Sindicato fecha aumento salarial de 1,3% para trabalhadores da REN

  • Lusa
  • 27 Abril 2017

Acordo foi alcançado ao fim de quatro reuniões: sindicato queria aumentos de 4%, REN propunha 0,2%.

O Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (Sindel) chegou hoje a acordo com a REN para um aumento salarial de 1,3% das remunerações base de todos os trabalhadores, com efeitos retroativos a 01 de janeiro.

Em comunicado hoje emitido, o Sindel, o sindicato mais representativo da REN – Redes Energéticas Nacionais, considerou que este acordo é “convergente com outros já negociados no setor energético” mas defende que a empresa liderada por Rodrigo Costa podia “ir mais além”.

Este acordo vai garantir um “aumento de 1,3%, com arredondamento ao euro superior, das remunerações base de todos os trabalhadores com salários dentro dos limites das bandas salariais do Acordo Coletivo de Trabalho”.

Também o subsídio de alimentação foi atualizado (para os 11,23 euros), bem como a remuneração por antiguidade (para os 12,61 euros) e a remuneração por turnos (para os 425 euros no máximo e para os 274,54 euros no mínimo).

O prémio, que é “pago de uma só vez” aos trabalhadores no ativo que “tenham seis meses de trabalho efetivo em 2016, avaliação de desempenho na componente ‘objetivos’ com apreciação global mínima de ‘Adequado (maior ou igual a 3,0)’ e sem faltas injustificadas, é de 200 euros.

O acordo determina ainda que a distribuição de resultados é feita “por colaborador” e está “dependente do desempenho” nos mesmos termos em que é atribuído o prémio, sendo “equivalente a 50% da respetiva remuneração base mensal”.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral do Sindel, Rui Miranda, disse que o acordo de atualização salarial foi alcançado ao fim de quatro reuniões com a REN, adiantando que a proposta inicial do sindicato era de 4%, muito acima dos 0,2% que a REN estava inicialmente disposta a conceder, tendo o aumento ficado nos 1,3%

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Governo vai contratar peritos para ajudar a analisar as candidaturas ao Portugal 2020

Os peritos externos independentes envolvidos nos processos de apreciação, seleção e decisão das candidaturas vão garantir uma "maior agilidade no processo de atribuição dos fundos às empresas".

O Governo vai contratar peritos para ajudar a analisar as candidaturas das empresas aos fundos europeus.

O Executivo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, uma alteração “ao Decreto-Lei que aprova as normas de execução do Orçamento do Estado para 2017”, que permitirá adquirir, “através de ajuste direto com consulta obrigatória a pelo menos três entidades até aos limiares comunitários”, “serviços de peritos externos independentes para apreciação de mérito científico-tecnológico ou inovador”, pode ler-se no comunicado do Conselho de Ministros.

Isto significa que passará a haver mais pessoas a analisar as candidaturas das empresas ao sistema de incentivos do Portugal 2020. Uma análise da qual depende o acesso ou não das empresas às verbas dos fundos estruturais.

Este reforço de “peritos externos” resulta da avalanche de candidaturas de empresas recebidas em 2016 e que sobrecarregaram o sistema, deixando-o à beira da rutura. Os serviços públicos estavam impedidos de contratar — nem pontualmente — para ajudar a analisar os projetos, como já aconteceu no passado, e as estruturas têm de se dividir para uma parte analisar as candidaturas e outra fazer o acompanhamento das mesmas. Uma forma de garantir total independência, mas que acaba por ter um custo em termos de rapidez na análise dos projetos.

Os peritos externos independentes vão estar envolvidos nos processos de apreciação, seleção e decisão das “candidaturas, garantindo-se uma maior agilidade no processo de atribuição dos fundos europeus às empresas”.

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Lucros da NOS aumentaram 28,7% no primeiro trimestre

  • ECO
  • 27 Abril 2017

Resultado líquido atinge 31,4 milhões de euros nos primeiros três meses do ano. Todos os segmentos de negócio registaram crescimentos.

