Bolsa nacional acima dos 5.000 pontos à boleia da Mota-Engil

A bolsa nacional continua acima da fasquia psicológica dos 5.000 pontos e fechou no nível mais elevado desde o início de maio do ano passado.

Lisboa acompanhou os ganhos da Europa e voltou a fechar acima dos 5.000 pontos, ainda que tenha registado uma valorização muito ligeira. A praça nacional foi impulsionada pela Mota-Engil, que disparou mais de 5%.

O PSI-20 fechou a subir 0,17%, para os 5.054,95 pontos, o nível mais alto desde maio do ano passado. A contribuir para os ganhos da bolsa esteve a Mota-Engil, que subiu 5,28%, o maior ganho desde o final do ano passado, para os 2,29 euros por ação.

Do lado dos ganhos, destaque também para os CTT, que avançou 3,17%, para os 5,37 euros, e para a REN, que valorizou 1,97%, para os 2,74 euros por ação.

A impedir maiores subidas esteve o setor energético, num dia em que o petróleo afundou para mínimos de um mês. Os receios de que a produção de petróleo possa ter aumentado nos Estados Unidos levou o preço da matéria-prima a recuar à volta de 1% e o Brent, negociado em Londres, já está na casa dos 51 dólares por barril. Esta desvalorização acabou por penalizar a Galp Energia, que caiu 0,21%, para os 14,45 euros por ação.

As maiores quedas foram as da Pharol, que derrapou 6,34%, para os 27 cêntimos, e do BCP, que, apesar de ter negociado em máximos de dezembro durante a manhã, acabou por corrigir os ganhos e fechou a desvalorizar 1,11%, para os 20 cêntimos por ação.

No resto da Europa, a tendência também foi de ganhos ligeiros, com o Stoxx 600 a valorizar 0,47%. As praças europeias foram impulsionadas pelo retalho.

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Twitter voa 12% em bolsa com subida nos utilizadores

  • ECO
  • 26 Abril 2017

As ações estavam em queda livre desde o início do ano, mas o Twitter volta a levantar voo com a ajuda dos utilizadores, que aumentam a par com o valor das ações. As receitas viajam na direção oposta.

As ações do Twitter levantam 12%, contrariando a queda livre registada desde o início do ano. O impulso é dado pelo aumento mensal de 6% nos utilizadores ativos, anunciado esta quarta-feira. Apesar desse cenário animador, as receitas desceram pela primeira vez desde 2013.

O aumento no número de utilizadores dá asas ao Twitter. A apresentação de resultados revelou uma média mensal de utilizadores ativos 6% superior ao ano passado, para um total de 328 milhões. As ações beneficiam e sobem 12%, a maior subida dos últimos sete meses. As ações recuperam assim da quebra de 10% que já acumulavam desde o início do ano, apesar de as receitas da empresa terem sofrido no primeiro trimestre deste ano o primeiro declínio desde 2013.

Ações do Twitter disparam 12%

Fonte: Bloomberg

Esta pode ser não só uma oportunidade para os investidores, mas também para a própria empresa, que já vê novos horizontes: o Twitter espera tornar-se mais aliciante para o investimento em publicidade na plataforma.

Ainda assim, o pássaro azul não tem a força de outras redes sociais: o Instagram anunciou o crescimento mais rápido de sempre, chegando aos 700 milhões de utilizadores, distanciando-se do pico de 328 milhões do Twitter. Mark Mathaney, analista da RCB Capital Markets, assume que este “pode ser o primeiro indicador de que as receitas [do Twitter] poderão recuperar um dia”. Contudo, a competição mostra-se difícil, deixando o Twitter refém da seleção natural.

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Grupo de acompanhamento de negociação da PAC está já constituído

  • ECO
  • 26 Abril 2017

O painel de peritos será composto pelos ex-minsitros António Serrano e Arlindo Cunha, entre outros especialistas de várias universidades. Portugal é o sexto Estado-membro com melhor execução.

O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, anunciou esta quarta-feira que o Governo já tem constituído o grupo de acompanhamento para ajudar a definir as posições de Portugal na negociação sobre o futuro da Política Agrícola Comum (PAC).

