Grécia “está melhor” mas é preciso implementar reformas

  • Lusa
  • 23 Setembro 2017

Jeroen Dijsselbloem diz que a Grécia “deve realizar até ao fim do programa, em agosto de 2018, as reformas”.

A economia grega “está melhor”, mas o país deve dar prioridade à “estabilidade económica e política” e à “implementação de reformas”, defendeu o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, numa entrevista publicada no diário grego Ta Nea.

A Grécia “deve realizar até ao fim do programa, em agosto de 2018, as reformas” reclamadas pelos credores, insistiu o líder dos ministros das Finanças da zona euro, numa entrevista que antecipa uma visita a Atenas na segunda-feira.

“A viabilidade da dívida pública grega (de 179% do Produto Interno Bruto – PIB) será estudada no final do programa, se a Grécia respeitar os compromissos”, como a implementação das reformas, disse Dijsselbloem.

O presidente do Eurogrupo afirmou que a Grécia “permanecerá sob supervisão depois do resgate”, o que é habitual, dando o exemplo dos programas da Irlanda, de Espanha e de Chipre.

Dijsselbloem vai reunir-se com os principais governantes gregos, entre eles o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, e o ministro das Finanças, Euclides Tsakalotos.

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Mais de meio milhão de pessoas querem manter Uber em Londres

  • Lusa
  • 23 Setembro 2017

O regulador dos transportes públicos de Londres não renovar a licença da Uber na capital britânica. Uma decisão que levou mais de 500 mil pessoas a assinar uma petição.

Mais de 500 mil pessoas exigem que o regulador dos transportes públicos da capital britânica, Transport For London (TfL), revogue a decisão de não renovar a licença de operação em Londres da empresa norte-americana Uber.

Na sexta-feira, o regulador TfL anunciou que a Uber, plataforma norte-americana de transporte de passageiros, não vai renovar a licença (que termina a 30 de setembro) da empresa para operar em Londres por se considerar que oferece medidas de segurança insuficientes.

Pelas 13:00 (hora de Lisboa), eram já 509.689 as pessoas que já tinham assinado uma petição online na plataforma Change.org, lançada pela Uber e intitulada “Save your Uber” (Salva o teu Uber).

“Ao querer banir a nossa aplicação da capital [britânica], a TfL e o município de Londres cederam a um pequeno número de pessoas que querem restringir a escolha do consumidor. Se esta decisão prevalecer, serão mais de 40.000 os motoristas com licença a perder o emprego e milhões de londrinos a serem privados de uma forma conveniente e acessível de transporte”, afirma a Uber na petição.

"Ao querer banir a nossa aplicação da capital [britânica], a TfL e o município de Londres cederam a um pequeno número de pessoas que querem restringir a escolha do consumidor. Se esta decisão prevalecer, serão mais de 40.000 os motoristas com licença a perder o emprego e milhões de londrinos a serem privados de uma forma conveniente e acessível de transporte.”

Uber

O regulador questiona os controlos que a Uber, que gere uma aplicação telefónica de serviços de transporte de passageiros, faz aos seus motoristas, bem como a sua atitude perante possíveis delitos graves.

O presidente da Câmara de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, apoiou a decisão da TfL, organismo que preside, e declarou que seria “errado continuar a emitir uma licença à Uber se podia supor um risco para a segurança dos londrinos”. “Quero que Londres esteja à frente da inovação e da tecnologia e que seja um lar natural para novas empresas que proporcionem serviços melhores e mais acessíveis para os londrinos”, afirmou.

“Mas todas as empresas devem respeitar as normas e aderir às regras vigentes, especialmente no que se refere à segurança dos clientes”, adiantou. Khan sublinhou que “todos os serviços de aluguer privados devem respeitar a lei”.

O presidente da comissão parlamentar sobre táxis, o também trabalhista Wes Streeting, apoiou “a valente decisão” da TfL e sublinhou que a empresa já foi proibida noutras cidades da Europa e dos Estados Unidos. Streeting recordou que no Reino Unido a Uber, cujos condutores são particulares que operam através da sua aplicação, não denunciou apropriadamente presumíveis delitos de violação e abuso sexual a passageiros e que foi acusada pelos seus empregados de não garantir os mais básicos direitos laborais.

Logo na sexta-feira, a Uber anunciou que vai contestar nos tribunais a decisão do regulador de transportes de Londres.

