Wall Street teme escalada das tensões comerciais com a China
As bolsas norte-americanas fecharam com perdas esta quinta-feira, com receios de uma escalada nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Trump duvida que possa haver acordo.
As bolsas norte-americanas fecharam em terreno negativo com receios de uma escalada nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Wall Street contraria assim a tendência registada esta quinta-feira na generalidade das praças europeias, num dia que fica marcado pelas declarações do Presidente Donald Trump, que acusou a China de ser “muito mimada”. Expectativas de uma subida da inflação também apontam para uma provável subida dos juros em junho.
O S&P 500 caiu 0,08% para 2.720,31 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq recuou 0,23% para 7.381,26 pontos. Já o industrial Dow Jones desvalorizou 0,22% para os 24.715,4 pontos, num dia em que os preços do petróleo em Nova Iorque avançam 0,13%, para 71,58 dólares o barril. Em causa, a antevisão de eventuais cortes no fornecimento por parte do Irão e da Venezuela.
A penalizar o índice de referência esteve uma queda de 3,5% nas ações da Cisco, para 43,46 dólares. Uma nota do Citigroup antecipa uma perda de quota de mercado para a tecnológica norte-americana, num dia em que apresentou lucros acima das estimativas dos analistas.
Mas foram as tensões geopolíticas que marcaram a sessão desta quinta-feira. Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, mostrou dúvidas de que possa haver um acordo comercial com a China que ponha um travão na escalada das tensões. “Tenho tendência para duvidar”, disse o chefe de Estado, acrescentando que “a China tem sido muito mimada, a União Europeia (UE) tem sido muito mimada”. Por outras palavras, Trump quis dizer que a UE e a China têm beneficiado de uma grande abertura para o mercado dos Estados Unidos.
Nem mesmo a divulgação de dados económicos positivos acerca do mercado laboral foram capazes de impedir as perdas desta quinta-feira. Os números apontam para uma taxa de desemprego num mínimo de 1973. Em contrapartida, segundo a Reuters, expectativas de uma subida da inflação apontam para uma maior probabilidade de a Reserva Federal vir a subir os juros no mês que vem.
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