Capoulas Santos garantiu, aos deputados da comissão parlamentar de Agricultura que está para breve a publicação do diploma relativo a esta matéria, com a indicação dos nomes e entidades que irão integrar o grupo. Recorde-se que em declarações ao ECO, o ministro da Agricultura, no início de abril, disse que os convites para este grupo já “estão a decorrer” e são “dirigidos a cerca de uma dezena de personalidades de reconhecida competência””. Personalidades essas que “contribuirão certamente para promover um amplo consenso em torno do processo negocial e para fortalecer a posição portuguesa nas negociações”, acrescentou o ministro.

“Esta estrutura caracteriza-se pela sua componente técnica independente, com recurso a destacados especialistas na matéria e uma componente de diálogo e auscultação permanente do setor agrícola através das suas organizações mais representativas”, resumiu o ministro aos deputados esta manhã.

Esta estrutura caracteriza-se pela sua componente técnica independente, com recurso a destacados especialistas na matéria e uma componente de diálogo e auscultação permanente do setor agrícola através das suas organizações mais representativas.

Luís Capoulas Santos

Ministro da Agricultura

O painel de peritos será composto por diversas personalidades do meio académico tais como António Serrano, Teresa Pinto Correia e Mário de Carvalho (Universidade de Évora), Arlindo Cunha e Miguel Sottomayor (Universidade Católica do Porto), Artur Cristóvão (UTAD), Francisco Cordovil (ISCTE), Francisco Avillez, Ricardo Braga, Raul Jorge e José Lima Santos (Universidade de Lisboa) e Maria de Belém Costa Freitas (Universidade do Algarve).

A Comissão de Representantes, por sua vez, será constituída pela Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, Confederação dos Agricultores de Portugal, Confederação Nacional da Agricultura, Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, Confederação Nacional dos Jovens Agricultores e do Desenvolvimento Rural e a Federação “Minha Terra”.

Taxa de execução do PDR é de 30%

Capoulas Santos aproveitou ainda a presença no Parlamento para fazer um balanço sobre o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, destacando que Portugal apresenta “uma boa taxa de execução” (cerca de 30%) e é atualmente o sexto Estado-membro da União Europeia com melhor execução financeira do programa.

A intenção do Executivo, disse, é ir além dos 100% de execução até ao final de 2017, ano em que estão em causa um total de cerca de 600 milhões de euros, de forma a “compensar as baixas taxas de execução de 2014 e 2015”.

Segundo o governante, foram recebidas até ao momento, 33.205 candidaturas ao programa, tendo sido enviadas para contratação um total de mais de dez mil candidaturas.

Concurso para pinheiros e eucaliptos dentro de duas semanas

O Governo vai abrir dentro de duas semanas um concurso para as fileiras do pinho, sobro e eucalipto no valor global de 27 milhões de euros, anunciou Capoulas Santos.

A medida, conforme explicou o ministro da Agricultura, insere-se no âmbito da reforma das florestas.

“Dentro de duas semanas estaremos em condições de abrir três concursos de nove milhões de euros cada para as fileiras do pinho, sobro e eucalipto”, disse Capoulas Santos.

Dentro de duas semanas estaremos em condições de abrir três concursos de nove milhões de euros cada para as fileiras do pinho, sobro e eucalipto.

Luís Capoulas Santos

Ministro da Agricultura

Durante a audição parlamentar, o ministro anunciou também que em maio irá submeter a Conselho de Ministros legislação sobre a agricultura biológica, de forma a “suprir uma lacuna” de uma área que está a crescer em Portugal e por toda a Europa.

Ao nível da internacionalização do setor agrícola, Capoulas Santos disse aos deputados que foram já abertos 28 mercados para 83 produtos “e neste momento outros 55 mercados para mais de 150 produtos de origem animal e vegetal”.

 

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Défice melhora 290 milhões de euros no primeiro trimestre

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 26 Abril 2017

Em comunicado, o Ministério das Finanças aponta para "estabilização da despesa"e crescimento da receita. Défice fixa-se em 358 milhões de euros.

O défice das Administrações Públicas melhorou 290 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período do ano anterior, atingindo agora 358 milhões de euros.

A informação é avançada pelo Ministério das Finanças em comunicado, que aponta ainda para o crescimento de 22,9% do excedente primário, um resultado que atribui à “estabilização da despesa” (avança 0,3%) e ao aumento da receita (1,9%).

