Mais de metade dos desempregados não recebe subsídio

  • ECO
  • 21 Abril 2017

Há muitas pessoas que não têm emprego mas não têm condições para aceder aos subsídios de desemprego - são cerca de 57%.

Cerca de 57% dos desempregados não recebem qualquer subsídio de desemprego, segundo as contas divulgadas esta sexta-feira pelo Dinheiro Vivo, que resultam do cruzamento dos dados da Segurança Social com os do Instituto Nacional de Estatísticas.

Em fevereiro o INE dá conta de 510,6 mil desempregados, embora os dados definitivos só sejam dados a conhecer no final de abril.

Nesse mês, 218,2 mil pessoas recebiam subsídio de desemprego da Segurança Social, o que significa que 57% dos desempregados contabilizados não o recebiam — nem o subsídio normal, nem as suas variantes (inicial, subsequente e prolongamento), nem a medida extraordinária de apoio aos desempregados de longa duração.

Apesar de tudo, no ano passado a taxa era ainda mais desfavorável — em fevereiro do ano passado eram 40% os desempregados que recebiam subsídios, tendo a percentagem avançado para 43%, uma diferença de cerca de três mil pessoas.

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Bloomberg: Portugal é uma “miragem keynesiana”

A teoria económica do economista inglês Keynes assenta no investimento público. Apesar de ter um Governo de esquerda, essa não tem sido a alternativa em Portugal, diz a Bloomberg.

No dia em que a DBRS se pronuncia sobre o rating da República portuguesa, a Bloomberg publica um artigo onde se refere a Portugal como uma “miragem keynesiana”. Apesar de reconhecer a vitória do “melhor défice da democracia”, desde 1974, a análise da agência de notícias internacional alerta que os “keynesianos não deveriam festejar tão cedo”. Porquê? É que o “milagre orçamental” português foi conseguido através da diminuição do investimento público para compensar a queda da receita fiscal.

O investimento público em Portugal em percentagem do PIB desde 1995.Bloomberg

Citando o Conselho de Finanças Públicas, a Bloomberg escreve que o investimento público em 2016 sofreu um corte de 28,9%. “Apenas 2,9 mil milhões de euros foram gastos em estradas, hospitais e semelhantes”, lê-se no artigo. Tal como o ECO noticiou quando o CFP divulgou o seu relatório, o investimento do Estado no ano passado ficou-se pelos 1,6% do PIB, o pior registo pelo menos desde 1995. Em comparação com o período pré-crise, o investimento foi cerca de um terço.

O Governo português está a redistribuir os frutos da recuperação [económica], mas está a falhar em plantar as sementes para uma nova colheita.

Ferdinando Giugliano

Bloomberg

Contudo, “não se deve colocar toda a culpa no Governo português”, admite o artigo, referindo que o investimento que chegou da União Europeia baixou para metade. “Ainda assim o Governo fez pouco para contrariar essa descida“, critica. Na opinião do autor do artigo, a estratégia de Lisboa não é uma alternativa de um modelo de esquerda que resulte num crescimento económico sustentável. “O Governo português está a redistribuir os frutos da recuperação [económica], mas está a falhar em plantar as sementes para uma nova colheita”, conclui.

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Plataforma criada no Porto permite testar virtualmente qualquer produto

  • Lusa
  • 21 Abril 2017

Plataforma online criada no Porto permite testar virtualmente qualquer produto e verificar se o seu design funciona em ambiente real, reduzindo até 70% o tempo e custo associado ao desenvolvimento.

Através da “Glexyz cloud”, tecnologia criada no Porto pela ‘startup’ (empresa emergente de base tecnológica) Glexys, é também possível alterar produtos já desenvolvidos, de forma a reduzir o seu custo de fabrico e melhorar a sua ‘performance’, disse à Lusa um dos fundadores, André Luz.

“Quando desenhamos um novo produto, para sabermos se esse design irá funcionar na realidade, o método clássico é fabricar um protótipo físico e testar”, processo que “demora muito tempo e é caro”, visto que para qualquer alteração é necessário fabricar um novo protótipo, explicou.

Através desta plataforma online os utilizadores conseguem efetuar “mais testes do que no mundo físico”, otimizando o design de forma a optar por materiais mais baratos ou menores espessuras, para tornar as peças mais leves, aumentando assim a sua competitividade no mercado.

