Maria Luís Albuquerque: “Acho difícil que o PS apresente um OE que mereça a nossa aprovação”
A ex-ministra das Finanças considera que as diferenças de "posicionamento, de visão e de prioridades são demasiado grandes" para que o PSD aprove um OE do Governo.
Maria Luís Albuquerque considera que é “muito difícil” que o PS apresente um Orçamento de Estado que seja aprovado pelo seu partido. Isto porque as diferenças de “posicionamento, de visão e de prioridades são demasiado grandes”, refere a ex-ministra das Finanças, que não descarta a possibilidade de vir a candidatar-se à liderança do PSD.
“Acho muito difícil, francamente, o PS apresentar um OE que mereça a nossa aprovação. Aquilo que nos separa é demasiado grande. As diferenças de posicionamento, de visão e de prioridades são demasiados grandes para que pudesse haver um OE apresentado pelo OE que pudesse merecer a nossa aprovação”, afirma Maria Luís Albuquerque numa entrevista ao Dinheiro Vivo.
"Acho muito difícil, francamente, o PS apresentar um OE que mereça a nossa aprovação. Aquilo que nos separa é demasiado grande. As diferenças de posicionamento, de visão e de prioridades são demasiados grandes para que pudesse haver um OE apresentado pelo OE que pudesse merecer a nossa aprovação.”
Mas mantém-se cautelosa. “Não conheço o documento ainda e anunciar um voto de um documento que não se conhece não me parece muito razoável. Se me perguntar se acho possível que o documento possa conter aquilo que seria necessário para o PSD se rever nele, não me parece possível de todo”, refere a ex-ministra, que deixa em cima da mesa a possibilidade de vir a candidatar-se à liderança do PSD caso Rui Rio não vença as próximas eleições legislativas.
“Não tomei uma decisão definitiva sobre essa matéria mas não estou de todo a pensar nisso. Não tenho essa vontade, para já. Acho que em política não se deve dizer nunca para depois não termos de engolir as nossas palavras. Não tenho essa intenção mas tenho 50 anos, porque não?“, nota.
Sobre a economia do país, Maria Luís desvaloriza o crescimento. “Acho francamente triste para o país que 2,7% seja o melhor que conseguimos em todos estes anos. Tanto mais, se nos compararmos com parceiros europeus”, salienta, acrescentando ainda que “quando pensamos na posição que o país tem, no atraso que tem de recuperar, naquilo que precisamos de fazer, porque a dívida é muito elevada, e quando há, na mesma conjuntura, 20 países que conseguem fazer melhor, é francamente pouco”.
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