“O crescimento da receita foi condicionado por efeitos temporários ou sem impacto nas contas nacionais de 2017, com especial incidência nos dois primeiros meses de 2017”, adianta o comunicado. “Excluídos estes fatores”, a receita das Administrações Públicas “vem refletindo a melhoria da atividade económica”, sublinha o Ministério de Mário Centeno.

O comunicado realça alguns resultados, nomeadamente a receita bruta de IVA, que aumentou 7%, e as contribuições para a Segurança Social, que avançaram 5,5%, acima do previsto no Orçamento do Estado para 2017.

Já do lado da despesa primária, a subida de 0,4% é explicada “em grande medida pelo aumento da despesa de capital (15,9%), tendo a despesa corrente primária recuado 0,6%”.

A dívida não financeira — “despesa sem o correspondente pagamento, incluindo pagamentos em atraso” – é agora menor em 365 milhões de euros, “tendo o stock de pagamentos em atraso registado um decréscimo” de 42 milhões de euros, diz o comunicado.

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Governo removeu amianto em 166 edifícios

Banco Europeu de Investimento e o Banco do Conselho da Europa vão financiar a remoção de amianto dos edifícios públicos com 316 milhões de euros e o Portugal 2020 com mais 15,26 milhões.

O Governo já removeu o amianto de 166 edifícios, num conjunto “de 400 onde essa remoção era prioritária”, anunciou hoje no Parlamento o ministro do Ambiente.

O valor já estava inscrito no Programa Nacional de Reformas que eleva a fasquia para, até 2020, intervir em 3.739 edifícios.

E quem vai pagar essa remoção? O Estado, mas também o Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Banco do Conselho da Europa (CEB). “Conseguimos garantir que no Plano Nacional de Reformas conste uma verba superior a 300 milhões de euros, a ser financiada pelo BEI e pelo CEB para erradicar a presença de amianto em edifícios que servem o público”, disse João Matos Fernandes, na audição regimental desta quarta-feira.

No Plano Nacional de Reformas estão inscritos exatamente 316 milhões de euros que vêm acrescer aos 15,26 milhões do Portugal 2020. Este montante visa alavancar um investimento total de 105 milhões para remover o amianto nos edifícios públicos. Mas este montante pode não ser suficiente porque “o apurar do levantamento dos edifícios vai fazendo crescer o número base”, reconheceu o ministro.

O processo já é longo. Depois de criado, em maio de 2016, um grupo de trabalho que conta com a participação de todos os ministérios (embora coordenado pelo Ambiente) já foram apresentados relatórios, em setembro de 2016 e março de 2017, com o “diagnóstico da situação, plano de ação e execução”.

A radiografia mais atualizada da situação, revelada no PNR, aponta para o diagnóstico a 2.660 edifícios, num total de 6.020. Um valor que compara com os 3.542 edifícios avaliados entre 2011 e 2015, dos quais 2.357 com avaliação completa e não apenas presuntiva (face a 339 entre 2011 e 2015). Este desempenho foi possível, explica o documento que foi discutido na semana passada no Parlamento, graças ao “apoio das ações de formação promovidas, no decurso do Grupo de Trabalho, pelo Instituto Ricardo Jorge”.

A utilização do amianto foi proibida em Portugal a partir de janeiro de 2005 porque as diferentes variedades de amianto são agentes cancerígenos que põem as populações em perigo sobretudo através da inalação das fibras libertadas para o ar.

Os planos do Governo preveem “a realização de 143 intervenções prioritárias em 2017” e a “realização das intervenções necessárias, num total, desde o início do funcionamento do Grupo de Trabalho, de 567”, lê-se no PNR. O documento sublinha ainda que é necessário dar início à “negociação com o CEB e BEI para financiamento das intervenções”.

O objetivo é “concluir a remoção do amianto em todos os edifícios onde se prestam serviços públicos” entre 2018 e 2020.

À espera da aprovação dos autocarros da Carris e STCP

O ministro do Ambiente aproveitou a ida ao Parlamento para fazer um ponto de situação dos fundos comunitários que estão sob a sua tutela. O Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) está a aproximar-se dos mil milhões de euros disponibilizados aos promotores, o que ultrapassa “41% das verbas previstas no programa”.