A ideia para a criação desta tecnologia surgiu de uma experiência de André Luz, enquanto engenheiro de teste na empresa britânica Rolls-Royce.

“De cada vez que tínhamos que fazer uma pequena alteração de design, demorava-se meses a testá-la fisicamente”, explicou, afirmando que foi por isso que, em conjunto com outro dos fundadores da Glexys, o engenheiro de polímeros Bruno Eisinger, resolveu apostar no desenvolvimento de uma plataforma virtual que conseguisse rapidamente validar e otimizar as alterações de um produto.

De acordo com André Luz, apesar de existirem no mercado soluções especializadas para um determinado tipo de teste virtual, a “Glexys cloud” é a primeira plataforma que pretende disponibilizar todos os tipos de testes (estrutural, térmico, acústico, vibracional, de fluídos, eletromagnético e ‘crash-test’, por exemplo), de forma integrada.

“Essa integração permite ao utilizador perceber como uma alteração de design afeta, simultaneamente, todas as funcionalidades de um produto”, referiu.

A Glexys foi uma das ‘startups’ selecionadas recentemente para o Startup Porto Accelerator (SPA), um programa de apoio e aceleração promovido pelo Centro de Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo (CITE) do INESC TEC, em parceria com a ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários.

Durante este programa, os fundadores da Glexys pretendem finalizar a implementação da plataforma, de forma a lançá-la mundialmente em setembro deste ano.

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Depois de tantas subidas, combustíveis vão baixar

Os preços dos combustíveis registaram subidas consecutivas nas últimas semanas, mas na próxima vão baixar. A queda acentuada dos preços do petróleo vai trazer reduções até dois cêntimos.

Têm sido semanas de subidas consecutivas nos preços dos combustíveis. A valorização das cotações do petróleo levou tanto o gasóleo como a gasolina a registarem aumentos expressivos, mas na próxima semana o cenário será bem diferente. Há margem para descidas acentuadas nos valores de venda de ambos. Podem descer até dois cêntimos por litro.

Foram três semanas de aumentos nos preços de venda ao público de ambos os combustíveis, mas no arranque da próxima semana abastecer o automóvel vai custar um pouco menos. São menos 1,5 a dois cêntimos no caso da gasolina. Já no que respeita ao diesel, o combustível mais utilizado no mercado nacional, os cálculos do ECO apontam para uma redução que deverá ficar-se pelos 1,5 cêntimos, descendo para um preço médio de 1,245 euros.

Estas descidas resultam da queda das cotações internacionais de ambos os produtos. No caso da gasolina registou-se uma descida de 3,7%, enquanto no caso do gasóleo o preço médio semanal — que é o considerado pelas petrolíferas na atualização semanal dos valores de venda dos combustíveis — registou uma redução de 3,4%. Quedas acentuadas que traduzem, em parte, a valorização do euro.

A principal explicação para a descida é, contudo, a queda acentuada dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Apesar de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estar a sinalizar que o corte na produção poderá ser estendido, os inventários da matéria-prima continuam elevados, o que coloca pressão nas cotações.

Os preços do petróleo acentuaram a queda depois de os EUA terem revelado que as reservas de gasolina aumentaram, isto quando começa a aproximar-se a época em que o consumo aumenta: a driving season. Este aumento dos stocks levou o barril de petróleo a baixar até perto dos 50 dólares em Nova Iorque e para os 53 em Londres.

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PSI-20 aguarda DBRS. Pharol continua a pesar

As ações da Pharol estão a pesar na praça lisboeta, depois da hecatombe de quinta-feira. Esta sexta-feira é mais um dia crucial para o rating da dívida portuguesa.

Esta sexta-feira o rating da República vai ser posto à prova novamente: a DBRS pronuncia-se à noite, mas tanta a classificação como o outlook devem ficar iguais. Depois de queda significativa esta quinta-feira, a bolsa abriu esta manhã também a desvalorizar. As ações do Galp, Mota Engil e Jerónimo Martins estão em terreno negativo. Os títulos da Pharol continuam instáveis.

