Reestruturação do banco de investimento da CGD avança. Vão sair mais funcionários
O banco de investimento da Caixa Geral de Depósitos vai mesmo passar por uma reestruturação. O plano, aprovado esta segunda-feira, levará a uma maior integração com a CGD e à saída de funcionários.
A reestruturação do banco de investimento da Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai mesmo avançar. O plano foi aprovado esta segunda-feira em assembleia geral (AG) de acionistas. Apesar de o banco estatal garantir que o CaixaBI vai manter a autonomia, terá de haver uma maior integração comercial e operacional com o resto do grupo. O objetivo será fazer mais negócio com menos custos, incluindo com trabalhadores.
Em cima da mesa da assembleia geral do CaixaBI estavam vários pontos, incluindo o relatório de gestão e as contas respeitantes ao exercício de 2017, a política de remuneração dos membros da administração e fiscalização, mas também o plano de reestruturação do banco de investimento da instituição financeira liderada por Paulo Macedo. “O plano de reestruturação do do CaixaBI foi aprovado hoje em AG”, afirmou fonte oficial da CGD ao ECO.
Segundo fonte próxima do processo, este plano não vai retirar a autonomia do CaixaBI. Vai, sim, obrigar a uma maior integração comercial e operacional com a CGD, como já tinha avançado o Jornal de Negócios. O banco estatal detém 94,045% do capital do banco de investimento, enquanto a Caixa Participações é dona de 5,705%. O restante capital do CaixaBI encontra-se disperso por outros acionistas minoritários.
Neste processo de reestruturação, que já levou o CaixaBI a vender a antiga sede à seguradora Zurich, “haverá atividades que tendencialmente passarão a ser apenas desenvolvidas na CGD, focando o CaixaBI nas atividades onde tem competências diferenciadas e de maior valor acrescentado como a assessoria em fusões e aquisições, estruturação de financiamentos, restruturação financeira de empresas, mercado de capitais, corretagem e estruturação de produtos de tesouraria para empresas”, explica a mesma fonte ao ECO.
Haverá, por isso, uma maior integração de áreas de suporte, como operações, informática e contabilidade, mas sem que haja uma “extinção” das mesmas. E, neste sentido, vão continuar a sair funcionários do CaixaBI. Questionada pelo ECO, fonte oficial não revelou quantos serão afetados pela reestruturação.
O CaixaBI terminou o ano passado com um total de 136 colaboradores, quando tinha 178 funcionários no ano anterior — saiu quase um quinto dos trabalhadores. Fonte próxima explica que estas saídas resultam, contudo, do plano de redução do grupo, através de reformas ou acordos de rescisão, e não de objetivos específicos para o banco de investimento.
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