João Matos Fernandes sublinhou ainda que já foram aprovadas “mais de 1.440 candidaturas das quais 50% são de autarquias.

Entre os projetos que estão a aguardar aprovação estão “as candidaturas à aquisição de autocarros de elevada prestação ambiental”. Uma compra que tem implícito um “investimento superior a 150 milhões de euros, renovando mais de um terço das frotas de autocarros da Carris e STCP“, sublinhou o ministro do Ambiente, acrescentando que “estas são apenas duas das 11 candidaturas apresentadas“.

Este montante não está contemplado nos mil milhões já disponibilizados “porque as candidaturas ainda estão em apreciação”, explicou o responsável.

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Trump corta IRC e Wall Street avança

O mercado acionista norte-americano segue com ganhos ligeiros, no dia em que o Presidente dos EUA anunciou que vai baixar para 15% a taxa de IRC. O Nasdaq avança para novo recorde.

As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão com ganhos ligeiros, apoiadas no anúncio de pistas sobre o tão aguardado plano de cortes fiscais prometido por Donald Trump. Em causa estará um corte da taxa de IRC para 15%. Trata-se do terceiro dia consecutivo de ganhos em Wall Street, com o Nasdaq a destacar-se em novos máximos históricos.

O índice S&P 500, que agrega as 500 maiores capitalizações bolsistas dos Estados Unidos abriu com uma subida ligeira de 0,02%, para os 2.388,98 pontos, enquanto o industrial Dow Jones avança 0,07%, para os 21.009,95 pontos. Já o tecnológico Nasdaq apresenta uma subida de 0,1%, suficiente para o colocar num novo recorde nos 5.553 pontos.

Esta quarta-feira, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, avançou à CNBC que o plano de cortes fiscais irá incluir a redução da taxa de imposto para as empresas, para 15%, e que existiria um acordo de base com o Congresso relativamente aos objetivos da reforma de impostos. Aguarda-se que sejam dados novos detalhes sobre o plano de cortes fiscais ainda no dia de hoje.

“Temos uma ideia clara de que ele [Trump] visa uma redução dos impostos às empresas, uma descida dos impostos individuais e a simplificação do processo, mas tudo isso é num mundo ideal”, afirmou Andre Bajhos, diretor da Janly Capital, citado pela Bloomberg, antecipando ainda que “o mercado não irá interpretar de forma negativa o plano“.

A evolução dos principais índices bolsistas dos Estados Unidos está ainda a ser influenciada por alguns resultados empresariais. Por exemplo, a Boeing anunciou uma queda das suas receitas, o que estava a penalizar as suas ações. Os títulos da fabricante de aviões recuam 1,5%. Bem distinta é a performance das ações do Twitter. Abriram a subir mais de 8%, apoiado no aumento do número de utilizadores no primeiro trimestre.

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500 mais ricos, cada vez mais ricos. Américo Amorim na lista

  • ECO
  • 26 Abril 2017

Os mais ricos estão ainda mais ricos: mais 400 mil milhões no total. Américo Amorim é um dos afortunados, em 479.º lugar. Bill Gates continua no topo, acompanhado por vários gigantes da tecnologia.

O conjunto dos 500 mais ricos está 367 mil milhões de euros mais rico em relação ao ano passado. A tecnologia toma o pódio, com Bill Gates, da Microsoft, e Jeffrey Bezos da Amazon, separados apenas por Amancio Ortega, a cara do grupo Inditex. O português Américo Amorim é o 479.º da lista, com 3,8 mil milhões de euros.

O ranking dos mais ricos acrescenta cifrões. De acordo com o índice de bilionários da Bloomberg, o conjunto dos mais ricos aumentou a sua fortuna em 400 mil milhões de dólares, um acréscimo de 1,1% em relação ao ano anterior. São 4,8 biliões de euros no total.

Bill Gates leva o ouro. O fundador da Microsoft está em primeiro, com os 87,4 mil milhões de dólares que possui, apesar da forte atividade solidária. Os gigantes da tecnologia são gigantes também na fortuna. O CEO da Amazon, Jeffrey Bezos, está em terceiro lugar, e Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook, em quinto. Jack Ma, fundador da Alibaba, consegue ainda o 15.º lugar do longo ranking.