O PSI-20 mantém a trajetória com que fechou ontem, ainda que de forma mais ligeira. A praça lisboeta está a cair 0,07% para os 4.903,36 pontos. A penalizar a bolsa de Lisboa estão os títulos da Galp com uma queda de 0,18% para os 14,25 euros — ainda que o petróleo tenha recuperado a nível internacional –, mas também as ações os CTT (-0,46%) e da Jerónimo Martins (-0,18%).

Esta quinta-feira coube à Pharol o destaque mais negativo da sessão lisboeta, levando o PSI-20 a descer 0,55%. As ações tombaram 8,85%, para os 31 cêntimos, naquele que é o pior registo diário em cerca de dois meses. Durante a sessão, as ações da Pharol chegaram a derrapar 18,55%, penalizadas pela falência dos veículos financeiros da sua participada Oi na Holanda.

Esta sexta-feira, as ações da Pharol estão bastante instáveis, mas começaram a manhã a desvalorizar quase 4%.

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Regras da banca vão apertar. Venda abusiva levará a expulsão

  • ECO
  • 21 Abril 2017

Depois de se saber mais pormenores sobre a forma como se vai resolver o problema dos lesados do BES, vem esta sexta-feira a público as regras que o Executivo está a preparar para evitar novos lesados.

O Governo prepara-se para alterar o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) para apertar as regras bancárias em Portugal. O Executivo vai reforçar a legislação nacional através da transposição de diretivas comunitárias de forma também a criar sanções para quem não cumpra. A venda abusiva de produtos aos clientes passará a ser punida com expulsão, revela o Público (acesso condicionado) desta sexta-feira. O objetivo principal é evitar novos casos de lesados como os do BES e do Banif.

A alteração à lei que regula os bancos vai incidir sobretudo sobre a criação e comercialização de produtos e serviços bancários de retalho. Mas esta intervenção do Governo vai também passar a responsabilidade mais a hierarquia da decisão, conta o Público, referindo que existirão sanções acessórias. Em causa está a “a revogação da autorização ou o cancelamento do registo para o exercício de funções de administração, gestão, direção ou fiscalização em quaisquer entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal”.

Estas alterações que o Executivo está a preparar terão ainda de ser aprovadas em Conselho de Ministros e só depois chegarão à Assembleia da República, onde podem ser alvo de alterações. Se a legislação for aprovada tal como prevê o diploma a que o diário teve acesso, então o ónus da prova de cumprimento das regras fica do lado dos bancos, o que tornará mais fácil a prova de situações lesivas para os clientes: “As medidas adotadas pelas instituições de crédito (…) devem estar devidamente documentadas e registadas para efeitos de auditoria, estando as instituições de crédito obrigadas a proceder à sua disponibilização ao Banco de Portugal, sempre que este o solicite“.

A génese desta alteração passará pela criação de um mecanismo de monitorização interno que evite o incumprimento das regras. O diploma refere que “as instituições de crédito devem estabelecer e aplicar procedimentos específicos para a governação e monitorização dos produtos e serviços bancários de retalho, aplicáveis à criação, desenvolvimento, conceção, combinação ou alteração significativa desses produtos e serviços e à comercialização (…), de modo a garantir que os interesses, objetivos e características dos clientes destinatários dos mesmos sejam tidos em conta, com a finalidade de prevenir potenciais prejuízos para os clientes e de minimizar o risco de conflitos de interesses”.

Os bancos passam também a ser obrigados a avaliar se o produto que é vendido serve os interesses do cliente e, caso contrário, terão de alertar o cliente sobre a não adequação. As instituições do setor bancário ficarão assim com mais obrigações internas, também ao nível da qualificação dos seus trabalhadores, além de garantirem a fiscalização das regras.

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PT quer parar de pagar a 3.400 funcionários suspensos

  • ECO
  • 21 Abril 2017

A empresa procura soluções jurídicas que lhe permitam rescindir com os funcionários suspensos que estão a receber 80% do salário, um custo anual de 120 milhões para o Grupo Altice.

O Grupo Altice está à procura de uma forma de deixar de pagar a 3.400 funcionários que, suspensos, recebem ainda 80% do salário, escreve esta sexta-feira o Jornal Económico. De acordo com o jornal, o grupo a que pertence a antiga PT gasta cerca de 120 milhões de euros anuais com estes funcionários que se encontram em situação de suspensão de contrato.

