JLL regista resultados recorde em Portugal pelo terceiro ano consecutivo
Fruto da implementação da estratégia de expansão iniciada em 2015, a consultora imobiliária voltou ter o seu melhor ano de sempre em 2017.
A consultora imobiliária JLL atingiu, em 2017, resultados recorde no nosso país, com um crescimento de 60% no volume de negócios face ao ano anterior. Neste ano, a atividade agregada das áreas transacionais (casos dos serviços prestados no âmbito das transações de investimento, de escritórios, retalho, habitação, hotelaria e urban development) mais que duplicou (+106%), e também as linhas de negócio não transacionais (ou seja, aquelas cuja prestação de serviços não envolve uma participação direta numa transação (por exemplo, consultoria, avaliações, arquitetura ou gestão de imóveis) registaram um crescimento sólido, aumentando cerca de 28% em termos agregados.
“Foi um ano em que quase duplicámos o crescimento médio anual dos últimos dois anos”, sublinha Pedro Lancastre, Diretor Geral da JLL Portugal, acrescentando que “crescemos a dois dígitos de forma transversal a todas as áreas de negócio, com algumas até a registarem subidas a três dígitos. Isto a par da consolidação da nossa quota de mercado”. O responsável da JLL evidencia, por isso, o contributo da empresa “para o dinamismo do mercado”, já que “só na atividade transacional de investimento, de ocupação de escritórios e venda de habitação premium, atingimos quotas de 30% a 45% do total negociado pelo setor em 2017”.
Este é o terceiro ano consecutivo em que a JLL regista resultados recorde em Portugal, consolidando aquele “que é um dos seus melhores momentos de sempre”, no percurso de 20 anos que tem no mercado nacional. Tal é fruto da estratégia de expansão da consultora, que lançou em 2015 duas novas áreas de negócio (residencial e hotelaria) e reforçou as áreas de negócio já consolidadas, além de ter apostado no crescimento por via de aquisições. Em 2015, integrou a Novo Interior, para reforçar o negócio da Tétris, braço de arquitetura e construção; e adquiriu a Cobertura, referência na comercialização de habitação premium e que lhe permitiu expandir-se de forma muito expressiva no mercado residencial, onde entretanto tem vindo a apostar na abertura de lojas selecionadas em Lisboa, Cascais e, no último ano, também no Porto. “Estas aquisições, a par da expansão orgânica da empresa, foram cruciais para que o negócio ganhasse o ritmo dos três últimos anos”, comenta Pedro Lancastre.
2017 foi um ano espetacular para o mercado imobiliário em Portugal. Já não estamos a falar de um percurso de recuperação, mas sim de expansão.
O crescimento neste período foi igualmente acompanhado pelo reforço dos recursos humanos, com a empresa a integrar hoje mais de 250 colaboradores, ou seja, mais 56% do que a equipa de 160 pessoas com que terminou 2015 e que apresentava já um aumento de 50% face ao ano anterior.
Abordagem 360º ao mercado
Parte da estratégia passou também pela capacidade exclusiva em prestar um serviço 360o no imobiliário em Portugal, abrangendo todos os segmentos de mercado (habitação, escritórios, retalho e hotelaria) em todas as fases do ciclo imobiliário. Em resultado deste processo de expansão, a JLL disponibiliza atualmente soluções através de 11 áreas de negócio, prestando serviços de agência, investimento, corporate solutions, desenvolvimento urbano, consultoria estratégica & research, avaliações, gestão de imóveis, gestão de projetos e arquitetura & construção de interiores.
O mercado tem “reagido cada vez melhor a esta proposta”, sendo cada vez mais os casos em que “trabalhamos um imóvel de forma integrada por vários Departamentos”, esclarece Pedro Lancastre.
Os resultados estão à vista, com um crescimento transversal a todos os negócios, especialmente vincado neste último ano. Só o departamento de Capital Markets da JLL mais do que triplicou a sua atividade em 2017, assessorando transações no total de €511 milhões (vs. 146 milhões de euros assessorados em 2016); e também o negócio Residencial mais do que duplicou, com um crescimento de 157% e um valor médio de venda de 630.000 eurps por casa e unidades vendidas junto de compradores oriundos de 50 países. Nos Escritórios, só em Lisboa, a JLL foi responsável pela colocação de 48.380 m2, num total de 126 operações (em exclusivo ou co-exclusivo) incluindo algumas das principais sedes da banca e advogados que se mudaram este ano. No Retalho, colocou 36.614 metros quadrados, concluindo 98 operações e esteve envolvida na comercialização do maior centro comercial a abrir portas em Portugal nos últimos anos, o MAR Shopping Algarve. E quanto Urban Development assessorou a transação de €150 milhões de imóveis para desenvolvimento de reabilitação ou construção nova em Lisboa e no Porto. O negócio de Hotéis & Hospitality, focado no segmento hoteleiro e turístico, registou um ano dinâmico, aumentando a atividade em cerca de 27%.