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Autárquicas? Força nas canetas… nos cartazes e nos concertos

Antes dos resultados, já há vencedores: músicos, empresas de brindes, gráficas, agências publicitárias ou empresas de transportes são os grandes beneficiados com as autárquicas.

As campanhas eleitorais já não são o que eram. A palavra de ordem é contenção e os orçamentos disponíveis para as campanhas reduziram-se em muitos milhões face ao que os partidos gastaram há quatro anos, mas há coisas que não mudam. Em ano de autárquicas, as câmaras têm mais dinheiro para gastar em festas populares e os negócios agradecem a ajuda em meses tradicionalmente parados. Antes dos resultados, já há vencedores: músicos, empresas de brindes, gráficas, agências publicitárias ou empresas de transportes são os grandes beneficiados com as autárquicas.

Este ano, as principais forças políticas vão gastar quase cinco milhões de euros só em brindes. O PS destaca-se, de longe: vai gastar quase dois milhões de euros só para oferecer canetas, porta-chaves, chapéus e afins aos eleitores. Mas, no global, os socialistas vão seguir a tendência dos restantes partidos e cortar o orçamento total em 28%. No extremo oposto está o Bloco de Esquerda, que vai gastar pouco mais de 3.600 euros em brindes e outras ofertas.

O orçamento dos partidos para a campanha das autárquicas

Mesmo os limites impostos pelo Tribunal Constitucional para os valores dos principais meios de campanha — uma lista indicativa que serve para evitar a inflação desregulada de preços em época de eleições — estão mais baixos do que há quatro anos. Em 2013, o Tribunal Constitucional apontava para que o aluguer de estruturas metálicas para cartazes, por exemplo, custasse entre 800 e 975 euros, para um aluguer até três meses. Nestas autárquicas, baixou o intervalo para 600 a 975 euros.

Mas, com ou sem cortes, as empresas de brindes agradecem, mesmo que seja já mesmo em cima do acontecimento. “O político português é como o empresário. Faz tudo em cima da hora. Só para aí em agosto é que começámos a receber telefonemas”, conta Nuno Oliveira, diretor de marketing da Nobrinde. Mas, quando os telefonemas chegam, chegam em força.

“As autárquicas rendem mais do que as legislativas, porque temos muito mais gente a querer os nossos produtos. Nas legislativas, temos quatro ou cinco clientes, que são os maiores partidos. Nas autárquicas, temos muito mais”, diz o responsável. No fim, as vendas de canetas, t-shirts e bandeiras, os produtos mais escolhidos, são suficientes para combater a sazonalidade típica dos meses de agosto e setembro e aumentar as receitas em 15% a 20%. “Haver autárquicas é a diferença entre ter um mês mau ou ter um mês ao nível dos outros”.

O preço é o mesmo, mas há mais trabalho

Este sábado, pelas 17h00, Emanuel vai estar na Quinta da Pícua, na Maia, a animar o comício do movimento Maia em Primeiro, do PSD. Mais tarde, às 21h00, vai ser possível encontrá-lo a atuar na festa de apresentação dos candidatos do PS à freguesia do Lordelo, da câmara de Paredes.

“Não é como antigamente”, diz Samuel Monteiro, o manager de Emanuel. “Já não há tantos comícios”, mas o artista não se queixa. “O Emanuel tem sempre muito trabalho, é sempre muito requisitado. O que muda é que temos datas que não estavam previstas, porque participamos em comícios”, explica Samuel Monteiro.

Há mais trabalho, mas não rende mais, mesmo com o pretexto das autárquicas. “Não cobramos mais, o preço é fixo. Mas há mais trabalho. Em ano de eleições, os orçamentos das autarquias aumentam, há sempre mais festas e, por isso, os artistas têm sempre mais trabalho”, conta.

É fácil de verificar isso. Numa pesquisa pelo portal Base, que reúne os contratos assinados por entidades públicas, percebe-se que este ano correu muito melhor a Quim Barreiros, um dos artistas de música pimba mais requisitados, do que o ano passado. Até 22 de setembro, foram publicados no portal 26 contratos celebrados com o cantor, num valor global que supera os 220 mil euros. No ano passado, Quim Barreiros só foi contratado por autarquias por 16 vezes, encaixando cerca de 140 mil euros.

