de Mário Soares será terça-feira

  • ECO
  • 7 Janeiro 2017

Corpo do ex-Presidente da República será velado, a partir de 2ª feira, no Mosteiro dos Jerónimos. O funeral segue 3ª feira para o cemitério dos Prazeres, em Lisboa.

Os pormenores finais das cerimónias do funeral do ex-Presidente da República ainda estão por definir mas o corpo de Mário Soares será velado, a partir de 2ª feira, na sala dos Azulejos do Mosteiro dos Jerónimos, adianta o Expresso.

Os detalhes serão fechados este sábado numa reunião onde estarão presentes a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, José Manuel dos Santos, ex-assessor de Soares, em representação da família, e representantes da Presidência da República, Presidência da Assembleia da República, câmara de Lisboa, PSP, GNR.

Um guião provisório previa que o corpo do ex-Presidente saísse da Cruz Vermelha rumo ao Campo Grande, onde haveria uma paragem de alguns minutos junto à sua casa. Depois, seguiria pela Avenida da República, Saldanha, Marquês de Pombal e Avenida da Liberdade, até à Praça do Município.

Acompanhe aqui todas as reações à morte de Mário Soares

“Em frente à câmara de Lisboa, a urna com o corpo de Mário Soares deverá passar para uma charrete e seguirá pela Avenida 24 de julho até aos Jerónimos, onde será recebido ao fim da tarde com honras militares. À espera estarão o Presidente da Assembleia da República e o Presidente da República, que deverão discursar.”, escreve o semanário na edição online.

O velório será durante todo o dia de segunda-feira, nos Jerónimos. O cortejo fúnebre sai dos Jerónimos perto das 11 horas de terça-feira, fará pausas junto ao Parlamento, à Fundação Mário Soares e à sede do PS, no Largo do Rato, e termina no cemitério dos Prazeres.

António Costa decretou três dias de luto nacional, na sequência da morte de Mário Soares.

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“Pai do Portugal contemporâneo” e um “europeísta convicto”: a morte de Soares na imprensa internacional

Desde o "pujante líder socialista" ao "pai do Portugal contemporâneo", a morte de Mário Soares é destaque nos principais jornais mundiais.

A morte de Mário Soares também é manchete em alguns dos principais jornais internacionais. No país vizinho, o antigo Presidente da República é lembrado como o “pai do Portugal contemporâneo” e um “europeísta convicto“. Nos EUA, o New York Times fala no “pujante líder socialista” que liderou Portugal rumo à democracia.

O País

Grande impulsionador das independências das antigas colónias de Portugal

Em Moçambique, a Mário Soares é lembrado como “o grande impulsionador das independências das antigas colónias de Portugal”. “Mário Soares defendia a descolonização, democratização e desenvolvimento das antigas colonias, contra uma corrente do então Presidente português António Spínola, que acreditava na formação da ‘Federação Lusitana'”, escreve o jornal moçambicano O País.

El País

Morre o pai do Portugal contemporâneo

“É impossível compreender o último meio século de Portugal sem Mário Soares”, diz o jornal espanhol El País, que abre o seu site com a morte do ex-presidente da República português. “Noventa e dois anos dão para muito, mais ainda num homem inquieto desde jovem, escritor infatigável (dizia que tinha escrito mais de uma centena de livros), de forte caráter, para aguentar as prisões da ditadura e também para o retardar da deriva comunista revolução dos cravos”, lembra o jornal espanhol.

El Mundo

Um europeísta e republicano convencido

Também o El Mundo dá amplo destaque à morte de Mário Soares. “Europeísta e republicano convicto, Mário Soares também foi um dos maiores críticos da crise nacional e europeia, muito crítico com os líderes internacionais a quem em numerosas ocasiões acusou de “falta de carisma” para defender “os princípios da solidariedade” da construção europeia da qual também foi protagonista”, escrever o jornal espanhol.

