14 países da UE expulsam diplomatas russos
É a resposta da Europa ao envenenamento com gás tóxico do ex-espião Serguei Skripal, no Reino Unido. Também já há expulsões para lá da União Europeia.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou esta segunda-feira que 14 países da União Europeia decidiram expulsar diplomatas russos, na sequência do caso do envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal.
“Na semana passada, o Conselho Europeu condenou da forma mais veemente possível o ataque de Salisbury. O Conselho Europeu concordou que é altamente provável que a Rússia seja responsável e que não há nenhuma explicação plausível alternativa [para o ataque]”, começou por recordar.
Donald Tusk prosseguiu revelando que 14 Estados-Membros decidiram expulsar diplomatas russos, sem especificar, todavia, quais os países que tomaram essa opção.
“Não se excluem medidas adicionais, incluindo mais expulsões, nos próximos dias ou semanas, no quadro de ação coordenada da União Europeia”, acrescentou, numa conferência de imprensa na cidade búlgara de Varna, onde decorre esta segunda-feira uma cimeira entre os líderes da UE e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
A medida foi além dos países da UE. Alemanha, França, Polónia e Canadá a anunciaram esta segunda-feira a expulsão de quatro diplomatas russos cada um. A República Checa e a Lituânia expulsaram três, a Itália, a Holanda e a Dinamarca dois, a Estónia um e a Ucrânia 13, em resposta ao envenenamento com gás tóxico do ex-espião Serguei Skripal no Reino Unido. Os Estados Unidos anunciaram também a expulsão de 60 “espiões” russos e uma ordem de encerramento do consulado da Rússia em Seattle.
Skripal, de 66 anos, e a filha, de 33, continuam hospitalizados em estado crítico mas estável, desde que inalaram, a 4 de março, em Salisbury, no sudoeste de Inglaterra, onde residem, um gás neurotóxico chamado Novichok, de fabrico russo, segundo as autoridades britânicas.
O envenenamento de Serguei Skripal desencadeou uma grave crise nas relações já glaciais entre Moscovo e o Ocidente e foi seguido da expulsão de 23 diplomatas russos de território britânico e do congelamento das relações bilaterais. A Rússia, que clama inocência, anunciou como represália a expulsão de diplomatas britânicos do seu território e pôs fim às atividades do British Council no país.
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