Embaixada dos EUA inaugurada entre protestos em Gaza
A nova morada dos EUA em Israel já foi inaugurada, mas não contou com a presença do presidente norte-americano. Os protestos em Gaza continuam, com já 52 mortos.
Os Estados Unidos transferiram oficialmente a sua embaixada em Israel para a cidade de Jerusalém, adensando a tensão entre israelitas e palestinianos. A inauguração deu-se esta segunda-feira, mas não contou com a presença do presidente Donald Trump. Este fez-se representar pela sua filha e o seu cunhado, Ivanka Trump e Jared Kushner, bem como do seu secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
“Obrigada, Presidente Trump, por ter a coragem de manter a sua promessa”, apontou Benjamin Netanyahu no seu discurso em Jerusalém. Já o cunhado de Trump firmou, no seu discurso, que os Estados Unidos “mostraram novamente ao mundo que é credível”, acrescentando que Israel e EUA serão agora “mais fortes”.
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Já num discurso pré-gravado, Trump afirmou que se torna oficial este “reconhecimento” ao “abrir a embaixada na histórica e sagrada terra de Jerusalém”. A decisão do presidente norte-americana foi tomada em dezembro do ano passado.
Nessa altura, Trump afirmava ter uma “nova abordagem” para o conflito israelo-palestino. “Não se podem resolver problemas antigos com métodos antigos”, defendia o presidente. Reconhecer Jerusalém como a capital “é a coisa certa a fazer” e “nada mais do que reconhecer a realidade.”
Esta decisão está a ser a causadora de violentos protestos em Gaza, com pelo menos 52 palestinos mortos devido a disparos de soldados israelitas. O Ministério da Saúde dá conta de que pelo menos 448 palestinianos foram atingidos por balas, enquanto outras centenas sofreram outros tipos de ferimentos provocados nomeadamente por gás lacrimogéneo.
Já esta tarde, o exército israelita lançou um raide aéreo contra “cinco alvos terroristas num campo de treino militar pertencente ao Hamas” no norte da Faixa de Gaza, anunciou aquele ramo das forças armadas.
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