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Sismo agita Coreia do Norte. Investigada “possível explosão”

  • Lusa
  • 23 Setembro 2017

A agência meteorológica da Coreia do Sul registou um sismo de magnitude 3.0 na Coreia do Norte. Alguns especialistas dizem que pode ter sido provocado "por uma explosão”.

A agência meteorológica da Coreia do Sul registou um sismo de magnitude 3.0 na Coreia do Norte, mas avaliou este dado como um fenómeno natural, ao contrário de especialistas chineses que falam numa “explosão”.

Um funcionário da agência sul-coreana, que não se quis identificar, explicou que hoje foi detetado um sismo na área em redor de Kilju, no nordeste da Coreia do Norte, garantindo que o abalo não foi provocado por uma explosão artificial.

Em contrapartida, o serviço sismo chinês CENC fala de um abalo com magnitude 3.4 provocado “possivelmente por uma explosão”, ressalvando que o local do epicentro é praticamente do que foi sentido a 3 de setembro quando a Coreia do Norte realizou o seu sexto e mais poderoso teste nuclear. Um teste que levou o o Conselho de Segurança da ONU a impor sanções à Coreia do Norte.

Neste sentido, a China já anunciou que vai limitar o abastecimento de petróleo à Coreia do Norte a partir de 1 de outubro. O Ministério do Comércio chinês anunciou também em comunicado a proibição geral das importações de têxteis norte-coreanos.

A China é o principal parceiro comercial de Pyongyang e, tradicionalmente, o seu principal apoio político, mas nos últimos meses aceitou a aprovação de duras sanções contra o país liderado por Kim Jong-un pelo Conselho de Segurança da ONU.

O novo pacote de sanções aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, a 11 de setembro visa pressionar Pyongyang a acabar com os seus programas de desenvolvimento de armas nucleares e mísseis. As sanções foram consideradas por Pyongyang como “ato de hostilidade para eliminar fisicamente as pessoas” da Coreia do Norte.

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Nestlé cria milhares de empregos em Cascais

  • ECO
  • 23 Setembro 2017

A multinacional vai abrir, numa primeira fase, 600 postos de trabalho altamente qualificados, um número que deve duplicar na segunda fase.

A Nestlé vai criar milhares de postos de trabalho em Cascais. Um anúncio que será feito por Carlos Carreiras, atual presidente da Câmara de Cascais e candidato da coligação PSD/CDS nas autárquicas. Esta aposta da empresa faz parte de um projeto de reestruturação imobiliário na Quinta da Alagoa, em Carcavelos, que envolve um investimento de 50 milhões de euros e a criação de 2.500 empregos.

Segundo o Expresso [acesso pago], a Nestlé vai abrir, numa primeira fase, 600 postos de trabalho altamente qualificados, um número que deve duplicar na segunda fase para um total de 1.200 empregos. O projeto Quinta da Alagoa, diz o jornal, prevê a transferência da fábrica de material elétrico da Legrand, em Carcavelos, para outra zona do concelho de Cascais. No seu lugar irá surgir um novo complexo que vai avançar com uma remodelação de forma a prepará-lo para outras valências.

Neste sentido, serão instalados, numa área total de 45 mil metros quadrados, espaços destinados a escritórios, residências universitárias, comércio, restauração e serviços, para além de um pavilhão gimnodesportivo. É no espaço dedicado aos escritórios que ficará instalado o novo centro de serviços partilhados da Nestlé. Segundo fonte da autarquia, o novo projeto da empresa em Cascais é feito em parceria com o novo polo da Universidade Nova, que vai abrir em breve a School of Business & Economics, também em Carcavelos.

Ao Expresso, o atual presidente da Câmara de Cascais garantiu que todos os contratos associados a este projeto estarão assinados até ao final do mês de setembro. E que o calendário não teve em conta as eleições do próximo fim de semana. “Andamos nisto há um ano e meio”, conclui.

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Secretas arrasam com ministro. Agiu “com ligeireza” no caso Tancos

  • ECO
  • 23 Setembro 2017

A gestão de Azeredo Lopes foi de "ligeireza, quase imprudente". Esta é a conclusão de um relatório do serviço de informações militares sobre o caso de Tancos.

O serviço de informações militares critica a atuação do ministro da Defesa no caso do roubo de armamento na base de Tancos. Num relatório, enviado para a Polícia Judiciária e para o Serviço de Informações de Segurança, pode ler-se que Azeredo Lopes agiu “com ligeireza, quase imprudente”, revelando uma “arrogância quase cínica”. O Chefe de Estado-Maior do Exército também é alvo de críticas.

