António Costa: “Presidente não manda recados ao Governo pelos jornais”

O primeiro-ministro garante que discute todos os temas relevantes com o Presidente da República nas reuniões semanais.

“O Presidente não manda recados ao Governo pelos jornais”. Foi desta forma que António Costa reagiu, esta manhã, às declarações do Presidente da República em entrevista ao Público e à Renascença, na qual avança que não se recandidatará caso se repita um cenário de tragédia com os incêndios semelhante ao do ano passado.

Depois de, em entrevista à Visão, António Costa ter adiantado que não se demitirá da chefia do Executivo, caso se repitam os incêndios florestais este verão, Marcelo Rebelo de Sousa avançou, esta segunda-feira, aos jornais referidos que tal seria “impeditivo da sua recandidatura”.

Segundo o Presidente da República, foi feito “o que era necessário fazer e era possível fazer neste espaço de tempo”. Marcelo Rebelo de Sousa apela à união de esforços para que o “resultado seja positivo” e sublinha que a repetição das “tragédias do ano passado” seria sinónimo da sua saída da presidência, no final deste mandato, sem se recandidatar.

António Costa concorda com o Presidente da República e salienta que é preciso “trabalhar” para que os eventos em causa não se repitam, mas recusa assumir a resposta de Marcelo como um recado ao Governo.

“A relação entre o Governo e o Presidente da República desenvolve-se de forma normal”, explicou o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP 3. Costa reforçou ainda que “dialoga diretamente” com Marcelo Rebelo de Sousa e não através da comunicação social.

Novo comandante bem recebido pelos partidos

Após a demissão de António Paixão “por razões pessoais”, passa agora Duarte Costa a assumir o posto de Comandante Operacional Nacional das Operações de Socorro.

“Vejo com satisfação que o novo comandante foi bem recibo pelo presidente da Liga de Bombeiros e pelos partidos da oposição”, notou António Costa, que diz que tais reações são um “sinal de que tudo está em condições”.

Por isso, o primeiro-ministro afasta qualquer cenário de “caos” no seio da Proteção Civil e realça que “os processos estão em boa tramitação no Tribunal de Contas para que tudo esteja pronto a tempo e horas”.

António Costa lembrou ainda que, este inverno, foi feito um esforço inédito no sentido da limpeza dos matos para que se tenha um verão “em maior segurança”.

Recorde-se que, de acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, 2017 foi o ano em que Portugal mais ardeu, na última década. Arderam mais de 440 mil hectares de floresta e povoamentos nacionais, o que corresponde a quatro vezes mais do que a média registada nos últimos dez anos.

 

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