SIVA vende… menos. Culpa é do rent-a-car
A SIVA, responsável pela comercialização em Portugal das marcas do Grupo VW, registou uma quebra nas vendas no último ano. Atribui a culpa ao menor peso que tem no negócio do rent-a-car.
As vendas de automóveis aumentaram no último ano, mas o ritmo de crescimento desacelerou face ao ano anterior. Enquanto o mercado cresceu mais de 7%, a SIVA vendeu… menos. A representante das marcas do Grupo VW em Portugal registou uma quebra de 4,3%, variação negativa explicada essencialmente pelo menor peso do rent-a-car na VW, Audi e Skoda.
Foram vendidos 222.134 automóveis no mercado nacional, no ano passado. Houve um aumento de 7,1% nas vendas, mas a SIVA entregou menos cerca de 1.400 automóveis. As vendas totais cifraram-se em 30.171 veículos, com a Volkswagen a representar mais de metade de todos os carros comercializados. Ainda assim, passou de 17.031 para 16.473 veículos.
A explicação para a quebra, que levou a VW a perder o segundo lugar no ranking das marcas mais vendidas, está no rent-a-car. “Não crescemos ao ritmo que ele [o segmento do rent-a-car] está a crescer”, diz Pedro de Almeida, administrador executivo da SIVA, lembrando que este negócio cresceu muito em Portugal. Cresceu 12,2%, bem acima da média, à boleia do turismo. A Skoda foi a que mais sofreu. Vendeu, em 2016, 900 automóveis para rent-a-car. Em 2017 vendeu 400.
Enquanto o rent-a-car representa já quase 25% do mercado, há outro segmento que está a florescer: o dos automóveis quilómetro zero. “Cerca de 15% do mercado são carros quilómetro zero. São carros matriculados pelas marcas e vendidos com descontos passados alguns meses”, refere o responsável da SIVA.
O mercado, que a SIVA prevê cresça menos em 2018 que no ano passado (para 230 mil veículos) “continua a crescer alavancado pelo rent-a-car”, sendo que a empresa prefere “ter um volume saudável, com qualidade”. “O rent-a-car tem margens curtas. E o quilómetro zero também é desinteressante. Em 2018 vamos continuar com essa estratégia, de desinvestir nos canais onde não interessa”, refere Pedro de Almeida.
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