300 mil ainda usam cadernetas. Caixa quer que passem a digitais
Há mais de 300 mil clientes da CGD que hoje usam a caderneta. O banco público quer que pelo menos uma parte destes clientes esteja a usar a caderneta digital ainda este ano.
Depois de ter introduzido comissões para os clientes que façam levantamentos com a caderneta, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai dar início a uma “transição suave” da caderneta física para uma digital. São mais de 300 mil os clientes do banco público que hoje usam este documento e a administração liderada por Paulo Macedo quer que, no final deste ano, alguns destes clientes já estejam a utilizar a caderneta digital.
“O nosso projeto é, este ano, lançar a caderneta digital, para não quebrar um hábito, mas agora apresentada de uma nova forma. A caderneta que existe hoje e que a Caixa mantém vai ter condicionantes para servir como meio de autenticação, depois de as diretivas comunitárias estarem totalmente em vigor. A Caixa quer responder a este conjunto de pessoas, dando-lhes uma opção mais evoluída”, disse Paulo Macedo aos jornalistas, em declarações à margem da Banking Summit.
Em causa está uma nova diretiva europeia que fará com que o sistema da caderneta deixe de ser “considerado suficientemente forte a partir de uma determinada data”, explica Paulo Macedo. “Há um prazo e estamos a trabalhar para que as pessoas sejam minimamente afetadas”, adianta.
Este processo não será feito “de um dia para o outro” e o presidente da CGD garante que quer que “haja uma inclusão”, para que “as pessoas possam aprender a manusear” o novo instrumento.
Sem referir exatamente quantos clientes estão abrangidos, Paulo Macedo diz que são mais de 300 mil e que o objetivo é que parte destes já esteja, no final deste ano, a utilizar a caderneta digital. Seja como for, será “uma transição muito suave”, assegura. “O que queremos é que as pessoas sejam servidas”.
"Os custos são uma vertente essencial, mas, primeiro, está o serviço ao cliente. Se não fosse essa a principal preocupação, descontinuávamos a caderneta.”
O presidente da CGD também não refere que poupança, em termos de custos, é que esta medida vai representar para o banco público. “Os custos são essenciais, porque o que os portugueses dizem é que não querem pagar mais comissões. Os custos são uma vertente essencial, mas, primeiro, está o serviço ao cliente. Se não fosse essa a principal preocupação, descontinuávamos a caderneta”, aponta.
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