 

Folha de S. Paulo

Uma das figuras mais importantes da história recente portuguesa

“Soares foi uma das figuras mais importantes da história recente portuguesa e participou em momentos-chave do país, como a fundação do Partido Socialista de Portugal e o combate ao regime de Salazar, que durou de 1933 a 1974”, escreve um dos principais jornais brasileiros, a Folha de S. Paulo, recordando a “figura controversa entre portugueses”.

Le Monde

Soares, o reformista

No francês Le Monde, é recordada a vida de Mário Soares através de um vídeo. “Mário Soares, o reformista”, titula o artigo daquele jornal. “Mário Soares, ‘um reformista que, desde o início, defendeu democracia orientada para a Europa”. “Figura socialista na luta contra a ditadura de Salazar (…). Ele é considerado o pai da democracia portuguesa, que ajudou a fundar depois da ‘revolução dos cravos’ de 25 de abril de 1974″, diz.

 

Le Figaro

Entrevista visionária há mais de 20 anos

O Le Figaro recupera este sábado uma entrevista com Mário Soares do ano de 1994 e, na perspetiva histórica, o jornal francês deteta alguns momentos visionários do antigo Presidente da República português.

Financial Times

Líder espirituoso, com bom humor irreprimível

No económico Financial Times (acesso pago) sublinha Mário Soares como “o líder socialista espirituoso que habilmente guiou Portugal do regime autoritário para a democracia”, que impediu os comunistas de alcançar poder, “tendo conduzido o seu país à União Europeia, ajudando o seu povo recuperar um senso de confiança perdida sob quase meio século de ditadura miserável”. “Era conhecido por um bom humor irreprimível e entusiasmo pela vida, mas sua carreira política antes da “Revolução dos Cravos” que devolveu Portugal à democracia em 1974 foi dominada pela luta, prisão e deportação”.

BBC

Papel chave em Portugal

“O antigo Presidente Mário Soares — conhecido como o pai da democracia do país — morreu aos 92 anos”, escreve a britânica BBC. “Desempenhou um papel chave depois da Revolução dos Cravos em 1974, após 48 anos de ditadura”, lembra o canal público do Reino Unido no seu site. “Tornou-se em 1976 no primeiro primeiro-ministro eleito democraticamente”, acrescenta.

NY Times

Soares, o pujante líder socialista

“Mário Soares, o pujante líder socialista que guiou a complicada transição de Portugal rumo à democracia na década de 1970, depois de décadas de ditadura, morreu no sábado em Lisboa”, pode ler-se no influente New York Times. “Soares foi um implacável inimigo do governo fascista do primeiro-ministro António de Oliveira Salazar, que governou Portugal há mais de 40 anos. Mais tarde, foi a figura central na política portuguesa após o sucessor de Salazar, Marcello Caetano, ter sido deposto na Revolução dos Cravos de 1974″, escreve ainda o jornal norte-americano.

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Guterres recorda líder “de verdadeira estatura europeia e mundial”

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2017

Secretário-geral das Nações Unidas homenageou Soares como “um dos raros líderes políticos de verdadeira estatura europeia e mundial”, a quem os portugueses devem “em grande medida, a democracia".

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, homenageou hoje Mário Soares como “um dos raros líderes políticos de verdadeira estatura europeia e mundial”, a quem os portugueses devem “em grande medida, a democracia, liberdade e respeito pelos direitos fundamentais”.

“Presto a minha homenagem a Mário Soares, certo de que figurará na nossa memória e na história do nosso país, como um homem livre que quis que todos nós vivêssemos em liberdade e que lutou toda uma vida para que isso fosse possível”, afirma o secretário-geral da ONU, numa declaração enviada à Lusa.

Na nota, o antigo primeiro-ministro português diz ter tomado conhecimento da morte do ex-Presidente “com profunda emoção e um agudo sentimento de perda”.

Na mensagem, Guterres começa por transmitir à família de Mário Soares e, em particular, aos filhos e netos do antigo Presidente, as suas “sentidas e amigas condolências”.