Contudo, é um espanhol, Amancio Ortega Gaona que figura no pódio atrás de Bill Gates. Ele é o presidente e fundador do grupo Inditex, gerindo marcas como a Zara, Massimo Dutti ou Oysho. O ainda mais próximo Américo Amorim consegue o 479.º lugar da lista com os seus 3,8 mil milhões de dólares, ou seja, 3,4 mil milhões de euros, decorrentes da atividade do Grupo Amorim, responsável por um quarto da produção de cortiça no mundo. O empresário é o único português na lista, tendo aumentado a sua fortuna em 2,6% em relação ao ano anterior.

O quarto lugar pertence a Warren Buffett, dono de mais de 60 empresas e “um dos investidores mais bem-sucedidos de todos os tempos” segundo a Forbes. Também o latino Carlos Slim Helu se pode orgulhar do peso da sua carteira. O controlo da maior empresa de telecomunicações do México, a América Movil, valeu-lhe o sexto lugar. Ainda nas telecomunicações, Patrick Drahi, o fundador da Altice que comprou a PT, está em 102.º lugar, com uma fortuna de 12,1 mil milhões de dólares.

Outros nomes bem conhecidos dos portugueses marcam presença no ranking, desde representantes de marcas de luxo (Giovanni Ferrero em 30.º, Giorgio Armani em 168.º e Ralph Lauren em 292.º) até figuras da política e cinema, com Silvio Berlusconi em 178.º lugar e Steven Spielberg em 295.º

A menos afortunada da lista é Imogene Powers Johnson, dona de 3,7 mil milhões de dólares e do império do falecido marido, o grupo de produtos de higiene SC Johnson, que é agora gerido pelo filho de ambos.

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Depósitos complexos vão ter nova ficha pré-contratual em 2018

A nova legislação pretende harmonizar, a nível europeu, a informação prestada aos clientes que pretendam investir as suas poupanças em depósitos complexos.

No início do próximo ano, a comercialização de depósitos complexos passa a obedecer a novas regras de prestação de informação. De acordo com o Banco de Portugal, a partir de 1 de janeiro de 2018, as instituições de crédito terão de disponibilizar aos clientes um novo documento de informação pré-contratual sobre estes produtos, que obedeça a regras definidas pela Comissão Europeia, de acordo com o Regulamento Delegado, publicado a 12 de abril deste ano.

O novo documento, designado de “documento de informação fundamental“, irá substituir o atual prospeto informativo na comercialização de depósitos indexados que eram disponibilizados até agora pelas instituições financeiras. De acordo com as novas regras definidas pela Comissão Europeia, o documento de informação fundamental deve, entre outros aspetos, apresentar no máximo três páginas. Nesse documento têm de estar claras “as principais características do produto, com recurso a indicadores sumários do risco e dos custos e a cenários de remuneração“, explica o Banco de Portugal.

Estes produtos, também conhecidos como “depósitos do tudo ou nada”, são depósitos bancários cuja remuneração está associada, total ou parcialmente, à evolução de outros instrumentos ou variáveis económicas ou financeiras. Estas podem ser, por exemplo, o preço de uma ação ou de um cabaz de ações, bem como o valor de índices acionistas ou a cotação de taxas de câmbio.

As novas exigências de formato de informação pré-contratual dos depósitos complexos surgem um ano depois de o Comité Conjunto das Autoridades Europeias de Supervisão ter entregue à Comissão Europeia uma proposta para avançar com a implementação de um documento de informação pré-contratual para produtos financeiros complexos na União Europeia, onde se incluem os depósitos indexados. Na ocasião, o comité explicou que o objetivo da sua iniciativa era “melhorar a transparência dos mercados de produtos financeiros complexos na União Europeia e, desta forma, reforçar a proteção dos consumidores“.

De salientar que os depósitos complexos ganharam um brilho especial nos últimos anos, atendendo ao facto de a sua remuneração tender a ser mais atrativa face à dos depósitos tradicionais, cuja remuneração está em mínimos históricos.

Desde 2009 que, em Portugal, a comercialização de depósitos indexados obedece a regras definidas pelo Banco de Portugal relativas à transparência da informação prestada na comercialização de depósitos indexados. Para além de outros deveres de informação, as instituições de crédito estão obrigadas a disponibilizar aos clientes, em momento prévio ao da constituição de depósitos indexados, um documento de informação pré-contratual (designado por “prospeto informativo”), de formato e conteúdo harmonizados.

