UE está a investigar negócio entre a Shazam e a Apple
A Comissão Europeia está preocupada com os efeitos que a possível aquisição da Shazam pela Apple terá nas escolhas dos fãs de música. Por isso, acabou de lançar uma investigação formal ao negócio.
A proposta de compra do Shazam apresentada pela Apple está, oficialmente, na mira da Comissão Europeia. Esta terça-feira, foi lançada uma investigação formal a esse negócio com base nos argumentos de que a aquisição pode prejudicar as escolhas dos consumidores e dar à empresa liderada por Tim Cook uma vantagem desleal através do acesso aos dados dos utilizadores.
“A nossa investigação tem como objetivo assegurar que os fãs de música continuem a desfrutar de ofertas atrativas de streaming e não tenham de lidar com menos opções de escolha como resultado desta fusão”, explica a comissária Margrethe Vestager, em comunicado.
A transação anunciada ao organismo europeu em março de 2018 resultaria, receia a Vestager, no acesso pela Apple a informação “comercialmente sensível” sobre os clientes dos seus concorrentes (como o líder do mercado, o Spotify), abrindo-se a possibilidade da companhia da maçã usar esses dados para encorajar esses consumidores a mudarem para o seu próprio serviço.
A aplicação britânica de reconhecimento de músicas já foi descarregada mais de um milhar de milhão de vezes e é usada, em média, 20 vezes por dia. Por sua vez, a Apple detém um serviço de streaming de música que ocupa a segunda posição no mercado europeu. As preocupações da Comissão Europeia partem exatamente da relevância de ambas as partes envolvidas no negócio em causa, especialmente porque atuam em áreas de negócio complementares.
O órgão europeu tem agora até 4 de setembro para emitir uma decisão sobre esta operação.
O negócio entre a Shazam e a Apple foi confirmado em dezembro e deverá envolver 400 milhões de dólares (quase 342,5 milhões de euros). A aquisição integra a tentativa da Apple reforçar a sua capacidade competitiva face ao Spotify.
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