“Falei já com os filhos, Isabel e João, junto de quem expressei a minha solidariedade neste momento doloroso do falecimento do seu pai”, menciona.

“É, em grande medida, a ele que devemos a democracia, a liberdade e o respeito pelos direitos fundamentais de que todos os portugueses puderam usufruir nas últimas décadas e que são hoje valores adquiridos no nosso país”, considera António Guterres, na mensagem.

Por um lado, porque o país lhe deve a sua “plena integração” na comunidade internacional, mas também porque “o seu apego à liberdade e à democracia fazem dele um dos raros líderes políticos de verdadeira estatura europeia e mundial”, lê-se na declaração do secretário-geral das Nações Unidas.

António Guterres afirma ainda que, “pelo seu empenho político firme e corajoso e pelos princípios e valores que coerentemente prosseguiu ao longo da vida”, Mário Soares “moldou a vida política em Portugal de forma indelével”.

“A liberdade foi sempre o seu valor de referência”, refere também.

Mário Soares encontrava-se internado desde o dia 13 de dezembro, tendo sido transferido no dia 22 dos Cuidados Intensivos para a “unidade de internamento em regime reservado” do Hospital da Cruz Vermelha, depois de sinais de melhoria do estado de saúde.

 

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Passos “gostaria muito de voltar ao Governo” mas com país melhor que em 2011

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2017

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou este sábado que "gostaria muito de voltar ao Governo", mas encontrar o país em condições "muito melhores" do que encontrou em 2011.

O PSD é muito preciso e havemos de voltar ao Governo. Mas eu gostaria muito de voltar ao Governo em condições muito melhores do que em 2011″, afirmou Passos Coelho, em Barcelos, durante um almoço com uma centena de empresários.

Para o líder do PSD, o atual Governo socialista “passou um ano inteiro a fazer reversões” das medidas tomadas pelo anterior executivo PSD-CDS, e “ainda olha para 2017 a pensar que há mais coisas para reverter”.

Se as coisas já tinham passado a situação mais difícil, por que havemos de andar a destruir o que fizemos?“, questionou.

Pedro Passos Coelho referiu que Portugal, com este Governo, “está a perder oportunidades” em relação a outros países com quem compete, com uma economia a ” crescer menos do que o necessário” e com a criação de emprego “a aumentar cada vez menos”.

Por isso, fez votos para que, em 2017, o Governo “aprenda com os erros” e tenha “o golpe de asa” o golpe de asa necessário para pôr a economia a crescer mais.

“É uma questão de confiança e de fé. Eu não acredito, mas gostaria muito de estar errado nisso e de ser surpreendido”, acrescentou.

Para o líder social-democrata, 2017 poderá ser o “ano da clarificação”, em que “se torne claro que há um preço para este tipo de governação” do PS.

“Não é preciso que tudo caia no chão para que as pessoas percebam as diferenças [entre a governação do PSD e do PS]”, disse ainda, em jeito de apelo ao executivo de António Costa para parar com a reversão das medidas tomadas pelo governo anterior.

É que, rematou Passos Coelho, gostava de voltar ao Governo “não para fazer o que já tinha feito” mas sim para fazer “mais e melhor”.

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Pedro Passos Coelho evoca “grande democrata” e “político polémico”

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2017

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte do antigo Presidente da República, que classificou como "um grande democrata" e "um político polémico".

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou hoje a morte do antigo Presidente da República, que classificou como “um grande democrata” e “um político polémico”.

É um dia triste para todos os portugueses“, referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos.

Para Passos Coelho, “será impossível” escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos “sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva”.

“Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos”, acrescentou.

Passos Coelho endereçou uma mensagem de “sentido pesar” à família e uma mensagem “de condolências” ao PS, partido de que Mário Soares foi fundador.

Mário Soares, que morreu hoje aos 92 anos, desempenhou os mais altos cargos no país e a sua vida confunde-se com a própria história da democracia portuguesa: combateu a ditadura, foi fundador do PS e Presidente da República.

