Guerra comercial volta a arrastar as bolsas para as perdas. Lisboa desvaloriza quase 0,5%
No dia em que Trump admite mais taxas aos produtos importados da China, a Europa reagiu e arrancou nas perdas. Lisboa não resistiu e acompanhou a tendência.
A bolsa de Lisboa arrancou a última sessão da semana a desvalorizar quase 0,5%, contrariando as subidas de mais de 2% registadas no dia anterior. Na Europa o sentimento é semelhante, com os investidores a mostrarem-se preocupados com o conflito comercial entre a China e os Estados Unidos, no dia em que Donald Trump anunciou novas tarifas a produtos importados de Pequim. Por cá, destaque para o banco liderado por Nuno Amado, que segue a cair mais de 1%, e para as cotadas energéticas que abriram a valorizar.
O PSI-20 abriu a cair 0,39% para 5.464,3 pontos, contrariando a tendência da sessão anterior, em que fechou a valorizar mais de 2%. Nas restantes praças europeias o sentimento também não é positivo: o Stoxx-600 recua 0,51% para os 374,23 pontos, assim como o espanhol Ibex-35 que cai 0,64% para os 9.679,4 pontos. Em Paris, o CAC-40 desvaloriza 0,43% para os 5.253,92 pontos e o italiano FTSE recua 0,16% para os 22.932,41 pontos.
Estas quedas acentuadas acontecem no dia em que o presidente norte-americano admitiu cobrar novas taxas a produtos importados da China, cujo volume ascende a 100 mil milhões de dólares. Pequim não tardou a afirmar que irá responder “na mesma moeda”. Desta forma, os investidores voltam a estar menos confiantes e mais preocupados com uma possível guerra comercial entre os dois países.
A pesar no desempenho do principal índice bolsista nacional estiveram as quedas de 1,01% do BCP, cujos títulos cotam a 0,2741 euros, e ainda da Jerónimo Martins, que recua 1,24% para os 14,71 euros.
A Galp segue a cair 0,88% para os 15,84 euros, num dia em que o barril de Brent desce para os 67,92 dólares. A maior queda desta abertura pertence à Mota-Engil, cujos títulos recuam 1,50% para os 3,2850 euros.
De entre as 18 cotadas nacionais, apenas seis abriram esta sessão em terreno positivo e duas mantiveram-se inalteradas. A registarem ganhos esteve o setor energético, com a EDP a valorizar 0,48% para os 3,121 euros, um dia depois de António Mexia ter sido aprovado com uma maioria de 99,7% para liderar a elétrica. A EDP Renováveis avança 0,12% para os 8,05 euros, assim como a REN que ganha 0,16% para os 2,526 euros.
Depois de, na sessão anterior, ter sido a única cotada a fechar com perdas, a Semapa recupera e arranca último dia da semana com a maior valorização nacional: valoriza 0,84% para os 19,1 euros.
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