"A aquisição da Novo Interior e a da Cobertura, a par da expansão orgânica da empresa, foram cruciais para que o negócio ganhasse o ritmo dos três últimos anos.”
Nas chamadas áreas não transacionais, a Tétris registou o seu melhor ano de sempre, com um crescimento de 20% face a 2016 e a execução de mais de 100 obras de escritórios e de retalho, entre as quais a inovadora loja de high luxury JNcQoi, na avenida da Liberdade. O departamento de Gestão de Imóveis gere 51 projetos no total de com 650.000 metros quadrados, com esta carteira a crescer 25% face a 2016, enquanto que, nas Avaliações apresentou um crescimento de mais de 20%, avaliando mais de 10 mil milhões de euros de ativos imobiliários. A Consultoria Estratégia & Research impulsionou o negócio em 42% e continua a inovar nos estudos desenvolvidos, abordando segmentos alternativos com elevado potencial de crescimento como é o caso das residências universitárias. Na área de Project Development Services o crescimento foi de 50%, estando a consultora a apoiar o desenvolvimento de 23 projetos que correspondem a investimentos superiores a 100 milhões de euros.
Mercado também contribui
Foi realmente um ano “excecional para a empresa”, para o qual o momento inigualável do mercado também contribuiu. “2017 foi um ano espetacular para o mercado imobiliário em Portugal e em que se atingiram volumes históricos”, diz Pedro Lancastre, para quem “já não estamos a falar de um percurso de recuperação, mas sim de expansão” em que “ o crescimento é sustentado e sustentável, porque as fontes de procura são hoje muito mais diversificadas e o posicionamento de Portugal na captação de capital internacional não é conjuntural”.
De acordo com os dados apurados pela consultora para 2017, o investimento em imobiliário comercial em Portugal cresceu 50% e atingiu um volume de aproximadamente €1.900 milhões. A atividade compara com os €1.254 milhões transacionados em 2016 e projeta o ano de 2017 para um patamar nunca atingido em Portugal. Nos mercados de habitação, escritórios, retalho e hotelaria, 2017 foi igualmente ano de forte crescimento nas transações e de um aumento evidente de preços e rendas. Tudo isto envolto num contexto económico favorável e que “surpreendeu pela positiva, numa altura em que as agências de notação reviram em alta o rating da dívida portuguesa. A conjugação destes fatores impulsionou o crescimento económico, a confiança internacional, o financiamento e o investimento”, diz ainda Pedro Lancastre.
E tudo leva a crer que o bom momento continue, uma vez que “o interesse internacional por Portugal, enquanto destino para investir, morar, trabalhar ou visitar, vai manter-se muito forte, ao mesmo tempo que os portugueses também estão mais ativos”. Num cenário em que se verifica “uma abrangência geográfica cada vez maior, alargando a mercados secundários além de Lisboa, Porto, Algarve”, diz o diretor geral da JLL Portugal.
20 anos de liderança para manter
Relativamente à empresa, “em paralelo ao excelente momento de mercado, antevemos um 2018 de muito trabalho e pretendemos manter a posição de liderança no mercado imobiliário português alcançada nestes 20 anos, refere Pedro Lancastre.
Criada em 1997, a JLL assinalou em 2017 duas décadas de atividade no nosso país, durante as quais alcançou uma posição de liderança no mercado imobiliário português e contribuiu de forma decisiva para a profissionalização do setor. Começou a sua atividade ligada sobretudo ao mercado de shoppings e passados dez anos tinha já expandido para o segmento de escritórios, com serviços de agência, investimento, gestão de imóveis, corporate solutions, avaliações, arquitetura & construção e ainda research. Atualmente, como 11 áreas de negócio e soluções integrados para todos os segmentos de mercado em qualquer fase da vida de um imóvel, a JLL pretende “consolidar conquistar mais negócio quer nas áreas não transacionais quer nas áreas de investimento e ocupação. O mercado está em excelente forma e a JLL também, o que nos motiva para os próximos 20 anos”, termina Pedro Lancastre.
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