Sarkozy vai recorrer das medidas impostas pelo Ministério Público
Juízes de Paris impedem o ex-Presidente de contactar nove pessoas envolvidas no alegado financiamento ilegal da campanha presidencial de 2007. Sarkozy fala de vingança do "clã Khadafi".
O ex-Presidente francês, Nicolas Sarkozy, acusado de aceitar financiamento ilegal da Líbia para a campanha eleitoral de 2007, vai recorrer da medida imposta pelos juízes de Paris que o impede de contactar nove pessoas envolvidas no mesmo caso.
A medida foi imposta na quinta-feira pelo Ministério Público que decidiu que Sarkozy fica impedido de contactar com nove pessoas igualmente envolvidas no processo, duas das quais são ex-ministros e próximos do ex-presidente francês. Os envolvidos ficam também impedidos de se deslocarem à Líbia, Egito, Tunísia e África do Sul.
O ex-Chefe de Estado considerou que as acusações sobre o financiamento ilegal da campanha às presidenciais em 2007 com dinheiro alegadamente fornecido por Muhamar Kadafi, constituem uma vingança do clã do ex-ditador líbio pela intervenção internacional contra o país.
Segundo o jornal Le Figaro (conteúdo em francês) o argumento de Sarkozy foi transmitido aos juízes que o interrogaram durante 20 horas, na quarta-feira. Sarkozy disse que está a ser vítima de “manipulação” e que além das declarações do “clã Kadafi” não existem nenhumas provas materiais.
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