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Aí está a “enorme” reforma de Trump. IRC baixa para 15%

Os economistas não estão confiantes com esta decisão. A descida é tão grande que o défice vai disparar, defendem.

Donald Trump tinha prometido uma “enorme” reforma fiscal e, esta quarta-feira, anunciou-a (apenas em traços gerais). O Presidente dos Estados Unidos tem intenções de baixar a taxa de IRC para 15%, uma descida significativa face aos atuais 35%. Em contrapartida, deixou cair a proposta de taxar os produtos importados.

É “a maior reforma fiscal e o maior corte de impostos” da história dos Estados Unidos, congratulou-se o secretário de Estado do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, numa conferência. Mas alguns economistas não veem a medida com tanto apreço. Segundo a Bloomberg, muitos alertam que a descida da taxa vai aumentar o défice de tal forma que o corte não deverá perdurar. A BBC fala de biliões de dólares a mais.

Na calha estão também medidas de incentivo ao “repatriamento” das empresas, com benefícios para as que optarem por trazer de volta para os Estados Unidos o dinheiro que tenham noutros locais e de isenção fiscal para despesas com crianças. De acordo com a cadeia de televisão britânica, há igualmente planos para aumentar a dedução fiscal e cortar com diversas outras taxas a empresas e particulares.

Ainda não se conhece o plano em detalhe e não se espera que inclua propostas para aumentar as receitas do Estado. Também não deverá incluir o afamado plano de Trump de investir um bilião de dólares em infraestruturas.

Um plano que se “paga a si próprio”

Um corte nos impostos sobre os lucros das empresas já era previsível, mas a ambição do novo Presidente é bem maior do que o esperado. Na terça-feira, o Comité Conjunto dos Impostos enviou uma carta a Paul Ryan, porta-voz da Casa Branca, alertando que uma taxa de IRC de 20% — cinco pontos percentuais acima da que Trump está a propor — iria criar défices no longo prazo, mesmo que se mantivesse em vigor por apenas três anos.

A Administração Trump espera, em contrapartida, que o plano “se pague a si próprio”, disse Mnuchin esta quarta-feira. O argumento é o de que este plano, que beneficia largamente as empresas, irá conduzir a um rápido crescimento económico. Trump já tinha mostrado descontentamento por aquilo que considera ser um fraco crescimento da maior economia do mundo: “Os Estados Unidos registaram o crescimento económico mais lento em cinco anos. O PIB só subiu 1,6%. Défices comerciais prejudicam bastante a economia”, escreveu no Twitter.

(Notícia atualizada às 15h39 com mais informação)

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Costa: “Também este ano o défice vai no bom caminho”

  • Marta Santos Silva
  • 26 Abril 2017

Após as dicas deixadas por Marcelo no 25 de Abril, hoje foi a vez de os partidos interpelarem o primeiro-ministro no debate quinzenal e, no final, preparou-se a cimeira europeia do Brexit.

O primeiro-ministro esteve no Parlamento esta quarta-feira para mais um debate quinzenal, no qual respondeu às perguntas dos deputados, desta vez a começar pelo Partido Comunista Português (PCP).

É certo que as palavras ditas ontem, terça-feira, pelo presidente da República também estarão presentes para os deputados. “Os dois anos e meio que faltam de legislatura parlamentar terão de ser de maior criação de riqueza e melhor distribuição”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. O ECO preparou-lhe um guia para melhor perceber como as recomendações e avisos do presidente foram ouvidos pelos partidos.

Ao debate no qual António Costa reagiu às preocupações dos partidos, um dia depois da sessão solene do 25 de abril, seguiram-se 40 minutos de debate para preparar o Conselho Europeu deste sábado. A cimeira europeia será a primeira desde que o Reino Unido acionou o Artigo 50, para sair da União Europeia, e os restantes 27 deverão encontrar-se para afinar a sua estratégia negocial comum. Os partidos interpelaram hoje o primeiro-ministro acerca da agenda que Portugal levará para estar reunião. Releia aqui, minuto a minuto, o debate desta quarta-feira.

