Pode ter havido “terrorismo” no ataque ao Sporting, diz o Ministério Público
O Ministério Público já indicou que tipo de crimes podem estar em causa na sequência da invasão da Academia do Sporting, com agressões à equipa técnica. Um deles pode ser "terrorismo".
O Ministério Público está a investigar o ataque levado a cabo por cerca de meia centena de pessoas à equipa técnica do Sporting, que aconteceu ao final da tarde de terça-feira, em Alcochete. Agora, numa nota informativa, aponta alguns dos crimes que poderão estar em cima da mesa — um deles pode ser um “de terrorismo”.
“Em causa estão factos suscetíveis de integrarem os crimes de introdução em lugar vedado ao público, ameaça agravada, ofensa à integridade física qualificada, sequestro, dano com violência, detenção de arma proibida agravado, incêndio florestal, resistência e coação sobre funcionário e também de um crime de terrorismo”, lê-se na nota publicada esta quarta-feira.
Segundo a mesma nota, “encontra-se indiciado que os detidos entraram, sem autorização”, nas instalações da Academia do Sporting Clube de Portugal, em Alcochete, “onde se encontrava a equipa principal” do Sporting, “tendo ameaçado e agredido jogadores e técnicos e causado estragos nos equipamentos bem como em diversas viaturas”. “Foram efetuadas 23 detenções”, surge indicado.
A investigação está a ser levada a cabo pelo DIAP da Comarca de Lisboa (secção do Montijo), coadjuvado pela GNR. Assim, “por entender que devem ser aplicadas aos arguidos medidas de coação diversas de termo de identidade e residência, o Ministério Público decidiu apresentar os detidos a primeiro interrogatório judicial no Juízo de Instrução Criminal do Barreiro”, conclui o comunicado.
Cabrita garante “reforço” da segurança no Jamor
Ao final da tarde desta quarta-feira, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, garantiu que serão “reforçadas” as medidas de segurança no Estádio Nacional do Jamor este domingo, altura em que o Sporting defrontará o Desportivo das Aves na final da Taça de Portugal.
Eduardo Cabrita indicou que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a Liga e os próprios clubes têm a responsabilidade de garantir que o desporto não se torne apenas uma questão de segurança. “Fundamentalmente, temos de olhar para o desporto como algo que não pode ser uma questão de segurança. E isso é uma responsabilidade da Federação, da Liga e dos próprios clubes, e o Governo vai trabalhar com eles”, afirmou o ministro.
(Notícia atualizada às 19h55 com mais informações)
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