De acordo com o Expresso (acesso pago), o documento de 63 páginas, que terá sido elaborado em julho, apenas um mês depois de ter sido anunciado o assalto, as secretas classificam o incidente de Tancos como algo de “extrema gravidade, devendo ser investigado e definidas todas as consequências”. Sobre a atuação do general Rovisco Duarte, Chefe de Estado-Maior do Exército, o militar é acusado de “não ter tirado consequências dos seus atos“. O general pôs o lugar à disposição, mas o ministro não aceitou a sua demissão.

Ao longo do relatório, ministro e militar são acusados de terem falhado “ao não terem dado aos paióis o tratamento de infraestrutura crítica no âmbito da sua proteção”. O documento revela ainda que o assalto revela “fragilidade de liderança e da capacidade de gestão de crise, quer ao nível militar, quer ao nível político”.

No início desta semana, o ministro da Defesa sustentou que o Governo “fez o que devia ser feito e num tempo muito curto” na sequência do furto no paiol de Tancos e revelou que foram abertos três processos disciplinares no Exército. Numa intervenção no debate de atualidade no plenário da Assembleia da República, Azeredo Lopes não respondeu a perguntas dos deputados para que esclarecesse as suas afirmações numa entrevista na qual disse que “no limite, pode não ter havido furto”, aludindo à ausência de provas.

Armas podem ter ido para jihadistas

Ao todo, são apontados dez cenários sobre a execução do assalto. Mas, neste conjunto, apenas três são considerados como “muito prováveis”. Em dois, supõem-se que terá havido conivência de militares da base com o crime organização. Uma hipótese que foi levantada pelo general Rovisco Duarte.

Outra hipótese é de o assalto estar relacionado com o extremismo islâmico, já que o sul de Portugal é apontado como um dos alvo dos jihadistas. Segundo o documento, a nova estratégia do Daesh passa por aproveitar o caos na Líbia para infiltrar operacionais entre os refugiados e aumentar assim o número de atentados em países como França, Itália e Portugal.

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Proprietários culpam inquilinos pelo negócio paralelo de arrendamento a estudantes

  • Lusa
  • 23 Setembro 2017

A Associação Nacional de Proprietários diz que o arrendamento de quartos a universitários "é um negócio dos inquilinos que não pagam impostos".

A Associação Nacional de Proprietários (ANP) afirma que o arrendamento de quartos a estudantes universitários “é um negócio dos inquilinos que não pagam impostos nenhuns, não passam recibos nenhuns e metem o dinheiro ao bolso”, reivindicando fiscalização.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da ANP, António Frias Marques, disse que o arrendamento a universitários não é feito pelos proprietários, mas sim pelos inquilinos que fazem subarrendamentos. “Conheço muitos casos em que as pessoas alugam as casas e nem se quer lá vivem, fazem um dinheirão com isso, é a chamada economia paralela”, indicou António Frias Marques, advogando que estes inquilinos “pagam rendas mixurucas, porque os senhorios não podem atualizar as rendas”.

Na perspetiva do representante dos proprietários, esta realidade acontece um pouco por todas as zonas do país onde há universidades, despertando maior preocupação na cidade de Lisboa. “Não há fiscalização nenhuma”, criticou o presidente da ANP, apelando para uma intervenção ‘in loco’ dos funcionários das Finanças em relação aos inquilinos, já que “os senhorios não podem fugir um cêntimo aos impostos”.

"Conheço muitos casos em que as pessoas alugam as casas e nem se quer lá vivem, fazem um dinheirão com isso, é a chamada economia paralela.”

António Frias Marques, presidente da Associação Nacional de Proprietários

Relativamente à subida de preços no arrendamento de quartos a estudantes, sobretudo em Lisboa, António Frias Marques referiu que o disparar dos preços tem a ver com a existência de “uma população universitária relativamente elevada”, para a qual “as residências universitárias não dão resposta”, afastando a ideia de ser uma consequência do desenvolvimento do alojamento local.

Em resposta às acusações dos proprietários, o presidente da Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL), Romão Lavadinho, advogou que o arrendamento de quartos a estudantes universitários “é um problema que não tem a ver com os inquilinos, tem a ver com a situação das famílias portuguesas, que tendo baixos rendimentos veem-se obrigadas muitas vezes a arrendar uma parte das suas casas a estudantes”.