Os lucros da NOS aumentaram 28,7% no primeiro trimestre do ano, atingindo 31,4 milhões de euros, de acordo com os resultados divulgados ao mercado.

Em comunicado, a NOS aponta para “crescimentos em todos os segmentos de negócio, quer em receita quer em clientes, quando comparado com o período homólogo de 2016”.

As receitas avançaram 2,9%, para 381 milhões de euros, “em resultado do contínuo crescimento de serviços” e o EBITDA cresceu 4,2%, atingindo 143,6 milhões de euros.

Em termos operacionais, o número de subscritores móveis atingiu quase 4,5 milhões, “com adições líquidas de 314 mil novos clientes face ao período homólogo”, indica o comunicado. Também se verificou um aumento, de 3%, a nível dos clientes de televisão por subscrição, que atingem agora 1,6 milhões.

A trajetória é igualmente positiva nos serviços de banda larga fixa — mais 9,1%, para aproximadamente 1,3 milhões — e telefone fixo — mais 5,5%, para 1,7 milhões.

“A NOS continua a investir no desenvolvimento e na inovação das redes e serviços, fatores fundamentais para reforçar a nossa posição competitiva. A evolução positiva, quer ao nível dos resultados financeiros quer operacionais comprovam a validade da estratégia implementada pelas equipas da NOS, apresentando crescimentos significativos num mercado maduro”, avança Miguel Almeida, CEO da NOS no mesmo comunicado.

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E se a United oferecesse 10.000 dólares, abandonava o avião?

  • ECO
  • 27 Abril 2017

Depois do escândalo da expulsão violenta de um passageiro, a United agora oferece até 10.000 dólares aos passageiros que se disponham a abdicar do lugar em caso de overbooking.

Compensações até 10.000 dólares para os passageiros que aceitem abdicar do seu lugar voluntariamente é a medida lançada pela United Airlines para contrariar o escândalo da expulsão violenta de um dos passageiros. A companhia tem como objetivo reduzir o número de passageiros forçados a abandonar o avião para “tão próximo de zero quanto possível”.

O passageiro retirado à força do avião arrastou consigo o preço das ações que precipitaram em queda. Contudo, a United parece ter recuperado rapidamente, sendo que as ações já ascenderam gradualmente até atingirem os mesmos níveis de antes do escândalo.

“Os pedidos de desculpa nunca serão suficientes” afirma a companhia, acusada de não demonstrar o devido arrependimento nos dias que se seguiram ao escândalo.

Oscar Munoz, o CEO, aponta como grande falha o facto “de as políticas terem interferido com os valores” da organização, problema a que o relatório do incidente, tornado público esta quinta-feira, pretende ajudar a resolver.

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14 mil esperados até ao final de 2017 na rota Lisboa-China

  • ECO
  • 27 Abril 2017

A Beijing Capital Airlines prevê receber a bordo da nova rota Portugal-China 14.000 passageiros até ao final de 2017. O ECO falou com Coral Chen, a diretora-geral da representação espanhola.

A Beijing Airlines vai inaugurar a rota direta entre Lisboa e China, com destino final Hangzhou e a única escala em Pequim. São 14.000 passageiros que se prevê a bordo até ao final do ano. Coral Chen, a diretora geral da representação em Espanha falou com o ECO no âmbito do workshop “O Mercado Chinês — Fidelizar o turista chinês: da Hospitalidade à Comunicação”.

Os aviões vão realizar esta rota três vezes por semana “para começar”. Coral Chen, a diretora-geral da representação em Espanha, diz que um aumento do número de voos “depende do comportamento do mercado”. Todas as quartas, sextas e domingos os portugueses poderão voar até Hangzhou quase sem paragens, sendo a única escala em Pequim.

Os preços dos voos servem vários segmentos. O preço para a classe económica começa nos 300 euros (sem taxas) mas os bilhetes da classe executiva podem chegar aos 16.000 euros (também sem taxas), o preço máximo praticado pela companhia.