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Sampaio: Morte de Mário Soares é “perda para Portugal e Europa”

Jorge Sampaio destaca capacidade impressionante de resiliência e resistência de Mário Soares. "É um momento de perda para Portugal e Europa", reagiu o antigo Presidente da República.

Para Jorge Sampaio, a morte de Mário Soares “é um momento de profunda perda para Portugal e para a Europa“, lembrando que foi ele o grande construtor a entrada do país na comunidade europeia. Sampaio recorda Soares como homem de “extraordinária capacidade de luta”.

“O que mais impressionava era essa resiliência, capacidade de resistência e de enorme amor à vida“, declarou este sábado Jorge Sampaio. “Surpreendeu a sua extraordinária capacidade de luta desde muito jovem. Esteve sempre na primeira linha”, referiu o antigo chefe de Estado.

Mário Soares “é consubstancial à modernidade portuguesa”, referiu ainda, destacando o papel chave que desempenho na construção da democracia portuguesa, mesmo nos tempos em que esteve exilado. “Nunca perdeu Portugal de vista. Sempre acreditou naquilo que seria vital para o país“.

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Carlos César: Morreu um guardião da democracia

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2017

O presidente do Partido Socialista, Carlos César, afirmou que o ex-chefe de Estado Mário Soares, que hoje morreu, foi “um guardião da democracia”, e considerou este um “dia triste” para o partido.

O presidente do Partido Socialista, Carlos César, afirmou que o ex-chefe de Estado Mário Soares, que hoje morreu, foi “um guardião da democracia”, e considerou este um “dia triste” para o partido e para a memória coletiva do país.

“Não morreu um dirigente socialista, mas um grande português, um obreiro das liberdades, um guardião da democracia”, afirmou à agência Lusa Carlos César, referindo que, “por isso, todos os portugueses, independentemente da sua condição partidária, estarão, certamente, associados neste momento numa manifestação coletiva de pesar e numa homenagem à memória de luta e à memória de concretização que representou a atuação política de Mário Soares e o seu comportamento físico ao longo destas últimas décadas”.

Para Carlos César, o antigo Presidente da República é, “sem dúvida, a personalidade mais relevante da segunda metade do século XX e, em particular, depois de restaurada a democracia em Portugal”.

O antigo Presidente da República morreu hoje aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.

Mário Soares encontrava-se internado desde o dia 13 de dezembro, tendo sido transferido no dia 22 dos Cuidados Intensivos para a “unidade de internamento em regime reservado” do Hospital da Cruz Vermelha, depois de sinais de melhoria do estado de saúde.

“É um dia triste para o Partido Socialista, para a nossa memória coletiva e para a democracia portuguesa, porque perdemos um dos seus principais lutadores e um dos seus principais obreiros”, salientou Carlos César, também líder do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República.

Para o dirigente socialista, “Mário Soares foi decisivo no combate à ditadura e na adoção da democracia e do regime de liberdades públicas, na sua proteção em todos os momentos”.

“Devemos-lhe não só a nossa condição de país democrático, como também a nossa condição de país europeu”, declarou o presidente do PS, realçando que “foi pelas mãos de Mário Soares” que Portugal “se libertou de um isolamento que o condenou entre as nações” e “passou a ser um parceiro respeitado no exterior e ajudado por países amigos”.

Carlos César acrescentou que todo o desempenho do ex-Presidente da República “foi não só decisivo para aquilo que hoje é o Partido Socialista como grande partido na sociedade portuguesa, mas sobretudo para aquilo que hoje é” Portugal, “um país incomparavelmente diferente e melhor do que era há 40, há 30 anos”.

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“Europa perde um pouco de si”, diz Jean-Claude Juncker

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2017

O presidente da Comissão Europeia salientou que a vida do seu "amigo Mário" Soares se confunde "com episódios marcantes do processo de construção da UE" e que a Europa perde um pouco de si.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, salientou hoje que a vida do seu “amigo Mário” Soares se confunde “com episódios marcantes do processo de construção da União Europeia” e que a Europa perde um pouco de si.