Apesar de desculpabilizar os inquilinos em relação à opção de arrendar quartos a estudantes, o presidente da AIL discorda dos preços que estão a ser pedidos, considerando que “são errados os valores que estão a ser pedidos aos estudantes”.

Com uma posição diferente, o presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), Luís Menezes Leitão, afirmou que o arrendamento a estudantes “é perfeitamente legal”, por funcionar através de “um contrato de arrendamento de quartos”. “Se for praticado por inquilinos, consideramos a situação abusiva, porque o inquilino está, neste caso, a obter lucros à custa de um imóvel que é de outrem e que lhe foi arrendamento para habitação […] não é ilegal, mas é abusivo”, indicou Luís Menezes Leitão, sugerindo que seja repensada a possibilidade de subarrendamento por parte dos inquilinos.

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Falta de residências universitárias em Lisboa é “um problema colossal”

  • Lusa
  • 23 Setembro 2017

O presidente a Federação Académica de Lisboa defende que o número de camas em residências universitárias em Lisboa é reduzido. Em alguns casos, o rácio é de uma cama para dez mil estudantes.

A falta de residências universitárias é um problema “colossal”, segundo o presidente da Federação Académica de Lisboa, que defende um investimento nesta área e a possibilidade de as famílias poderem deduzir em IRS as despesas com o arrendamento.

Em declarações à agência Lusa, João Rodrigues explicou que na cidade de Lisboa, onde existem três universidades públicas e um instituto politécnico, o número de camas em residências universitárias é reduzido, nalguns casos o rácio é de uma cama para dez mil estudantes.

“É colossal. Do ano passado para este houve um aumento de preços de 10% em termos médios”, disse João Rodrigues, acrescentando que há casos de estudantes a pagar 450 euros por um quarto, que é 60% do valor financeiro disponível do agregado familiar para o estudante frequentar o ensino superior. Face ao aumento do número de estudantes, à pressão turística e ainda devido às alterações legislativas de atualização dos preços do arrendamento de casas, os preços dispararam nos últimos dois anos.

"É colossal. Do ano passado para este houve um aumento de preços de 10% em termos médios.”

João Rodrigues, presidente da Federação Académica de Lisboa

“Já exigimos ao Ministério do Ensino Superior que resolva esta questão apetrechando melhor as infraestruturas existentes”, disse João Rodrigues, adiantando que os estudantes defendem não só o aumento do financiamento das instituições de ensino superior, para que as residências universitárias sejam uma realidade, como também em sede de IRS permitir dedução de despesa.

O dirigente académico explicou que o próximo Orçamento do Estado deveria permitir a inscrição na rúbrica de despesas de educação do valor pago pelas famílias no arrendamento de casas ou quartos para um estudante deslocado. “Não é uma solução estrutural, é circunstancial, mas permitiria combater a evasão fiscal que existe claramente no mercado arrendatário a estudantes do ensino superior”, defendeu, observando que a medida moralizava o sistema, ajudava as famílias e teria retorno para o Estado.

Caso os alertas dos estudantes não sejam ouvidos para encontrar soluções para este problema que se está a agravar, João Rodrigues equaciona uma reação estudantil com protestos. “Se o Governo assume publicamente que o ensino superior é uma prioridade, tem de começar a dar o exemplo. Os estudantes têm feito diariamente, dando soluções construtivas e, caso não sejam ouvidos, cá estaremos para outras posições”, disse.

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Vice-presidente da UNITA diz que Portugal “verga” sempre perante Angola

  • Lusa
  • 23 Setembro 2017

Raúl Danda considera que Portugal se tem “vergado” nas relações com Angola, colocando-se numa “situação de verdadeira dependência”.

O vice-presidente da UNITA, Raúl Danda, considera que Portugal se tem “vergado” nas relações com Angola, colocando-se numa “situação de verdadeira dependência” e defende que falta um olhar “de igual para igual”.

“O facto de lá para trás Portugal ter colonizado Angola não devia fazer com que se jogasse um papel mais ou menos inverso, que é o que eu observo”, disse, em entrevista à Lusa.