Coral Chen acredita num impacto positivo para ambas as economias, chinesa e portuguesa, uma vez que “um voo trará um retorno de oito vezes o investimento” beneficiando sobretudo restaurantes, hotéis, lojas e outros serviços. Na sua perspetiva, os serviços “estão a preparar-se para receber os turistas chineses”, sendo que estes visitantes valorizam sobretudo “um turismo único, que se distinga de outros países”.

Quanto ao aeroporto a utilizar, o novo do Montijo não está nos planos da Beijing Capital Airlines, mas diz que terão de ser os aeroportos a fazer o plano que distribuirá as várias companhias por ambos os espaços.

Independentemente desta questão, a companhia já está no processo de registo para abrir um escritório em Portugal para dar continuidade ao trabalho iniciado com a nova rota. Uma base da companhia em território nacional? “Não, a curto prazo, seria impossível”, afirma Coral Chen.

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Acionistas da NOS aprovam regresso de António Domingues à administração da operadora

  • Lusa
  • 27 Abril 2017

António Domingues regressa à operadora depois de um curto mandato na liderança da Caixa Geral de Depósitos, entre 31 de agosto e 31 de dezembro.

Os acionistas da NOS aprovaram hoje, em assembleia-geral, a cooptação de António Domingues como vogal do Conselho de Administração da operadora para o mandato em curso, que termina em 2018.

De acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) com as deliberações da reunião magna de acionistas, foi aprovada a “ratificação da cooptação de António Domingues como vogal do Conselho de Administração para o mandato em curso (2016/2018)”.

António Domingues regressa, assim, à operadora, depois de um curto mandato na liderança da Caixa Geral de Depósitos, entre 31 de agosto e 31 de dezembro.

Na reunião de hoje, os acionistas da NOS aprovaram o relatório de gestão, balanço e contas, individuais e consolidadas e o relatório do governo da sociedade, relativos a 2016, bem como a aquisição e alienação de ações próprias e de obrigações próprias.

Foram também aprovados os pagamentos de um dividendo de 20 cêntimos por ação e de 1.186.010 euros aos administradores, “de acordo com o critério estabelecido pelo Conselho de Administração”, segundo o comunicado.

O lucro da NOS subiu 9,3% no ano passado, face a 2015, para 90,4 milhões de euros.

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O que Draghi dá, o petróleo tira

Os juros da dívida soberana caíram para mínimos de seis meses com o anúncio do BCE, mas a desvalorização do petróleo penalizou a Galp, que arrastou consigo a bolsa nacional.

Mario Draghi anunciou, esta quinta-feira, que o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter inalterada a taxa de juro diretora na Zona Euro. O anúncio foi suficiente para levar os juros da dívida portuguesa para mínimos de seis meses, mas o ânimo não chegou à bolsa. O petróleo afundou com um anúncio de aumento de produção por parte da Líbia e a Galp deslizou 2%, arrastando consigo o PSI-20, que interrompeu um ciclo de três sessões de ganhos. A exceção foi a Mota-Engil, que disparou 3,57%, depois de ter anunciado que vai mais do que duplicar o dividendo atribuído aos acionistas.

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“Não nos revemos nas palavras” de Marcelo sobre CFP, diz PSD

O PSD marcou esta quinta-feira uma conferência de imprensa, após a reunião da Comissão Política Nacional. Os sociais-democratas criticam novamente o Governo sobre as nomeações do CFP.

Em conferência de imprensa, José Matos Correia afirmou esta quinta-feira que o PSD não se revê nas palavras do Presidente da República sobre o Conselho de Finanças Públicas. O dirigente social-democrata considera que a intervenção de Marcelo deveria ter sido “mais pedagógica” para garantir a independência de entidades como a CFP. “Não nos revemos nas palavras do Presidente da República”, disse o deputado Matos Correia.

Para José Matos Correia, Marcelo Rebelo de Sousa deveria ter feito uma intervenção “mais favorável à necessidade de reforço das instituições independentes como é o caso do CFP”. Na sua interpretação da lei, dada esta tarde aos jornalistas, o Presidente da República considerou que existem “duas vontades que têm de se conjugar”: a do Governo e a do Tribunal de Contas e Banco de Portugal. “O que eu espero é que haja um diálogo prévio, porque a falta de diálogo significa que, às tantas, não se acertam os critérios”, acrescentou.

