Moody’s abre porta a subida de rating do BCP
A agência manteve a notação do BCP em "lixo" mas melhorou o outlook de estável para positivo, abrindo a porta a uma subida do rating. Cita melhoria da qualidade dos ativos e recuperação doméstica.
A Moody’s manteve o rating do BCP, mas melhorou as perspetivas de evolução de estável para positiva, abrindo a porta a uma subida da notação de risco. A agência cita a melhoria da qualidade dos ativos e ainda a recuperação dos lucros no mercado doméstico como fatores principais para esta decisão.
“A ação de rating reflete o perfil de crédito global do BCP, nomeadamente a melhoria das métricas de risco dos ativos e a sua maior rentabilidade doméstica“, justifica a Moody’s. “Apesar destas melhorias, a Moody’s sublinha que a capacidade de absorção de risco continua fraca em virtude dos desafios significativos em relação à qualidade dos ativos”, indica ainda.
Em concreto, a Moody’s manteve os ratings de depósito de longo prazo e de dívida do BCE em B1, em zona de investimento especulativo — situa o risco do banco quatro níveis abaixo do patamar de investimento de qualidade.
Quanto ao outlook, que indica quais as perspetivas de evolução assumidas pela agência em relação aos ratings, foi melhorado de estável para positivo. Ou seja, haverá uma subida do rating “se o BCP continuar a reduzir o seu stock de ativos problemáticos e melhorar a sua capacidade de absorção de risco durante o período do outlook“, diz a agência na sua decisão.
O BCP registou lucros de 186,4 milhões de euros em 2017, ou seja, 7,8 vezes mais do que no ano anterior. Em relação à NPE (non performing exposure), este indicador diminuiu em 1,8 mil milhões de euros no ano, “cifrando-se em 6,8 mil milhões de euros no final de 2017, claramente abaixo do objetivo anunciado de 7,5 mil milhões”.
O banco prepara-se para mudanças no seu governo. Conforme avançou o ECO em primeira mão, Nuno Amado deverá ser promovido a chairman do BCP, um cargo que terá poderes reforçados. Já Miguel Maya será o novo CEO.
(Notícia atualizada às 12h19)
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