A ser encontrada uma solução jurídica pela empresa para conseguir deixar de pagar estes salários, esta não será incontestada, já que os compromissos em questão têm duas décadas de idade, e os contratos estão “blindados”, de acordo com uma fonte que falou ao jornal. Foram os administradores Miguel Horta e Costa e Henrique Granadeiro que lideraram a PT na altura em que se criou o modelo em que os funcionários admitidos antes de 1997 teriam direito a benefícios de pré-reforma se, com pelo menos 50 anos de idade e 30 de serviço, decidissem suspender os contratos de trabalho.

O Jornal Económico confirmou a informação já avançada pelo Expresso de que a empresa pode ainda tentar rescindir com alguns dos 300 funcionários que tem em mobilidade interna, e pode procurar mover outros 600 para outros ramos do Grupo Altice.

“Questionámos a administração e o que nos disseram é que a empresa está sempre a fazer estudos, mas que não está previsto qualquer despedimento coletivo”, explicou ao jornal o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom, Jorge Félix, apesar de assumir que existem rumores de uma redução de pessoal na empresa.

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Deutsche Bank multado nos EUA em quase 160 milhões de dólares

  • Lusa
  • 21 Abril 2017

Fed multou a filial norte-americana do banco em cerca de 149 milhões de euros por "más práticas" nos mercados cambiais.

A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos multou hoje a filial norte-americana do Deutsche Bank em quase 160 milhões de dólares (149 milhões de euros) por “más práticas” nos mercados cambiais.

Seguindo um comunicado do banco central norte-americano, a filial do Deutsche Bank vai ter de pagar 136,9 milhões de dólares por ter deixado os seus operadores nos mercados cambiais operar em condições “arriscadas”.

O banco “falhou na deteção e correção do facto de os seus corretores utilizarem as salas de conversa eletrónica para comunicarem com os seus concorrentes sobre as suas posições”, destacou a Fed.

Uma outra multa de 19,7 milhões de dólares foi infligida por o banco não ter respeitado as interdições da regra Volcker, que proíbe a especulação dos bancos por sua própria conta.

O banco alemão, que vai ter de pagar uma multa total de 156,6 milhões de dólares, foi também convidado a reforçar os seus controlos internos, tanto nas operações nos mercados cambiais, quanto no respeito pela regra Volcker.

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Swap da Metro de Lisboa é dos melhores negócios internacionais do Santander

  • Margarida Peixoto
  • 21 Abril 2017

Um dos swaps que faz parte do acordo entre o Governo e o banco foi listado como o melhor negócio internacional de setembro de 2005 do Santander. Conheça esta e outras controvérsias do caso dos swaps.

A 12 de abril, Governo e Santander Totta comunicaram que chegaram a acordo sobre os swaps tóxicos que as empresas públicas compraram ao banco. As partes desistiram dos processos em tribunal e o Executivo aceitou cumprir os contratos até ao fim, em troca de um desconto de cerca de 500 milhões de euros num empréstimo dado pelo próprio Santander. Um dos derivados comprados pelas empresas públicas aparece no topo da lista dos melhores negócios internacionais completados pelo Santander em setembro de 2005, com um lucro de 7,6 milhões de dólares.

Este é apenas um dos detalhes que mostra a dimensão, e a controvérsia, do caso. Mas há mais: há prova de que nem toda a informação foi transmitida pelo Santander ao seu cliente, há dados que revelam que todos os contratos apresentavam um valor de mercado negativo desde o primeiro dia, e há conclusão por parte dos juízes de que, à luz da lei portuguesa, estes contratos poderiam ser anulados.

"O primeiro swap da Metro do Porto está no topo da lista dos maiores negócios completados em setembro de 2005 internacionalmente, com um lucro de 7.562.500 dólares. Este tipo de atitude é a antítese da relação bancária.”

High Court of Justice, Queen's Bench Division, Commercial Court

Sentença de 4 de março 2016

Ainda assim, no comunicado conjunto do Ministério das Finanças e do Banco Santander Totta, lê-se que “o Estado Português assegurará que as empresas cumpram as sentenças já proferidas pelo tribunal de Londres que reconhecem a validade dos referidos contratos e a conduta profissional do Banco Santander.”