O PSD não concorda com essa posição e voltou a atacar a atitude do Partido Socialista e do Governo, tal como tinha feito esta quarta-feira no Parlamento. Matos Correia considera que ontem foi dada “a prova de que o PS se dá mal com as regras básicas da democracia”, acusando o Governo de querer “manipular a seu favor algumas instituições”. Em causa está a recusa não só das nomeações para o CFP, mas também para o Banco de Portugal.

“Ficou sempre muito claro para o PSD que a independência do CFP era um ponto central para o seu funcionamento”, declarou o deputado social-democrata. A interpretação do PSD é que essa independência só é garantida se o Governo nomear os nomes propostos pelo Tribunal de Contas e Banco de Portugal para o Conselho Superior do CFP. Matos Correia recordou o acordo de 2010 entre o PSD e o PS — que serviu para viabilizar o OE2011 –, defendendo que este “dizia que o Governo (algum órgão teria de o fazer) nomearia quem lhe fosse proposto”.

Ficou sempre muito claro para o PSD que a independência do CFP era um ponto central para o seu funcionamento.

José Matos Correia

Deputado do PSD

Os sociais-democratas consideram, por isso, que a recusa dos nomes por parte do Governo mostra que o Partido Socialista quer “domesticar quem o fiscaliza”. “Até onde e como é que o Governo pretende continuar a impossibilitar o CFP de funcionar com normalidade e assim condicionar o seu trabalho?”, questionou. PSD acusa assim o PS de não aceitar ser fiscalizado “por quem é verdadeiramente independente”, o que demonstra uma “total incapacidade de perceber as regras democráticas”.

Além de dizer que António Costa não explicou as razões da recusa dos nomes para o CFP, José Matos Correia referiu as notícias sobre os alegados chumbos do Governo para o Conselho de Administração do Banco de Portugal e o caso do aparte de Paulo Trigo Pereira enquanto presidente da Comissão de Orçamento e Finanças desta quarta-feira para o ministro das Finanças, Mário Centeno.

Sobre o primeiro caso, o deputado social-democrata acusou o PS de uma “tentativa de condicionar o Banco de Portugal com uma guerra permanente com o Governador”. Sobre o segundo caso, Matos Correia — que já foi presidente de comissões parlamentares — referiu que “dar indicações ao ministro das Finanças sobre como se deve comportar” não faz parte da normalidade dos trabalhos. O dirigente disse que os presidentes das comissões “não servem para dar palpites, nem para serem treinadores de bancada”.

Até onde e como é que o Governo pretende continuar a impossibilitar o CFP de funcionar com normalidade e assim condicionar o seu trabalho?

José Matos Correia

Deputado do PSD

O tema das nomeações para o Conselho de Finanças Públicas foi um dos mais quentes esta quarta-feira no debate quinzenal na Assembleia da República. Foi Pedro Passos Coelho quem trouxe o assunto, questionando António Costa: “Porque é que o Governo entendeu que não podia nomear as propostas feitas pelas entidades independentes?”

Em resposta, o primeiro-ministro referiu que “se a proposta tivesse sido sua certamente que eu lhe daria satisfações sobre esta matéria”. Costa afirmou que a nomeação veio do Banco de Portugal e do Tribunal de Contas, “que não sentiram necessidade de questionar” a recusa do Governo.

Passos Coelho insistiu referindo que “a resposta do senhor primeiro-ministro é inaceitável”. “O presidente do Tribunal de Contas e o governador do Banco de Portugal não representam o povo português, mas os deputados sim”, continuou o presidente do PSD, recordando que “o Conselho de Finanças Públicas foi criado na sequência de um acordo feito entre o PSD e o governo do Partido Socialista em 2010”.