 

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Petróleo afunda para mínimos de quase um mês

Esta descida reflete os receios dos investidores de que a produção nos EUA possa continuar a aumentar. Uma subida que contraria os esforços da OPEP para reduzir o excesso do "ouro negro" no mercado.

Os preços do petróleo estão a afundar para mínimos de quase um mês. Uma queda que já levou o WTI, em Nova Iorque, a cair novamente abaixo dos 50 dólares. Esta tendência negativa está a ser influenciada pelos receios de que a produção de petróleo possa ter aumentado nos EUA, o que contraria os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzir o excesso da matéria-prima no mercado.

O Brent, negociado em Londres, recua 1,06% para 51,55 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, derrapa 0,95% para 49,10 dólares — os valores mais baixos desde 28 de março. A possibilidade de o Departamento de Energia dos EUA divulgar esta tarde um aumento das reservas norte-americanas está a manter os investidores cautelosos. Isto depois de o American Petroleum Institute ter divulgado dados que mostram um aumento de 897 mil barris na semana passada. Já os analistas consultados pela Bloomberg estão mais otimistas, prevendo uma queda de 1,75 milhões de barris no relatório desta quarta-feira.

Petróleo em mínimos de quase um mês

Fonte: Bloomberg

O “mais recente relatório do API sobre as reservas de petróleo dos EUA estava cheio de surpresas negativas“, diz Stephen Brennock, analista da PVM Oil Associates, à Bloomberg. O mercado enfrenta “um revés no processo de reequilíbrio do mercado petrolífero”.

O preço das cotações do petróleo pode vir a cair ainda mais. Possivelmente abaixo os 40 dólares por barril, afirma Christof Ruehl, responsável pelo research da Abu Dhabi Investment Autority. Isto pode acontecer, diz, se a OPEP não prolongar o corte da produção. “Se a OPEP e os outros países não prolongarem o acordo para cortar [a produção], esse patamar será ultrapassado”, explica.

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Papa: GNR aconselha a não utilização da A1 no acesso a Fátima a 12 e 13 de maio

  • Lusa
  • 26 Abril 2017

O comandante do Destacamento de Tomar da GNR lançou hoje um apelo aos cidadãos que se deslocam a Fátima a 12 e 13 de maio para evitarem a utilização da autoestrada 1 (A1).

“Aconselhamos, a quem se dirija a 12 e 13 de maio [a Fátima], que evite a A1”, frisou o comandante do Destacamento de Tomar da GNR, Carlos Canatário, elencando como alternativas a autoestrada 23 (A23), a autoestrada 13 (A13) e o itinerário complementar 9 (IC9).

“Todas as pessoas que venham de qualquer quadrante têm a possibilidade de utilizar estes itinerários alternativos”, acedendo depois a estradas nacionais para Fátima, explanou.

Carlos Canatário frisou a necessidade de as pessoas “prepararem bem a viagem e escolherem os itinerários recomendados pelas autoridades” para que a aproximação “a Fátima seja o mais fluida possível”.

“Quem está habituado a vir há 20 anos a Fátima” tem de verificar “a informação e ver se o local para estacionar ou o percurso é o melhor para aceder a Fátima”, referiu o comandante do destacamento de Tomar, que falava à comunicação social durante a apresentação da sala de controlo do Posto Territorial de Fátima, que concentra o comando da operação de segurança e centraliza a sua informação, nomeadamente as imagens dos sistemas de videovigilância instalados em Fátima.

Durante a apresentação, Carlos Canatário vincou também que a 12 e 13 de maio “é possível aceder à cidade de Fátima”, havendo apenas a interdição de circulação na área da Cova da Iria, delimitada pelas avenidas Beato Nuno e a Papa João XXIII, vias que ligam as duas grandes rotundas da cidade (Norte e Sul).

“Durante todo o tempo da operação é possível aceder a este itinerário de viatura”, sendo que poderá haver “interdições temporárias” para descongestionar o trânsito em alguns locais.

No entanto, sublinhou, “é possível aceder a Fátima e ao perímetro externo da Cova da Iria”.

As interdições para o interior da Cova da Iria vão estar em vigor entre as 09:00 de 12 de maio e as 18:00 de dia 13, os dois dias em que papa Francisco visita Fátima, no âmbito do Centenário das Aparições.

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