Porque este caso é tudo menos plain vanilla, e pela dimensão dos custos em causa — há perdas potenciais avaliadas em 1,1 mil milhões de euros e custos adicionais com pagamentos em atraso que somam mais de 500 milhões de euros — os deputados da comissão de orçamento e finanças aceitaram um requerimento do PCP que pede toda a documentação relacionada com o caso, desde que ele deu entrada nos tribunais ingleses e até ter sido alcançado este acordo.

Ainda antes de toda a documentação ser conhecida, o ECO reuniu alguns dos pontos mais controversos do caso.

O swap no topo da lista dos mais lucrativos

A 23 de setembro de 2005, o swap que se viria a revelar o maior negócio do Santander naquele mês entrou em ação. Foi contratado por 17 anos e funciona em snowball — isto é, as subidas do spread a pagar pela empresa pública portuguesa são cumulativas.

De acordo com os termos do contrato, disponíveis na primeira sentença da justiça inglesa sobre o caso, o spread é recalculado trimestralmente e aumenta sempre que a taxa de juro de referência — a Libor a três meses — estiver abaixo de 1,5% ou acima de 8%. A primeira vez que a taxa de referência furou a barreira inferior do intervalo foi a 19 de dezembro de 2008. Nove meses antes, o Santander já tinha enviado uma declaração à Metro de Lisboa a dar conta de uma perda potencial em torno de nove milhões de euros.

Mas esta é uma explicação muito básica do instrumento — o seu funcionamento é de tal forma complexo que os peritos chamados pelas duas partes em disputa calcularam valores de mercado diferentes para a data de arranque deste spread. O perito convocado pelas empresas públicas, Ivan Harkins, diretor da consultora JC Rathbone Associates, avaliou o derivado num valor negativo de 12 milhões de euros. O consultor chamado pelo banco, David Evans, calculou o seu valor de mercado em 24 milhões de euros negativos.

A 1 de outubro de 2015, este mesmo swap já tinha um valor de mercado de 170,6 milhões de euros negativos, ou seja, esta era a perda potencial para a empresa pública, calculada àquela data.

Banco não transmitiu toda a informação

Nem toda a informação disponível sobre os swaps que estavam a ser comprados pelas empresas públicas portuguesas foi transmitida aos seus gestores. Por exemplo, houve uma análise de sensibilidade feita pelo Société Générale a um dos swaps vendidos à STCP cujos resultados não foram transmitidos à transportadora.

A primeira sentença do tribunal inglês sobre o caso conta a história, nos parágrafos 120 e 121:

“120. O swap da STCP tinha uma data de negociação de 2 de novembro de 2007. A Société Générale tinha feito uma análise de sensibilidade daquela transação. Enviou um email a Ms. Antunes [Cristina Antunes, responsável do Santander] com dados que mostravam que ‘num cenário de stress, pode-se perder até 389.368.711 dólares. Por favor confirme-nos que o seu cliente recebeu esta informação’.

121. De facto, a informação não foi transmitida à STCP, tendo a resposta do Banco Santander Totta sido ‘O que podemos garantir é que estamos conscientes da transação que queremos fechar’.”

A sentença inglesa nota que o Banco Santander Totta não deu nenhuma explicação para esta “resposta estranha”. Ainda assim, Cristina Antunes frisou que, tendo em conta que o swap não tinha nenhum limite superior, dependendo do cenário aplicado, seria teoricamente possível atingir qualquer valor.

“Esta resposta tem lógica, mas a falha na transmissão de informação é, porém, uma questão de preocupação”, reconhecem os juízes. Seja como for, mais à frente a sentença determina que “não pode ser dito com razoabilidade que a STCP não conseguia compreender a transação que comprou.”

A “conduta profissional” do Santander

O ministro das Finanças, Mário Centeno, e o Santander Totta, concordaram a 12 de abril que a conduta do banco foi “profissional”. Apesar de, depois de pesados todos os argumentos, as sentenças proferidas pelos tribunais ingleses sobre os casos não concluírem o contrário, algumas passagens das mesmas deixam claro que a instituição financeira não esteve isenta de críticas ao longo do processo.