O líder da oposição acusou o Partido Socialista de “faltar a um compromisso que foi assumido por um Governo do PS”, violando “o espírito dessa lei”. “O Partido Socialista lida mal com as instituições independentes e lida mal com o Parlamento, a quem não entende dever satisfações”, criticou Pedro Passos Coelho.

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Empresários franceses em Portugal apelam ao voto em Macron

Perante a ameaça de Le Pen, os Conselheiros do Comércio Externo de França em Portugal fazem um "apelo para travar" as "ideias irresponsáveis" da Frente Nacional e "votar em Emmanuel Macron".

Os empresários franceses com investimentos em Portugal lançaram esta quinta-feira um apelo ao voto em Emmanuel Macron.

Numa nota a que o ECO teve acesso, os Conselheiros do Comércio Externo de França em Portugal sublinham que a “França e os franceses serão confrontados, no dia 7 de maio, com uma escolha decisiva para o futuro do país e da Europa”. Em causa está na segunda volta das eleições presidenciais escolher entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen.

Apesar de as sondagens apontarem para uma vitória confortável de Macron sobre Le Pen — no próprio domingo uma sondagem do Ipsos junto de 2.024 pessoas depois de anunciados os resultados revelam que numa segunda volta Macron venceria com 62% dos votos — os receios persistem até porque nem todos os nove candidatos que ficaram pelo caminho na primeira volta deste domingo apelaram ao voto em Macron. É o caso, por exemplo de Jean-Luc Mélechon, o candidato da extrema-esquerda França Insubmissa. A vitória de Macron foi aliás muito bem recebida pelos mercados.

“Uma candidata propõe um programa absolutamente protecionista e anti-europeu que iria desestabilizar a França, as suas empresas e, consequentemente, a vida dos seus concidadãos”, alertam os empresários franceses no mesmo comunicado.

Uma saída do euro, da UE, seria um golpe fatal para a nossa pátria e para a Europa. A explosão das nossas dívidas soberanas, as guerras comerciais, as desvalorizações competitivas iriam arruinar as nossas economias e as dos nossos parceiros”, acrescentam os conselheiros.

"Uma saída do euro, da UE, seria um golpe fatal para a nossa pátria e para a Europa. A explosão das nossas dívidas soberanas, as guerras comerciais, as desvalorizações competitivas iriam arruinar as nossas economias e as dos nossos parceiros.”

Conselheiros do Comércio Externo de França em Portugal

“Perante esta ameaça, cabe-nos a nós, mulheres e homens de negócios, lançar um apelo para travar estas ideias irresponsáveis e votar em Emmanuel Macron, que está para nós em linha com os valores e ideais europeus”, concluem os empresários.

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Galp desliza 2% e arrasta PSI-20 para o vermelho

O índice luso fechou em terreno negativo, a acompanhar o sentimento negativo dos pares europeus, condicionado pelo deslize das ações da Galp Energia.

A bolsa nacional terminou no vermelho, em sintonia com o desempenho das pares europeias, num dia marcado pela reunião do BCE que decidiu manter os juros em mínimos históricos e o programa de compra de ativos, apesar de destacar a “sólida e abrangente” recuperação económica da Zona Euro. Em Lisboa, o principal índice de referência acabou por ser pressionado pelo tombo de mais de 2% das ações da Galp Energia.

O índice PSI-20 recuou 0,26%, para os 5.041,96 pontos, dando como terminado um ciclo de três sessões consecutivas de ganhos, enquanto na Europa, o Stoxx Europe 600 perdeu 0,24%, para os 387,8 pontos.

Por cá, a sessão foi de perdas para a maioria das cotadas do índice de referência, com a Galp Energia a ser a principal responsável por esse desempenho. As ações da petrolífera deslizaram 1,9%, para os 14,18 euros, arrastadas pela quebra dos preços do “ouro negro” nos mercados internacionais. O barril de brent recuava 2,3%, para os 50,63 dólares, enquanto o crude deslizava 2,42%, para os 48,42 dólares/barril, condicionados pelo anúncio de que a Líbia planeia aumentar gradualmente o seu output de petróleo. O país africano retomou a atividade do seu maior campo petrolífero.

