Estado sem data para sair da Galp
O presidente da Parpública garante que privatização da Galp não determina data para o Estado sair do capital e disse que vai vender 630 mil metros quadrados de área de construção ligados à Margueira.
O Estado é o segundo maior acionista da Galp, desde 2017, e não tem data para sair, revelou em entrevista ao Público (acesso condicionado) Miguel Cruz. O presidente da Parpública explica que a privatização “não determina uma data para a conclusão do processo” de alienação do Estado.
Com 7,48% das ações da Galp, a Parpública, a holding que agrega várias participações e ativos imobiliários do Estado é “o segundo maior acionista como decorre do processo de privatização que foi lançado”, explicou Miguel Cruz. “Atingida a maturidade do empréstimo obrigacionista convertível [em títulos da empresa] em setembro do ano passado, as ações estão na Parpública”, acrescentou o responsável. E quanto às orientações estratégica que o acionista Estado tem para a empresa dominada pela Amorim Energia, Miguel Cruz apenas frisa que “o exercício de privatização” “não determina uma data para a conclusão do processo”. “Nesse sentido, neste momento a Parpública é acionista da Galp”, conclui o antigo presidente do IAPMEI, sem querer “fazer mais nenhum comentário sobre o que é que se passará de seguida numa sociedade que é cotada na bolsa” e que, segundo Paula Amorim, chairman da Galp tem muitos interessado em comprá-la,.
Recorde-se que na entrevista de vida que deu ao Expresso (acesso pago) este fim de semana, Paula Amorim revelou que “há muita gente a querer comprar”, recusando, porém, avançar nomes. “Temos vários contactos, e não lhes posso falar de identidades, porque as solicitações vêm de vários bancos, que também fazem a sua especulação”, acrescentou
Por outro lado, Miguel Cruz revelou que o Estado vai colocar à venda os terrenos da ex-Lisnave, no início do próximo ano. Segundo o presidente da Parpública, os terrenos em Almada incluem um só lote de 630 mil metros quadrados, que estão neste momento em “fase de avaliação”.
“A atividade imobiliária tem tido um bom impulso, o ano passado foi um ano interessante, 2016 já o tinha sido. Desse ponto de vista, sim, obviamente que a atividade da Parpública através das suas empresas tem beneficiado daquilo que é o contexto“, começou por dizer o presidente da Parpública, adiantando que a venda dos terrenos onde funcionaram os estaleiros da Lisnave vão ser colocados à venda no primeiro trimestre do próximo ano.
“Os terrenos da Margueira, com destaque para 2017, passaram por processos de regularizações administrativas e de licenças. Esse processo está, no essencial, concluído. Entrámos agora na fase de avaliação dos terrenos, e elaboração do caderno de encargos, que deve estar concluída até ao final do ano. O objetivo é de lançar o processo de alienação no primeiro trimestre de 2019. Estamos a falar de 630 mil metros quadrados de área de construção prevista”, disse.
Questionado sobre o valor da venda, Miguel Cruz disse ter “uma ideia”, mas não quis adiantar números. Mas, revelou que “o objetivo é vender os terrenos como um todo, e não em parcelas” e que os mesmos têm recebido “várias visitas”. Relativamente ao processo de venda, o presidente espera que este esteja concluído “o mais rapidamente possível, cumpridos os procedimentos legais”. “Neste momento o mais importante é dar início tão rapidamente quanto possível ao processo“, completou.
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