E não foi só o facto de não ter sido prestada toda a informação sobre os contratos. Por exemplo, os juízes recordam também que o Santander, numa apresentação interna de novembro de 2005 que não partiu de Portugal, incentivava os colaboradores a vender produtos arriscados. “Think Big: don’t criticise ourselves. Reward Aggressiveness” — qualquer coisa como “Pensar em grande: Não nos critiquemos. Remuneremos a agressividade.” E somam: “É preciso que seja dito que há documentos que, embora não sejam típicos em toda a documentação, não abonam a favor do banco.”

O mesmo género de reparo é feito na sequência da verificação dos lucros obtidos pelo Santander com a venda do primeiro swap à Metro de Lisboa: “Este tipo de atitude é a antítese da relação bancária.”

Mais: os juízes concluem que “pedir às empresas públicas que continuem a cumprir as suas obrigações nos swaps é pedir-lhes, e a elas sozinhas, que suportem o peso dos efeitos adversos da crise financeira global.”

Todos os contratos com valor negativo

É outro dos pontos controversos deste caso: os nove contratos de swap que estiveram em tribunal tinham todos, desde o primeiro dia, um valor de mercado negativo. Ou seja, desde o dia 1 que as empresas públicas estavam confrontadas com perdas potenciais. E, mesmo assim, aceitaram comprar estes derivados financeiros.

Em tribunal, Cristina Antunes, responsável do Santander, reconheceu que as propostas do Santander para a Metro de Lisboa “não incluíam quaisquer testes forward ou de stress” porque o banco sabia, das negociações com o seu cliente, “que a Metro de Lisboa estava a levar a cabo a sua própria análise interna.”

Os valores iniciais dos nove contratos em causa, segundo os peritos que testemunharam em tribunal, eram todos negativos. Os juízes notam que as empresas públicas não tiveram acesso a estes dados no momento em que compraram os derivados — o banco não os disponibilizou, mas as empresas também não os pediram — e que a documentação do Santander aponta, tanto quanto é possível recuar no tempo, para valores positivos. A sentença interpreta esta diferença como a demonstração de que “o cálculo do valor de mercado de um swap” implica fazer um “juízo” sobre o mesmo.

Quanto valiam os swaps no arranque?

*Valor médio do intervalo. Fonte: Sentença de 4 de março de 2016, Tribunal Comercial inglês.

Gestores pensavam que estes swaps eram comuns

Os derivados financeiros eram estranhos, foram rotulados de tóxicos e especulativos pelo anterior Governo PSD/CDS-PP. Ainda assim, os gestores disseram em tribunal que achavam que estes eram produtos normais.

“Muitos bancos propuseram swaps snowball — estes não eram propriedade do Banco Santander Totta — e parece ser um instrumento comum nos mercados financeiros”, testemunhou Pedro Pinto, economista do departamento de planeamento da Metro do Porto. Esta afirmação foi usada pela defesa das empresas públicas para demonstrar a ingenuidade dos gestores portugueses. De facto, este tipo de swaps não é normal.

" Mr. Evans, que tem uma longa carreira de vendas, disse que nunca vendeu um swap snowball.”

High Court of Justice, Queen's Bench Division, Commercial Court

Sentença de 4 de março 2016

“O número de snowballs vendidos pelos bancos ao setor público em Portugal não foi grande. Cerca de 14 no total foram vendidos pelo Banco Santander Totta”, contextualizam os juízes. “Mr. Evans, que tem uma longa carreira de vendas, disse que nunca vendeu um swap snowball. O tribunal considera (e isto não está verdadeiramente em causa) que estes instrumentos não eram de facto comuns no mercado de swaps como um todo”, continua a sentença.

Os juízes explicam que estes derivados eram “presumivelmente invulgares pelos riscos envolvidos”, mas não concluem que “isto mostre ingenuidade por parte de Mr. Pinto. Ele estava a falar de propostas e não de vendas.”

Lei portuguesa dava razão às empresas

“Se a lei portuguesa se tivesse aplicado aos swaps, as empresas de transporte teriam sido bem sucedidas”, lê-se na segunda sentença dos tribunais ingleses sobre o caso.