O desempenho do PSI-20 foi ainda condicionado pelo recuo de 1,27%, para os 20,14 cêntimos das ações do BCP. Referência também para os títulos da EDP que perderam 0,64%, para os 3,08 euros, apesar de um relatório divulgado pela EDP Renováveis ter considerado adequado o preço oferecido na OPA pela casa-mãe. Contudo, coube à Pharol o registo mais negativo da sessão. As suas ações derraparam 6,77%, para os 25 cêntimos.

Em alta, destaque para a Mota-Engil, que foi a cotada do PSI-20 que mais valorizou. As suas ações somaram 3,57%, para os 2,38 euros, negociando em máximos de 2015, depois de a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins ter anunciado que pretende mais do que duplicar o dividendo relativo ao exercício do ano passado. Nota positiva ainda para a Nos que viu os seus títulos apreciarem-se 1,74%, para os 5,43 euros. Em alta, destacaram-se também as retalhistas Jerónimo Martins e Sonae, que viram os seus títulos avançarem 0,93% e 0,97%, respetivamente, para os 16,84 euros e 94 cêntimos.

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Papa: O que dizem os partidos sobre a tolerância de ponto?

  • Lusa e ECO
  • 27 Abril 2017

Governo vai conceder tolerância de ponto nos serviços públicos a 12 de maio, dia em que o Papa Francisco chega a Portugal para o centenário das aparições de Fátima. O que pensam os partidos?

BE e PCP afirmaram hoje não se opor à tolerância de ponto no primeiro dia da visita do Papa a Fátima, uma competência do Governo, mas os comunistas têm dúvidas devido à “separação entre as Igrejas e o Estado”. PSD e CDS concordam com a decisão.

“A decisão de decretar tolerância de ponto a propósito da visita do Papa é da responsabilidade do Governo. Trata-se de uma decisão que, embora se compreenda, suscita a dúvida sobre se as razões invocadas – a visita do Papa e a expressão da população católica no nosso País – a justificam, considerando a separação entre as Igrejas e o Estado”, afirmou o secretário-geral do PCP numa resposta a uma pergunta da Lusa.

Já os bloquistas, através de uma fonte da direção, afirmaram à Lusa que a tolerância de ponto, “sendo da exclusiva responsabilidade do Governo, o Bloco de Esquerda não se opõe”.

Por seu turno, PSD e o CDS-PP concordam com a tolerância de ponto que o Governo vai decretar. O deputado do PSD Duarte Pacheco declarou-se favorável à decisão, afirmando que o Governo “compreendeu que o país é maioritariamente católico” e que, em Fátima, com a visita do Papa, o centenário das aparições e a canonização de dois pastorinhos, “é um acontecimento excecional”.

“E para acontecimentos excecionais, tomam-se medidas excecionais”, disse, recusando a ideia de que, com esta decisão, se está a colocar em causa o Estado laico.

Pelo CDS, o deputado Filipe Anacoreta Correia também concorda com a decisão, interpretando-a como o “reconhecimento da importância do Papa Francisco, da Igreja Católica em Portugal e que esta visita mexe com milhares de pessoas que vão deslocar-se a Fátima”.

“Com esta decisão, o Governo teve a preocupação de se associar a uma circunstância de grande alegria para os portugueses”, concluiu.

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), que, como o PCP e o BE, também apoia o Governo do PS, não se pronuncia “por se tratar de uma competência exclusiva do Governo” e por não conhecer os fundamentos para a tolerância de ponto.

Também questionado pela Lusa, o líder parlamentar e presidente do PS, Carlos César, afirmou concordar com a decisão do Governo, afirmando não considerar excessivo decretar a tolerância de ponto na função pública.

Em resposta à Lusa, André Silva, do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), não se pronuncia abertamente sobre a tolerância de ponto, mas “defende, acima de tudo, o direito fundamental da liberdade de culto, entendendo que a democracia que regula para a maioria deve garantir também a igualdade entre todas as minorias”. E anuncia que nessa sexta-feira, 12 de maio, e equipa do PAN estará a trabalhar.