“Se surge um órgão de comunicação social a falar de um membro do Governo [angolano], uma alta figura na hierarquia do MPLA, zangam-se, fazem uma birra que nem crianças, agora não queremos mais Portugal e Portugal verga. Quando Angola diz que a ministra não vem, agora não queremos, Portugal verga. Quando gritam agora podem vir para vir à tomada de posse [do novo Presidente, João Lourenço], Portugal verga”, afirmou.

Para o dirigente do maior partido da oposição angolano, “por uma questão de dignidade, a determinada altura é preciso que olhemos para os outros de igual para igual”.

Atualmente, existe “uma relação de verdadeira dependência de Portugal em relação a Angola” e isso “não é bom”.

Raúl Danda rejeita que esteja apenas em causa a defesa dos interesses dos portugueses que investem e trabalham em Angola.

“Neste momento, Angola precisa de Portugal e Portugal precisa de Angola. Não pode ser uma situação em que uns impõem as coisas como se os outros fossem os eternos necessitados. (…) Há angolanos que trabalham em Portugal e há portugueses que trabalham em Angola. Isto ficou uma aldeia global”, sustentou.

Angola condenou que a imprensa portuguesa tenha noticiado a constituição como arguido do então vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, por corrupção ativa.

Numa reação sobre o assunto, em fevereiro, o Governo angolano considerou “inamistosa e despropositada” a forma como as autoridades portuguesas divulgaram a acusação ao vice-Presidente de Angola, alertando que essa acusação ameaça as relações bilaterais.

No mês seguinte, o então ministro da Defesa angolano e candidato do MPLA às eleições de agosto – em que foi eleito Presidente -, João Lourenço, exigiu “respeito” das autoridades portuguesas às “principais entidades do Estado angolano”, admitindo que as relações bilaterais estavam “frias”.

Na sequência deste facto, ficou adiada “sine die”, a pedido de Angola, a visita da ministra da Justiça portuguesa, Francisca Van-Dúnem, a Angola, anunciada, em Luanda, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, durante a sua deslocação ao país africano, em fevereiro, e que estava prevista entre 22 e 24 do mesmo mês.

Também não se concretizou a anunciada visita a Angola do primeiro-ministro português, António Costa, que chegou a estar prevista para a primavera passada.

O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, estará presente na posse de João Lourenço, esta terça-feira, em Luanda.

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Sondagem dá maioria absoluta a Medina em Lisboa

  • ECO
  • 23 Setembro 2017

Um estudo da Aximage mostra que Fernando Medina deve ganhar em Lisboa com maioria absoluta. Já o PSD deve ficar atrás do CDS, no pior resultado de sempre em Lisboa para o partido.

Fernando Medina, o atual presidente da Câmara de Lisboa e candidato ao PS nas autárquicas, deve ganhar as eleições com maioria absoluta, de acordo com uma sondagem realizada pela Aximage para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã. Para 1 de outubro, Medina regista 47% das intenções de voto, abaixo do seu antecessor, António Costa, que conseguiu 50,9% dos votos.

O estudo da Aximage mostra ainda que o PSD vai ficar atrás do CDS. Assunção Cristas, candidata e líder do CDS, tem 12,6% das intenções de voto, mais 2,7 pontos do que a candidata do PSD, Teresa Leal Coelho. Se isto se confirmar, será o pior resultado de sempre para o partido liderado por Pedro Passos Coelho em Lisboa. Ambos os partidos devem eleger entre dois a três vereadores, em relação aos nove a dez vereadores de Medina.

João Ferreira, candidato da coligação encabeçada elos comunistas, regista 8,5% das intenções de voto. Do lado do Bloco de Esquerda, o partido liderado por Catarina Martins deverá regressar a Lisboa com Ricardo Robles.

A margem de erro na sondagem da Aximage é de 4%. Ou seja, há 95% de probabilidade de os resultados estarem dentro do intervalo de valores que vai entre a estimativa menos quatro pontos e a estimativa mais quatro pontos.

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Job Summit liga empresas e candidatos a 10 e 11 de outubro

  • Lusa
  • 23 Setembro 2017

O evento é “100% virtual” e os candidatos podem participar a partir de “qualquer lugar, evitando gastos em deslocações, estadias ou alimentação”.

O Job Summit, apresentado como “a primeira feira de emprego virtual ‘a sério’ em Portugal”, promove dias 10 e 11 de outubro um evento de recrutamento ‘online’ no qual os candidatos vão analisar em direto ofertas de trabalho.

