Marcelo elogia crescimento de 2,7% por “convergência com UE”
O chefe de Estado assinalou que o ritmo do crescimento deve ser para manter. "Temos de fazer por isso, porque é um crescimento que se baseia menos no consumo interno do que no investimento", afirmou.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assinalou hoje que o crescimento económico de 2,7% em 2017, o ritmo de crescimento anual mais elevado desde 2000, representa “uma convergência com a Europa”. Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “é um crescimento histórico”, não só por ser “o mais elevado neste século”, mas também porque “representa uma convergência com a Europa”, já que se ultrapassou “a média europeia”.
“É muito motivador para os portugueses”, disse o chefe de Estado, que falava aos jornalistas na Universidade Nova de Lisboa, após a atribuição do título Doutor honoris causa ao sul-africano Albie Sachs, ativista dos direitos humanos, que dedicou a vida a lutar contra o “apartheid” e pela democracia e liberdade. Considerando que “é uma ótima notícia” o registo provisório de 2017 de crescimento económico em Portugal divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Presidente da República realçou que Portugal tem de manter a aceleração da economia acima da União Europeia. “Temos de fazer por isso, porque é um crescimento que se baseia menos no consumo interno do que no investimento e nas exportações”, sublinhou. Marcelo Rebelo de Sousa reiterou ainda que Portugal tem de “colocar o acento tónico nas exportações e no investimento”.
“Aparentemente, aquilo que temos visto neste primeiro mês e meio mostra que o turismo parece estar ao nível do que se passou no ano anterior, vamos ver se isso acontece no domínio das exportações, que cresceram imenso no ano passado”, declarou.
A economia portuguesa cresceu 2,7% no conjunto de 2017, o ritmo de crescimento anual mais elevado desde 2000 e mais 1,2 pontos percentuais do que no ano anterior, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com a estimativa rápida divulgada, a aceleração do crescimento no ano passado – recorde-se que a economia portuguesa tinha crescido 1,5% no conjunto de 2016 – resultou do “aumento do contributo da procura interna, refletindo principalmente a aceleração do investimento, uma vez que a procura externa líquida apresentou um contributo idêntico ao registado em 2016”. Este é também o ritmo de crescimento mais elevado desde 2000, sendo que nesse ano a economia subiu 3,8% e desde então que, quando cresceu, foi sempre a ritmos inferiores a 2,7%.
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