O Governo vai conceder tolerância de ponto nos serviços públicos a 12 de maio, dia em que o Papa Francisco chega a Portugal para o centenário das “aparições” de Fátima, disse hoje à Lusa fonte do executivo.

A mesma fonte adiantou à agência Lusa que a tolerância de ponto será dentro em breve anunciada formalmente pelo Governo.

O Papa Francisco visita Fátima a 12 e 13 de maio para canonizar os dois pastorinhos Jacinta e Francisco no centenário das “aparições” na Cova da Iria, em 1917.

O Papa tem também encontros agendados com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro, António Costa.

 

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Ministério Público dá mais tempo para conclusão da Operação Marquês

A recolha de provas deverá ficar concluída na primeira semana de maio. Os investigadores aguardam agora informações de Angola e da Suíça.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) concedeu aos investigadores mais tempo para a conclusão da Operação Marquês. Em comunicado enviado às redações esta tarde, a PGR informa que a equipa de investigação terá mais três meses, após a devolução da última carta rogatória, para fechar o caso que envolve José Sócrates.

O inquérito da Operação Marquês, bem como a emissão do despacho final, deveriam ter ficado concluídos este mês, mas, em março, os magistrados do processo pediram à PGR que prolongasse o prazo. A PGR, por seu lado, considerou que este pedido se justificava e pediu ao diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) que prestasse informações sobre o porquê de o prazo inicial não ter sido cumprido.

Segundo as informações entretanto prestadas pelo diretor do DCIAP à PGR, foi “estabelecido um prazo para a realização das diligências que estavam em falta”, de modo a que os trabalhos dos magistrados passem a centrar-se “em exclusivo na elaboração do despacho final”. Foi ainda “determinada a reorganização da forma de relacionamento entre os magistrados e o órgão de polícia criminal, designadamente com a redefinição do quadro de inspetores afetos aos segmentos ainda em investigação, estabelecendo-se uma maior proximidade e direção da investigação por parte de cada magistrado afeto a cada segmento factual”.

Feito este trabalho, refere a PGR, este é o ponto de situação:

  • A recolha de provas deverá ficar concluída no final da primeira semana de maio;
  • As transcrições das interceções telefónicas dos interrogatórios e das inquirições estão em fase de conclusão e as últimas traduções estão em curso, prevendo-se que fiquem concluídas daqui a um mês e meio;
  • Está em curso a redação do despacho final.

Quanto às cartas rogatórias, a PGR dá conta de que o pedido de cooperação dirigido às autoridades angolanas “encontra-se já cumprido, devendo ser devolvido em breve”. Relativamente às cartas rogatórias enviadas à Suíça, “foi obtida a informação de que duas aguardam o decurso dos prazos de notificação e deverão ser devolvidas de seguida”.

Há ainda um terceiro perdido pendente junto das autoridades suíças, para obtenção de dados bancários, mas este “foi objeto de oposição por parte de um dos arguidos”, estando em curso o prazo para eventual recurso para outra instância. “Assim, neste momento, não é possível prever a data da sua devolução”.

Considerando todos estes aspetos, a equipa de investigação da Operação Marquês admite que o inquérito deverá estar concluído em julho, podendo mesmo ficar fechado antes, “caso as cartas rogatórias sejam devolvidas em prazo que permita essa mesma antecipação”.

A PGR, por seu lado, considera “adequado que o inquérito seja encerrado no prazo de três meses a contar da data da devolução e junção ao inquérito da última carta rogatória a ser devolvida”.

Assim, decidiu “prorrogar por três meses, contados da data da devolução e junção ao inquérito da última carta rogatória ser devolvida, o prazo para encerramento do inquérito”.

Título corrigido. O Ministério Público concedeu mais três meses após a receção da última carta rogatória, e não 180 dias, como inicialmente escrito, para a conclusão da Operação Marquês. Notícia atualizada pela última vez às 17h25.

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