A vida de Mário Soares, disse Juncker, em comunicado, “confunde-se com a história recente de Portugal e com episódios marcantes do processo de construção da União Europeia”.

Para Juncker, Soares foi “orgulhosamente português” e “orgulhosamente europeu”, destacando ainda que “com o seu desaparecimento, Portugal e a Europa perdem um pouco de si”.

Numa nota pessoal, Juncker destacou também que “o meu amigo Mário nunca virou a cara à luta e às responsabilidades de um democrata”.

O presidente da Comissão Europeia destacou, também, “a resistência à ditadura e a luta determinada por uma transição do seu país para a democracia”, considerando Soares “símbolo e artífice deste processo”.

“Mário Soares contribuiu para tornar irreversível um processo de democratização que alastraria pelo Sul da Europa e que colocou Portugal, mas também Espanha e Grécia, no caminho da adesão ao projeto europeu, âncora desses valores democráticos”, considerou.

“A vida de Mário Soares deixa-nos na altura em que celebramos os 30 anos da adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia onde, sem surpresa, é o seu nome que consta do tratado de adesão”, escreveu.

O antigo Presidente da República Mário Soares morreu hoje aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, onde se encontrava internado desde o dia 13 de dezembro.

Mário Soares desempenhou os mais altos cargos no país e a sua vida confunde-se com a própria história da democracia portuguesa: combateu a ditadura, foi fundador do PS e Presidente da República.

Nascido a 07 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares foi fundador e primeiro líder do PS, e ministro dos Negócios Estrangeiros após a revolução do 25 de Abril de 1974.

Primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, foi Soares a pedir a adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e a assinar o respetivo tratado, em 1985. Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.

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Marcelo: Foi “lutador da liberdade” e combateremos pelo seu legado

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2017

O Presidente da República recordou o antigo chefe de Estado Mário Soares, acima de tudo, como um "lutador da liberdade" e defendeu que Portugal tem o dever de combater pela imortalidade do seu legado.

O Presidente da República recordou hoje o antigo chefe de Estado Mário Soares, acima de tudo, como um “lutador da liberdade” e defendeu que Portugal tem o dever de combater pela “imortalidade do seu legado”.

Numa declaração de cerca de quatro minutos, lida na Sala das Bicas do Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “Mário Soares nasceu e formou-se para ser um lutador e para ter uma causa para a sua luta: a liberdade”, e considerou que esse foi “o penúltimo combate” que travou.

“Resta a Mário Soares, como inspirador, travar o derradeiro combate, aquele em que estamos e estaremos todos com ele: o combate pela duradoura liberdade com justiça na nossa pátria comum, que o mesmo é dizer, o combate da imortalidade do seu legado, um combate que iremos vencer, porque dele nunca desistiremos, tal como Mário Soares nunca desistiu de um Portugal livre, de uma Europa livre, de um mundo livre. E, no que era decisivo, ele foi sempre vencedor”, acrescentou.

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Governo decreta três dias de luto nacional

A partir de Nova Deli, Índia, António Costa declarou três dias de luto nacional. O primeiro-ministro não vai marcar presença no funeral de Mário Soares.

A partir de Nova Deli, na Índia, o primeiro-ministro português, António Costa, decretou três dias de luto nacional, adiantando que o funeral de Mário Soares vai merecer honras de funeral de Estado.

Perdemos hoje o rosto e voz da nossa liberdade”, começou por dizer António Costa. “Mário Soares bateu-se pela liberdade contra a ditadura e sofreu com a prisão. E continuou a bater-se pela liberdade já após o fim da ditadura. Devemos-lhe o fim do colonialismo e a oção europeia”, referiu.

“Estamos eternamente gratos. É a perda de alguém insubstituível”, disse ainda António Costa, que não vai marcar presença no funeral de Mário Soares por se encontrar em visita oficial de Estado à Índia.

Mário Soares morreu este sábado no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, aos 92 anos.

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