De acordo com o Código Civil português, se houver uma alteração anormal de circunstâncias, face ao momento em que o contrato foi fechado, que desequilibre completamente os direitos e deveres das partes, esse evento implica uma quebra do princípio da boa-fé. E, nesse sentido, pode aplicar-se um artigo do Código Civil que anula o contrato.

Ora, as empresas públicas assinaram um documento onde se comprometeram a resolver quaisquer diferendos com o Santander sobre os contratos em jurisdição inglesa. E assim que Maria Luís Albuquerque, que era a ministra das Finanças em 2014, pôs em causa a validade dos contratos, o Santander apressou-se a submeter uma ação nos tribunais ingleses para ver confirmada a validade dos swaps.

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5 coisas que vão marcar o dia nos mercados

  • Rita Atalaia
  • 21 Abril 2017

Os investidores estão hoje atentos a Portugal, quando a agência canadiana DBRS se pronunciar sobre o rating do país. Lá fora, destaque para as reuniões do FMI e Banco Mundial.

A DBRS vai pronunciar-se sobre o rating da República. A agência canadiana atribui uma notação de BBB (low), que é o que ainda permite ao país estar elegível para compra de dívida do banco liderado por Mario Draghi. Olhando para o resto do mundo, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial reúnem responsáveis de topo dos governos e dos bancos centrais para falarem sobre a economia mundial. Destaque ainda para o petróleo, cuja recuperação pode ser abalada pelo aumento da produção nos EUA.

Dia D… de DBRS para Portugal

O rating de Portugal vai hoje ser avaliado pela DBRS. A agência canadiana atribui uma notação de BBB (low), bem como um outlook estável para o risco de crédito da República. Ou seja, a estabilidade das perspetivas da agência para o país significa que não prevê mudanças no rating. Aquilo que a DBRS decide assume particular importância para o caso português, já que a agência canadiana é a única entre as principais agências mundiais a considerar a dívida portuguesa acima do patamar de lixo, garantindo deste modo a elegibilidade dos títulos portugueses para o plano de aquisição de dívida pública do Banco Central Europeu.

FMI dá mais pistas sobre economia global

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial reúnem hoje ministros, banqueiros e jornalistas para falarem sobre a economia global e, potencialmente, sobre os impactos da saída do Reino Unido da União Europeia. Isto depois de o fundo ter melhorado ligeiramente a previsão de crescimento económico mundial. A entidade liderada por Christine Lagarde refere que estas previsões para o período de 2017 a 2018 refletem “uma melhoria da atividade nas economias desenvolvidas mais rápida do que o esperado previamente” e, simultaneamente, um crescimento “marginalmente mais fraco” nas economias emergentes e em desenvolvimento em 2017.

Como está a economia da Zona Euro?

A economia da Zona Euro vai novamente a teste. Hoje serão divulgados dados que mostram o desempenho do setor dos serviços e industrial na região. Mas o mercado não está particularmente otimista. Um abrandamento da produção industrial em janeiro e fevereiro cria dúvidas sobre se a economia será capaz de manter o ritmo de crescimento. Isto apesar de o arranque de 2017 ter sido forte, com o índice de gestores de compras nos 55,6 pontos — uma leitura acima de 50 pontos significa expansão. O Reino Unido também vai ficar a conhecer os números para as vendas a retalho, numa altura em que arrancaram as negociações para o país sair da União Europeia.

Petróleo está a subir. É para continuar?

O petróleo está a recuperar de quedas expressivas. Um discurso do ministro do Petróleo da Arábia Saudita, que voltou a sinalizar um prolongamento dos cortes da produção dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), foi suficiente para impulsionar a matéria-prima. Mas os preços vão hoje ser novamente testados. Serão revelados novos indicadores que poderão mexer com o mercado do “ouro negro”: a Baker Hughes revela o relatório semanal do número de poços em exploração nos Estados Unidos. Se os dados revelarem um aumento, o mercado petrolífero pode ser novamente abalado.

Fed vai pôr “o pé no acelerador”

A Reserva Federal dos EUA teve um papel decisivo na economia norte-americana. Foi a atuação do banco central que permitiu curar a economia norte-americana depois da crise financeira, fase que está já mais do que superada. Daí que Janet Yellen diga que agora o foco da Fed mudou. Em vez de curar, agora o importante é garantir que os progressos alcançados não são perdidos. Mas como? O presidente do banco da Reserva Federal de Minneapolis, Neel Kashkari, poderá dar mais pistas quando discursar hoje numa universidade dos EUA.