Organizado pelo Alerta Emprego, um portal de emprego que intermedeia contactos entre empresas, recrutadores e candidatos, o Job Summit propõe-se por em contacto virtual, em tempo real, “milhares de candidatos com dezenas de empresas e recrutadores”.

Segundo a organização, estão já inscritos “mais de 1.800 candidatos e 29 empresas de vários setores de atividade” no evento, que decorre dias 10 e 11 de outubro entre as 10h30 e as 20h00.

“O contacto direto e a possibilidade de interação são a grande novidade e mais-valia do evento: será possível conversar em tempo-real, quer em espaços públicos como privados e através de texto, áudio ou vídeo”, explica, salientando que “o objetivo é dar resposta à principal frustração dos candidatos portugueses: não obterem ‘feedback’ por parte das empresas e sentirem-se perdidos nos processos de recrutamento”.

De acordo com os promotores, o evento é “100% virtual” e os candidatos podem participar a partir de “qualquer lugar, evitando gastos em deslocações, estadias ou alimentação”. Foi definido também um período pós-laboral, para que profissionais empregados possam participar.

Concebido como se de um evento físico se tratasse, o Job Summit apresenta um ecrã inicial designado ‘lobby’, que se assume como um ‘hall’ principal que dará acesso ao balcão de informações virtual e às principais áreas do evento: ‘webinars’ (sessões) e ‘stands’ virtuais das empresas.

"O evento é 100% virtual e os candidatos podem participar a partir de qualquer lugar, evitando gastos em deslocações, estadias ou alimentação.”

Job Summit

No balcão de informações, os participantes terão acesso aos horários dos ‘chats’ e poderão esclarecer qualquer questão que tenha com a organização do evento.

Segue-se um ‘hall das empresas’, onde os candidatos poderão aceder a todos os ‘stands’ presentes e a uma lista dos empregadores participantes, clicando no ‘stand’ ou na designação da empresa. Os candidatos podem ainda utilizar as duas setas laterais para navegarem pelo ‘hall’ e terem acesso aos ‘stands’ de todas as companhias participantes.

Nos ‘stands’ de cada uma das empresas estarão disponíveis uma descrição da companhia, vídeos, imagens, documentos, ofertas de emprego e entrada para o ‘chat’, ao qual se acede selecionando o separador pretendido e clicando na informação disponível.

Nas várias salas de ‘chat’ os candidatos poderão depois ‘falar’ diretamente com recrutadores, seja colocando questões no ‘chat’ coletivo ou por texto e/ou por áudio e vídeo nos ‘chats’ particulares.

Através do ‘lobby’ ou da barra de acesso geral poderá aceder-se também à área de ‘webninars’, sessões sobre procura de emprego onde será possível “assistir a sessões de diversos oradores a falar sobre temáticas interessantes para quem procura emprego”.

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“Se as contas estão melhor, paguemos a dívida para com o país”

  • Lusa
  • 23 Setembro 2017

A coordenadora do Bloco diz que é preciso "fazer o que ainda não foi feito", exigindo que se avance com a execução de todos os investimentos públicos previstos para 2017.

A coordenadora bloquista defendeu hoje que se as contas estão melhor é preciso pagar “a dívida para com o país”, exigindo a execução de todos os investimentos públicos previstos para 2017 para “fazer o que ainda não foi feito”.

No comício da campanha autárquica de hoje à noite, em Braga, Catarina Martins sublinhou que “entre as boas notícias da execução orçamental salta uma desilusão” que é do “investimento público que continua em níveis miseráveis” em áreas como a saúde, educação, habitação ou transportes.

“Se as contas estão melhor, paguemos a dívida para com o país. Cumprir em 2017 e ir mais longe em 2018”, defendeu, exigindo que “todos os investimentos que estavam previstos para 2017 sejam executados”.

O BE, de acordo com a sua líder, fez “um acordo para parar o empobrecimento numa legislatura” e avisa que não se pode “ficar a meio” porque é preciso “cumprir com a expectativa, com a esperança que uma nova maioria traz para o país”.

E foi no final do discurso de Catarina Martins que Pedro Abrunhosa entrou na campanha autárquica do BE com o tema “Fazer o que ainda não foi feito”.

“Vamos fazer o que ainda não foi feito, no país e nas autarquias. No país, como nas autarquias, vamos fazer o que nunca foi feito”, prometeu a líder do BE, tendo-se ouvido, no final, a música do cantor portuense.

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