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Reestruturar a dívida? Será “muito duro” para os portugueses

  • Lusa
  • 20 Abril 2017

Maria Luís Albuquerque diz que o PSD “não está disponível para dialogar” sobre a reestruturação da dívida. Essa eventual reestruturação iria criar “uma situação muito dura para os portugueses”.

Maria Luís Albuquerque diz que a dívida pública é sustentável e alertou que uma eventual reestruturação iria criar “uma situação muito dura para os portugueses”.

“A sustentabilidade da dívida pública tem a ver com a nossa capacidade enquanto país de convencer quem nos financia de que somos capazes de a pagar. Isso passa por uma política orçamental responsável e por uma capacidade de crescimento”, defendeu a antiga ministra das Finanças.

Maria Luís Albuquerque, que falava esta noite aos jornalistas, em Odivelas, à margem de um debate sobre a dívida pública portuguesa, sublinhou que “a questão da sustentabilidade da dívida pública tem muito mais a ver com a confiança dos mercados do que propriamente com qualquer valor absoluto”.

“Nós conhecemos países com um nível de dúvida pública muito elevado em que a questão da sustentabilidade não se coloca e outros com níveis de dívida pública mais baixos que perdem acesso a mercados”, atestou.

Quando questionada pelos jornalistas sobre as reuniões existentes entre o Governo e Bloco de Esquerda para discutir a reestruturação da dívida, a vice-presidente do PSD ressalvou que os sociais-democratas “não estão disponíveis para dialogar sobre essa matéria”.

“O Governo tem tentado jogar nos dois tabuleiros e não dizer sim, nem não, nem que antes pelo contrário. Cabe ao Governo dizer o que tenciona fazer face à pressão dos seus parceiros”, afirmou, sublinhando que o caminho dos sociais-democratas “é o das finanças públicas sustentáveis e o da continuação das reformas estruturais”.

Na segunda-feira, a líder do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, falou da existência de vários grupos de trabalho que existem entre o BE, o PS e o Governo, nomeadamente a nível de habitação e da dívida pública.

Na ocasião, Catariana Martins afirmou que o BE “continua a dizer que é preciso olhar de frente e resolver o problema da dívida pública e que isso exige uma reestruturação”.

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Daesh reivindica ataque em Paris na vésperas das eleições

  • Lusa
  • 20 Abril 2017

O Estado Islâmico reivindicou o tiroteio nos Campos Elísios, em Paris, em que morreu um agente policial e o autor dos disparos.

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou hoje à noite o tiroteio nos Campos Elísios, em Paris, em que morreu um agente policial e o autor dos disparos, enquanto dois polícias ficaram gravemente feridos.

A reivindicação surgiu num comunicado divulgado pelo órgão de propaganda do EI, a Amaq. “O autor do ataque nos Campos Elísios, no centro de Paris, é Abu Yussef, ‘o Belga’, e é um dos combatentes do Estado Islâmico”, relatou a Amaq.

O anúncio da autoria do ataque surge muito rapidamente, o que não é comum para este grupo radical que está a perder território na Síria e no Iraque.

Um homem matou hoje um polícia e feriu gravemente outros dois, a tiro, e foi depois abatido, nos Campos Elísios, no centro de Paris.

O ataque ocorreu pelas 21h00 locais, menos uma hora em Lisboa.

O autor dos disparos estava já identificado pelas autoridades como extremista e já tinha sido alvo de uma investigação por ter manifestado intenção de matar agentes policiais.

As autoridades estavam esta noite a realizar buscas na zona onde residia o homem, em Seine-et-Marne, perto da capital francesa.

A porta-voz da polícia, Johanna Primevert, disse que o atirador parecia estar sozinho quando disparou contra um veículo da polícia, com uma espingarda Kalashnikov (AK47).

O Presidente francês, François Hollande, confirmou que as pistas apontam para um caso de terrorismo.

“Estamos convencidos, as pistas que podem conduzir a investigação são de ordem terrorista”, afirmou o Presidente, numa declaração hoje à noite.

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